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A cicatriz da serra: reflexões sobre as adutoras da Usina de Cubatão
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Palavras-chave

Agenciamento
Identidade
Intenções

Como Citar

Santos, G. C. de S. (2015). A cicatriz da serra: reflexões sobre as adutoras da Usina de Cubatão. Labor E Engenho, 9(1), 63–72. https://doi.org/10.20396/lobore.v9i1.2094

Resumo

A Usina de Cubatão foi inaugurada em 1926 e era, à época, a maior hidroelétrica do país. Representou um enorme empreendimento industrial, o qual requeria o intenso uso de mão-de-obra. A partir de 1930, essa mão-de-obra passou a habitar a Vila Light, vila operária criada no entorno da usina para abrigar funcionários e suas famílias. O presente artigo pretende discutir um elemento em específico dessa usina, a saber, suas adutoras. O objetivo central é discutir o estabelecimento destas na paisagem cubatense e seu papel na alteração da visualidade e na criação de uma identidade comunitária da Vila Light. Assim, como se pretende demonstrar, as adutoras se inserem como marco simbólico, visual e material do enfrentamento do homem à Serra do Mar, elemento natural de grande importância para a constituição de Cubatão, e representam a complexa relação entre indústria e natureza no município.

https://doi.org/10.20396/lobore.v9i1.2094
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