Banner Portal
O ensino de ciências no Brasil: história, formação de professores e desafios atuais
PDF

Palavras-chave

História do ensino de ciências. Formação de professores de ciências. Relação ciência-tecnologia-sociedade. Paradigma CTS

Como Citar

NASCIMENTO, Fabrício do; FERNANDES, Hylio Laganá; MENDONÇA, Viviane Melo de. O ensino de ciências no Brasil: história, formação de professores e desafios atuais. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 10, n. 39, p. 225–249, 2012. DOI: 10.20396/rho.v10i39.8639728. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639728. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Neste artigo são discutidos aspectos históricos, epistemológicos e didáticos que orientaram o ensino de ciências no contexto brasileiro da década de 1950 até os dias atuais. São analisadas as relações existentes entre a ciência, a tecnologia e a sociedade, bem como suas influências sobre o ensino e a formação de professores de ciências. Os referenciais teóricos utilizados nas análises fundamentam-se na perspectiva sócio-histórica da educação, no entendimento da ciência como processo em permanente construção, no paradigma ciênciatecnologia- sociedade e na ideia de educação científica para todos; Entende-se o ensino de ciências e a formação docente como atividades complexas e estratégicas para o desenvolvimento do país. Preconiza-se, portanto, a urgente necessidade de oferecer aos professores uma sólida formação científica e pedagógica, bem como melhorias nas condições objetivas de trabalho que encontram no exercício da profissão. Considerando o atual contexto político, econômico e educacional brasileiro, são apontadas algumas possibilidades de mudanças no ensino de ciências a partir da implementação de uma vertente reflexiva, crítica e cidadã na formação de professores.

https://doi.org/10.20396/rho.v10i39.8639728
PDF

Referências

AIKENHEAD, G. S. The social contract of science: implications for teaching science. New York: Teachers College Press, 1994.

ALONSO, A. Et alii. Para comprender ciencia, tecnología y sociedad. Estella: EVD, 1996.

ARROYO, M. G. Quem de-forma o profissional do ensino? Revista de Educação AEC, Brasília, 14(58): 16-21, outubro/dezembro, 1985.

BASSO, I. S. As condições subjetivas e objetivas do trabalho docente: um estudo a partir do ensino de história. Campinas: FE-UNICAMP, 1994 (tese de doutorado).

BRASIL. Ministério da Educação. Proposta de diretrizes para a formação inicial de professores da educação básica em cursos de nível superior. Brasília, DF: MEC, 2001.

CANAVARRO, J. Ciência e sociedade. Coimbra: Quarteto, 1999.

CANDAU, V. M. F. Formação continuada de professores: tendências atuais. In: REALI, A. M. M. R. e MIZUKAMI, M. G. N. (orgs.). Formação de professores: tendências atuais. São Carlos: Ed. UFSCar, 1996, p. 139-152.

CARVALHO, A. M. P. e GIL-PÉREZ, D. Construção do conhecimento e ensino de ciências. Em Aberto. Brasília, 55, 61-67, 1992.

CHASSOT, A. Ensino de ciências no começo da segunda metade do século da tecnologia. In: LOPES, A. C. e MACEDO, E. (orgs.). Currículo de ciências em debate. Campinas: Papirus, 2004, p. 13-44.

CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1997.

DELIZOICOV, D. e ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de ciências. São Paulo: Cortez, 1990.

DEMO, P. Professor e seu direito de estudar. In: SHIGUNOV NETO, A. e MACIEL, L. S. B. (orgs.). Reflexões sobre a formação de professores. Campinas: Papirus, 2002, p. 71-88.

DYSON, F. Can science be ethical? The New York Review of Books XLIV/6, 46-49, 1997.

ECHEVERRÍA, J. Filosofía de la ciencia. Madrid: Akal, 1995.

FOUREZ, G. Alfabetización científica y tecnológica. Acerca de las finalidades de la enseñanza de las ciencias. Buenos Aires, Colihue, 1997.

FROTA PESSOA, O. et alii. Como ensinar ciências. São Paulo: Nacional, 1987.

GENTILI, P. A. A. e SILVA, T. T. (orgs.). Neoliberalismo, qualidade total e educação: visões críticas. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.

GIL PÉREZ, D. ¿Qué han de saber y saber hacer los profesores de ciencias? Enseñanza de las Ciencias, 9 (1), 69-77, 1991.

GIL PÉREZ, D. El papel de la educación ante las transformaciones científico-tecnológicas. Revista Iberoamericana de Educación. 18, 11-23, 1999.

GIMENO SACRISTÁN, J. El profesor como investigador en el aula: un paradigma de formación de profesores. Educación y Sociedad, 2, 51-73, 1983.

GIROUX, H. Teoria crítica e resistência em educação: para além das teorias de reprodução. Petrópolis: Vozes, 1987.

GONÇALVES, M. E. Cultura científica e participação pública. Oieiras: Celta Ed, 2000.

GONZÁLEZ, G. M. et alii. Ciencia, tecnología y sociedad: una introducción al estudio social de la ciencia y la tecnología. Madrid: Tecnos, 1996.

HENNIG, G. J. Metodologia do ensino de ciências. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1994.

HODSON, D. Philosophy of science and science education. Journal of Philosophy of Education, 12, 25-57, 1986.

HODSON, D. e REID, D. J. Science for all: motives, meaning and implications. School Science Review, 88, 653-667, 1998.

IRANZO, J. M. et alii. Sociología de la ciencia y la tecnología. Madrid: CSIC, 1995.

IRWIN, A. Ciência cidadã. Lisboa: Instituto Piaget, 1998.

JIMÉNEZ, M. P. e OTERO, L. La ciencia como construcción social. Cuadernos de Pedagogía. 180, 20-22, 1990.

JOULLIÉ, V. & MAFRA, W. Didática de ciências através de módulos instrucionais. Petrópolis: Vozes, 1980.

KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: EPU/EDUSP, 1987.

KRASILCHIK, M. Formação de professores e ensino de ciências: tendências nos anos 90. In: MENEZES, L. C. (Org.). Formação continuada de professores no contexto ibero-americano. São Paulo: NUPES, 1996, p.135-140.

KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Harbra, 1998.

LÓPEZ CEREZO, J. A. Ciencia, tecnología y sociedad. Una introducción al estudio social de la ciencia y la tecnología. Madrid: Tecnos, 1999.

LÜDKE, M. Avaliação institucional: formação de docentes para o ensino fundamental e médio (as licenciaturas). Cadernos CRUB, v.1, n.4, Brasília, 1994.

MACEDO, E. Ciência, tecnologia e desenvolvimento: uma visão cultural do currículo de ciências. In: LOPES, A. C. e MACEDO, E. (orgs.). Currículo de ciências em debate. Campinas: Papirus, 2004, p. 119-153.

MARCELO GARCÍA, C. Constantes y actuales desafíos de la profesión docente. Revista de Educación. 306, 205-243, 1995.

MARCO, B. La alfabetización científica en la frontera del 2000. Kikirikí, 44-45, 35-42, 1997.

MARTINS, M. A. V. Reflexões acerca do formar professores. In: RIVERO, C. M. L. e GALLO, S. (orgs.). A formação de professores na sociedade do conhecimento. Bauru: Edusc, 2004, p. 55-77.

MEDINA, A. e DOMÍNGUEZ GARRIDO, M. C. La formación del profesorado en una sociedad tecnológica. Madrid: CINCEL, 1989.

MEDINA, M. e SANMARTÍN, J. Ciencia, tecnología y sociedad: estudios interdisciplinares en la universidad, en la educación y en la gestión pública. Barcelona: Anthropos, 1992.

MEMBIELA, P. CTS en la enseñanza-aprendizaje de las ciencias experimentales. Alambique. 3, 7-12, 1995.

MENEZES, L. C. Formar professores: tarefa da universidade. In: CATANI, B. et alii. (Orgs.). Universidade, escola e formação de professores. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 115-125.

MENEZES, L. C. Características convergentes no ensino de ciências nos países ibero - americanos e na formação de seus professores. In: MENEZES, L. C. (Org.). Formação continuada de professores no contexto ibero-americano. São Paulo: NUPES, 1996, p. 45-58.

MIRTHA, A., LAVIN, S. e MURUA, V. La formación de profesores de enseñanza básica en la perspectiva del año 2000. Santiago de Chile: PIIE/FONDECYT, 1996.

MIZUKAMI, M. G. N. Docência, trajetórias pessoais e desenvolvimento profissional. In: REALI, A. M. M. R. e MIZUKAMI, M. G. N. (Orgs). Formação de professores: tendências atuais. São Carlos: UFSCar, 1996, p. 59-91.

MIZUKAMI, M. G. N. et alii. Escola e aprendizagem da docência: processos de investigação e formação. São Carlos: EdUFSCar, 2002.

NASCIMENTO, F. Pressupostos para a formação crítico-reflexiva de professores de ciências na sociedade do conhecimento. In: MIZUKAMI, M. G.. N. e REALI, A. M. M. R. (orgs.). Teorização de práticas pedagógicas: escola, universidade, pesquisa. São Carlos: UdUFSCar, 2009, p. 35-72.

NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, A. (Org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.

PEREIRA, J. E. D. Formação de professores: pesquisas, representações e poder. 2a ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

PÉREZ GÓMEZ, A. I. La función y formación del profesor en la enseñanza para la comprensión: diferentes perspectivas. In: PÉREZ GÓMEZ, A. I. e GIMENO, J. Comprender y transformar la enseñanza. Madrid: Morata, 1992, p. 398-429.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Autores Associados, 1997.

SCHÖN, D. A. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, A. (Org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.

SOUSA SANTOS, B. Pela mão de Alice: o social e o público na pós-modemidade. Porto: Ed. Afrontamento, 1994.

STORT, E.V.R. Cultura, imaginação e conhecimento: a educação e a formalização da experiência. Campinas: Ed. UNICAMP, 1993.

TORRES, R. M. Que (e como) é necessário aprender? Campinas: Papirus, 1994.

MIZUKAMI, M. G. N. Tendências da formação docente nos anos 90. In: Novas políticas educacionais: críticas e perspectivas. II Seminário Internacional. PUC-SP, 1998, p. 173-191.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS. Projeto pedagógico do curso de licenciatura em ciências biológicas. São Carlos: UFSCar, 2005 (relatório).

VACCAREZZA, L. S. Ciencia, tecnología y sociedad: el estado de la cuestión en América Latina. Revista Iberoamericana de Educación. 18, 21-33, 1999.

VARSAVSKY, O. Ciencia, política y cientificismo. Buenos Aires: CEAL, 1979.

VASCONCELOS, C. S. Para onde vai o professor? Resgate do professor como sujeito de transformação. São Paulo: Libertad, 1998.

VIANNA, I. O. A. A formação de docentes no Brasil: história, desafios atuais e futuros. In: RIVERO, C. M. L. e GALLO, S. (orgs.). A formação de professores na sociedade do conhecimento. Bauru: Edusc, 2004, p. 21-54.

VEIGA, M. L. Formar para um conhecimento emancipatório pela via da educação em ciências. Revista Portuguesa de Formação de Professores. 2, 49-62, 2002.

WYNNE, B. Public understanding of science. In: JASANOFF, G. M. e PETERSEN, T. P. (eds.). Handbook of Science and Technology Studies. Thousand Oake: Sage, p. 361-387, 1995.

YUS, R. Los enfoques CTS: una forma de globalizar en el área de ciencias de la naturaleza. Kikirikí, 44-45, 11-22, 1997.

ZEICHNER, K. M. El maestro como profesional reflexivo. Cuadernos de Pedagogía, 220, 44-49, 1993.

Revista HISTEDBR On-line utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.