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A formação de um espaço de civilidade em Natal [RN], Praça Augusto Severo (1845-1913)
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Palavras-chave

Praça
Porta
Ferrovia
Cidade
Capital

Como Citar

Rodrigues, W. do N. (2011). A formação de um espaço de civilidade em Natal [RN], Praça Augusto Severo (1845-1913). Labor E Engenho, 5(3), 85–99. https://doi.org/10.20396/lobore.v5i3.129

Resumo

Durante o século XIX a centralidade de Natal foi ameaçada por outros entrepostos comerciais, surgidos para contornar os obstáculos naturais que dificultavam o escoamento da produção da província do Rio Grande do Norte pela capital. Chega-se a conjecturar a mudança da capital em 1873 ao se buscar novas soluções para esse embate. No final do século XIX um novo ciclo de investimentos se esboça. Ele é marcado pela introdução de um novo meio de transporte que alterava drasticamente a escala espaço-temporal. Esse equipamento marcava a chegada da modernidade nas intervenções territoriais, em que as redes urbanas ganhavam um caráter cada vez mais deliberativo. As novas políticas territoriais eram claramente orientadas para a centralização dos fluxos na capital.Seja para aperfeiçoar os lucros de uma ferrovia particular, ou para obedecer a um plano nacional de fortalecimento das capitais portuárias o objetivo era o mesmo: concentrar em um único ponto – a capital – os meios de transporte. O controle do território deixou marcos físicos muito visíveis na Capital. Este trabalho tem por objetivo demonstrar como essas políticas territoriais se evidenciaram no espaço urbano da capital do Rio Grande do Norte, contribuindo para construir uma nova centralidade na cidade, que se firmou posteriormente como seu principal espaço de representação da civilidade.

https://doi.org/10.20396/lobore.v5i3.129
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