Abstract
Este trabalho objetiva investigar de que forma os descritores do Quadro Comum Europeu de Referência para Idiomas: Aprendizagem, Ensino e Avaliação (QCER) se comportam diante das demandas de uma sociedade cuja comunicação é cada vez mais, multimodal, digital e global. Para alcançar tal objetivo, o artigo aborda estudos sobre Multiletramentos e Letramento Crítico, no intuito de embasar a discussão sobre os descritores referentes aos níveis C1 e C2, pois, para interações eficientes em uma sociedade cada vez mais digital e globalizada, é necessário que utilizadores proficientes possuam, e saibam usar, uma gama considerável de recursos semióticos. A metodologia qualitativa, abrangendo aspectos da concepção do QCER, sua abordagem comunicativa e os descritores de produção e compreensão oral e escrita, foi utilizada. A análise permitiu concluir que a da aplicabilidade do QCER no programa de internacionalização do Ensino Superior requer algumas ações específicas que permitiriam atualizar seus descritores, de forma a atender às práticas dos multiletramentos, do letramento crítico e das tecnologias digitais.References
BEELEN, J; JONES, E. (2015). Redefining internationalisation at home. In: CURAJ, A.; MATEI, L.; PRICOPIE, R.; SALMI, J.; SCOTT, P. (Eds.). The European higher education area: Between critical reflections and future policies. Dordrecht: Springer.
BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério da Educação (MEC), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), & Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Programa Ciência sem Fronteiras . Decreto Nº 7.642 de 13 de dezembro de 2011 . Brasília, DF. Disponível em: http://isf.mec.gov.br. Acesso em: 27/05/2017.
BRASIL. Ministério da Educação. PNLD 2017: língua estrangeira moderna: espanhol e inglês. Secretaria de Educação Básica-SEB. Brasília, DF. 2016. Disponível em: http://www.fnde.gov.br/programas/livro-didatico/guias-do-pnld/item/8813-guia-pnld-2017. Acesso em: 09/06/2017.
BRASIL. Quadro europeu comum de referência para as línguas. 2017. Disponível em: http://www.coe.int/en/web/common-european-framework-reference-languages/. Acesso em: 09 de julho de 2017.
CASTELL, S; LUKE, A.; MACLENNAN, A. (1986). On defining literacy. In: CASTELL, S. LUKE, A. & EGAN, K. (eds.). Literacy, Society and Schooling: A reader. Cambridge: Cambridge University Press.
CLIFFORD, Valerie A. (2017). Exploring internationalization of the curriculum through the lens of global citizenship. In: LUNA, José Marcelo Freitas (org.). Internacionalização do currículo: educação- interculturalidade – cidadania global. Campinas: Pontes.
CONSELHO DA EUROPA. Quadro comum europeu de referência para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação. Edição portuguesa. Porto: Edições Asa, 2001. Disponível em: http://area.dge.mec.pt/gramatica/Quadro_Europeu_total.pdf. Acesso em: 01/02/2017.
COPE, Bill; KALANTZIS, Mary. (2009). A grammar of multimodality. International Journal of Learning, v. 16, n. 2, pp. 361-425.
COPE, Bill; KALANTZIS, Mary. (2000). Multiliteracies: the beginnings of an idea. In: COPE, Bill; KALANTZIS, Mary. (Eds.). Multiliteracies: Literacy learning and the design of social futures. London: Routledge.
EDUCATIONAL TESTING SERVICE. TOEFL. c2015. Disponível em: <https://www.ets.org/toefl>. Acesso em: 10/05/2017.
FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. (1986). Psicogênese da língua escrita. Tradução de Diana Myriam Lichtenstein et al. Porto Alegre: Artes Médicas.
FREIRE, Paulo. (1974). Pedagogia do oprimido. 1.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
JORDÃO, Clarissa. (2013). Abordagem comunicativa, pedagogia crítica e letramento crítico – farinhas do mesmo saco¿ In: ROCHA, Cláudia Hilsdorf; MACIEL, Ruberval Franco. Língua estrangeira e formação cidadã: por entre discursos e práticas. Campinas: Pontes.
JORGE, Míriam Lúcia dos Santos. (2016). Línguas estrangeiras em evidência: formação de professores, justiça social e letramentos. In: FERREIRA, Maria Cristina Faria Dalacorte; REICHMANN, Carla Lynn; ROMERO, Tania Regina de Souza (Orgs.). Construções Identitárias de Professores de Línguas. Campinas: Pontes.
KALANTZIS, Mary; COPE, Bill. (2012). Multiliteracies in Education. In: The Encyclopedia of Applied Linguistics: Wiley.
KRESS, Gunther. (2003). Literacy in the New Media Age. London and New York: Routledge.
LANKSHEAR, Colin; SNYDER, Ilana; GREEN, Bill. (2000). Teachers and techno literacy: managing literacy, technology and learning in schools. Sydney: Allen & Unwin.
LANKSHEAR, Colin; KNOBEL, Michele. (2003). New literacies: changing knowledge and classroom learning. Buckingham: Open University Press.
LÉVY, Pierre. (2011). O que é o virtual? Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Editora 34.
MATTOS, Andréa Machado de Almeida; VALÉRIO, Kátia Modesto. (2010). Letramento crítico e ensino comunicativo: lacunas e interseções. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 10, n. 1, pp. 135-158. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1984-63982010000100008&lng=en&nrm=iso&tlng=en. Acesso em: 16/02/2017.
MATTOS, Andréa Machado de Almeida; VALÉRIO, Kátia Modesto. Novos letramentos, globalização e ensino de inglês como língua estrangeira. (2014). In: ZACCHI, Vanderlei; STELLA, Paulo Rogério (Orgs.). Novos letramentos, formação de professores e ensino de língua inglesa. Maceió: Edufal.
MCLAUGHLIN, Maureen; DeVOOGD, Glenn Lawrence. (2004). Critical literacy: enhancing students’ comprehension of text. New York: Scholastic.
THE NEW LONDON GROUP. A Pedagogy of Multiliteracies: designing social futures. Harvard Educational Review, v. 66, n. 1, p. 60-92, 1996. Disponível em: http://vassarliteracy.pbworks.com/f/Pedagogy+of+Multiliteracies_New+London+Group.pdf. Acesso em: 09/06/2017.
ROSCHEL NUNES, Elaine C.; LORKE, Franzisca. (2011). O problema da adequação dos parâmetros do Quadro Europeu Comum de Referência e “a necessidade de emergir como os outros de nós mesmos”. Revista X, v.2, pp. 40-60. Disponível em: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/revistax/article/view/22892. Acesso em: 02/07/2015.
SOARES, Magda. (2009). Letramento: um tema em três gêneros. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica.
STREET, Brian Vincent. (1984). Literacy in theory and practice. Cambridge: Cambridge University Press.
Trabalhos em Linguística Aplicada uses a Creative Commons (CC-BY) license, thus preserving the integrity of the articles in an open access environment. Journal authors retain the copyright of their work by licensing it under the Creative Commons Attribution license, which allows articles to be reused and distributed without restriction, as long as the original work is correctly cited.
Intellectual Property and Terms of Use
All content published in Trabalhos em Linguística Aplicada, unless otherwise specified, is under the Creative Commons Attribution License (CC-BY). This allows the material to be shared and adapted without restriction, as long as due credit is given and any changes made are indicated.
The authors retain the copyright to their work and take full responsibility for its content in the event of any challenge by third parties. The opinions expressed by the authors of the articles are their sole responsibility.
TLA reserves the right to make normative changes to the originals, such as changes to spelling and grammar to comply with the cultured norm of the language, as well as adjustments to form related to the editorial standard of the journal.