Resumo
Este artigo apresenta o processo de unificação e privatização das estradas de ferro paulista, a partir da configuração das relações de trabalho estabelecidas nos anos 1970. Por meio do relato de um antigo ferroviário é possível compreender as razões da decadência ferroviária, que vão além da mera concorrência rodoviária. Se no passado as ferrovias representavam progresso e eram grandes empregadoras de trabalhadores, hoje representam abandono. Assim como prédios de oficinas, estações, moradias operárias, o sentido do patrimônio ferroviário está ligado à história do trabalho na ferrovia. A privatização extinguiu os elementos que reproduziam a identidade ferroviária, atualmente o patrimônio está na marcha do seu desaparecimento, ao menos simbólico.Referências
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