Banner Portal
Chorar, verbo transitivo
PDF

Palavras-chave

Choro. Masculinidade. Virilidade. Perfis masculinos

Como Citar

BARBOSA, Maria José Somerlate. Chorar, verbo transitivo. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 11, p. 321–343, 2013. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8634637. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Resumo

 

Este estudo analisa o choro e/ou a ausência dele como um dos parâmetros usados, especialmente nos séculos XIX e XX, para se definir masculinidade e virilidade. Examina também os discursos das emoções fortes (fúria, medo, dor, vergonha) e as mudanças de código do significado de masculinidade e virilidade que ocorreram a partir dos anos 60, fomentadas, em parte, pelos movimentos de contra-cultura. Utiliza vários textos (o filme “A intrusa”, algumas passagens de Grande sertão: veredas, o Canto V de Os lusíadas e várias letras do cancioneiro popular brasileiro) como exemplos da desconstrução da masculinidade e da virilidade e das discussões teóricas apresentadas ao longo deste trabalho.

 

Abstract

 

This study analyzes the act of crying/not crying as one of the parameters used, especially in the 19th and 20th centuries, to define masculinity and virility. It also examines the discourses of strong emotions (fury, fear, pain, shame) and the changes in the codes used to define masculinity and virility that have occurred since the 1960s, in part because of counter-culture discourses. This work also utilizes several texts (the film, A intrusa, some passages of Grande sertão: veredas, Chant V of The Lusiads, and several lyrics selected from Brazilian popular songs) which exemplify the deconstruction of masculinity and virility and the theoretical discussions presented throughout this study.

PDF

Referências

ALMEIDA, Miguel Vale de. The Hegemonic Male: Masculinity in a Portuguese Town. Providence, Berghahn Books, 1996.

BADINTER, Elisabeth. XY sobre a identidade masculina. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1993.

BANDINTER, Elizabeth. L’un est lautre. Paris, Jacob, 1986.

BECKER, Tuio. Cinema gaúcho: uma breve história. Porto Alegre, Editora Movimento, 1986, p.86-87.

BOAL, Augusto. Aqui ninguém é burro! Graças e desgraças da vida carioca. Rio de Janeiro, Editora Revan, 1996, p.92.

BROD, Harry. (ed.) The Making of Masculinities: the New Men’s Studies. Boston, Allen and Unwin, 1987

CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas. Porto, Porto Editora, 1986, pp.207-208.

CD Os grandes sambas da história, nº 8, Editora Globo, 1997, faixa 11.

COSTA, Tico. CD Brazil Encanto. New York, Music of the World, faixa 3.

GIL, Gilberto. CD A gente precisa ver o luar. São Paulo, Ariola Discos, 1990, faixa 2.

LUTZ, Catherine A. e ABU-LUGHOD, Lila. (eds.) Language and the Politics of Emotion. Cambridge, Cambridge University Press, 1990.

MATOS, Maria Izilda S. de e FARIA, Fernando A. Melodia e sintonia em Lupicínio Rodrigues: o feminino, o masculino e as suas relações. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1996.

MAY, Larry e STIRWERDA, Robert. Rethinking Masculinity: Philosophical Explorations in Light of Feminism. Boston, Rowman & Littlefield, 1992.

NOLASCO, Sócrates. (org.) A desconstrução do masculino. Rio de Janeiro, Rocco, 1995.

NOLASCO, Sócrates. O mito da masculinidade. Rio de Janeiro, Rocco, 1993.

OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Elogio da diferença: o feminino emergente. São Paulo, Brasiliense, 1991.

OLIVEN, Ruben George. A mulher faz e desfaz o homem. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, 1987, vol. 2, nº 376, pp.52-62.

ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986, p.560.

ROSEN, David. The Changing Fictions of Masculinity. Urbana and Chicago, University of Illinois Press, 1993.

SEIDLER, Victor J. Rediscovering Masculinity: Reason, Language and Sexuality. London and New York, Routledge, 1969.

SMITH, Paul. (ed.) Boys: Masculinities in Contemporary Culture. Bolder, Colorado, Westview Press, 1996.

TOLSON, Andrew. Os limites da masculinidade. Lisboa, Assírio Alvim, 1977.

VINCENT-BUFFALT, Anne. The History of Tears: Sensibility and Sentimentality in France. New York, St. Martin’s Press, 1991, p.45.

Downloads

Não há dados estatísticos.