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Nuno e a linguagem das coisas abandonadas
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Palavras-chave

Nuno Ramos. Psicose. Narrativa brasileira contemporânea. Representação da melancolia

Como Citar

SOUZA, Ricardo Pinto de; TROCOLI, Flavia. Nuno e a linguagem das coisas abandonadas. Remate de Males, Campinas, SP, v. 35, n. 1, p. 231–245, 2015. DOI: 10.20396/remate.v35i1.8641515. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8641515. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Gostaríamos de ressaltar o quanto as ficções participam de uma estrutura de verdade, o quanto o discurso que constrói a verdade reflete – especula – o seu antípoda de uma forma que não é propriamente crítica. No fundo, talvez esta seja uma forma de dizer que tanto ciência quanto literatura se constróem através de linguagem, e que ambas estão necessariamente atadas à dimensão do simbólico, à necessidade de mediação, de duplos e de fantasmas que afastam o grande e insuportável real, e assim criam a possibilidade de registrá-lo e referi-lo. A literatura, talvez, e a literatura de Nuno Ramos, certamente, diferentemente da ciência mostra o efeito da barra que, separando significante e significado, enunciação e enunciado, faz com que todas as junções se tornem precárias, provisórias, díspares em sua unidade estilhaçada.
https://doi.org/10.20396/remate.v35i1.8641515
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Referências

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