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Diferenças entre as falas feminina e masculina no Karajá e em outras línguas brasileiras: aspectos tipológicos
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Palavras-chave

Línguas brasileiras. Língua karajá. Gêneroletos. Empréstimos.

Como Citar

BORGES, Mônica Veloso. Diferenças entre as falas feminina e masculina no Karajá e em outras línguas brasileiras: aspectos tipológicos. LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, Campinas, SP, v. 4, n. 1, p. 103–113, 2012. DOI: 10.20396/liames.v4i1.1428. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/liames/article/view/1428. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

O Karajá (Família Karajá) é falado por aproximadamente dois mil indígenas (em Goiás, Mato Grosso e Tocantins). Essa língua possui distinções, conforme o sexo do falante, no nível fonético-fonológico, as quais foram descritas por Borges (1997), tais como: a) distinções no ataque de uma ou duas sílabas; b) diferenças no ataque e no núcleo de uma sílaba medial; e c) diferença nos segmentos que compõem as sílabas. As distinções entre as falas do homem e da mulher podem ser encontradas também em empréstimos tomados ao português. Nesse trabalho são apresentadas essas diferenças e são discutidos dados de outras línguas brasileiras, tais como Xavante (também Macro-Jê). A conclusão é que as diferenças entre as falas, no Karajá, parecem ser distintas das que ocorrem em outras línguas brasileiras, que, quando manifestam esse fenômeno, têm distinções mais marcadas no nível morfossintático, como o Kamayurá e o Kokáma (ambas da Família Tupi-Guarani), e em Xavante.
https://doi.org/10.20396/liames.v4i1.1428
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Referências

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