Banner Portal
As cidades da cidade. Lisboa na primeira metade do séc. XX: nova Lisboa (1936) e Lisboa nova (1948).
PDF

Palavras-chave

Lisboa. história da cidade e do urbanismo.

Como Citar

ANDRÉ, Paula. As cidades da cidade. Lisboa na primeira metade do séc. XX: nova Lisboa (1936) e Lisboa nova (1948). URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade, Campinas, SP, v. 7, n. 1, p. 89–111, 2015. DOI: 10.20396/urbana.v7i1.8642549. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/urbana/article/view/8642549. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

A realidade urbana actual tem sido tema de investigação e reflexão em monografias e ensaios, plataformas e laboratórios, exposições e seminários, que a partir de uma caracterização do presente ambiente construído e trabalhando numa convergência dos saberes (arquitectura, urbanismo, geografia, economia, história, antropologia, filosofia, sociologia, arte, design…), procuram debater visões prospectivas das quais resulta um vasto reportório conceptual que constrói a história urbana. A partir desta perspectiva transdisciplinar este estudo tem por objectivo demonstrar que as teorias da Science Sociale de Le Play, associadas à Escola Francesa de Urbanismo estiveram presentes na ideologia e no pensamento político de Salazar, com consequências efectivas nas reformas urbanas feitas pelo seu governo, quer na morfologia do território do Plano da Costa do Sol (divulgado em 1936 como nova Lisboa) quer na morfologia e arquitectura do Plano do Bairro de Alvalade (divulgado em 1948 como Lisboa nova), que se apresentaram como novas cidades da cidade e que se constituem como história urbana de Lisboa.

https://doi.org/10.20396/urbana.v7i1.8642549
PDF

Referências

ARQUIVO Municipal do Arco do Cego, Lisboa.

ACTAS da Câmara Municipal de Lisboa. 1945. (1946). Lisboa: CML, sessão de 16 de Agosto.

ACTAS da Câmara Municipal de Lisboa. 1947. (1948). Lisboa: CML, Sessão de 21 de Agosto.

AGACHE, Donat-Alfred (1932). La Remodélation d’une capitale. Aménagement, Extension, Embellissement. Paris: Societé Coopérative d’Architectes.

AGACHE, Donat-Alfred (1936a). L’amenagement de la Costa do Sol (Portugal). Urbanisme. (Mars-Avril), pp.146-150.

AGACHE, Donat-Alfred (1936b). Lisbonne – Urbanisation de la Région Ouest. Paris: Mimeo.

ÁGOAS, Frederico (2013). Narrativas em perspectiva sobre a história da sociologia em Portugal. Análise Social, 206, XLVIII (1o), pp. 221-256.

ANAIS do Município de Lisboa 1947. (1948). Lisboa: CML.

ARROYO, Julio (2007). Bordas e espaço público. Fronteiras internas na cidade contemporânea, Arquitextos, Vitruvius, São Paulo. http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/07.081/269

ASCHER, François (2004). Les nouveaux príncipes de l’urbanisme, Editions de l’Aube, Paris.

AUGÉ, Marc (1992). Non-Lieux, introduction à une anthropologie de la surmodernité. Paris: Le Seuil.

BENDER, Thomas (2001). The unfinished city. New York and the Metropolitan Idea. New York: The New Press.

BOTELHO, Tarcísio Rodrigues (2002). A Família na Obra de Frédéric Le Play. Dados. Revista de Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, vol. 45, no 003, pp. 513-544.

BOURDIN, Alain (2011). O urbanismo depois da crise, Livros Horizonte, Lisboa.

BRAUDEL, Fernand (1979). Civilisation matérielle, economique et capitalisme. XVe-XVIIIe siècle. V. 1. Les structures du quotidien: le possible et l’impossible. Paris: Armand Colin.

BRUANT, Catherine (1994). Un architecte à “l’école d’énergie”. Donat Alfred Agache, du voyage à l’engagement colonial, Revue du monde musulman et de la Méditerranée, no 73-74, pp. 99-117.

CAMARINHAS, Catarina Teles Ferreira (2009). L’Urbanisme de Lisbonne. Eléments de théorie urbaine appliquée. Paris: Universite Paris IV- Sorbonne.

CAMPOS, Martha (2004). Vazios Operativos da Cidade. Territórios interurbanos na Grande Vitória. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Tese Doutoramento.

CAPEL SAEZ, Horacio (ed.) (2003). Ciudades, arquitectura y espácio urbano. Almeria: Instituto Cajamar, p. 9-22.

CARTA, Maurizio (2007). Creative City, Dynamics, Innovations, Action. Barcelona: Laboratorio Internazionale Editoriale.

CASTELLS, Manuel (1997). La sociedad red. La era de la información: economia, sociedad y cultura (Vol.1), Madrid: Alianza Editorial.

CERTEAU, Michel (1990). L’invention du Quotidien. Paris: Gallimard.

CHOAY, Françoise (1980). La regle et le Modele. Sur la Théorie de L’Architecture et de l’Urbanisme. Paris: Editions Seuil.

CHOAY, Françoise (1994). El reino de lo urbano y la muerte de la ciudad, in Visiones Urbanas: Europa 1870-1993: la ciudad del artista, la ciudad del arquitecto, Electa-CCB, Madrid.

A CIDADE Futura: o plano do urbanista Agache para modernizar Lisboa tem a concordância do Governo. (1936). Diário de Lisboa. (02-07-1936).

CIDADES PERFORMÁTICAS: uma discussão sobre arte, arquitectura e espaço público (2014). http://www.archdaily.com.br/br/758604/transmissao-ao-vivo-do-evento-cidades-performaticas-promovido-pelo-aruturo

CLAUDE, Viviane (2006). Faire la ville. Les métiers de l’urbanisme au XXe siècle. Marseille : éditions Parenthèses.

CLEMENTI, Alberto (1990). Periferie. Oltre i centro confini, in A. Clementi e F. Perego (eds.), Eupolis. La riqualificazione delle città in Europa. Roma: Gius, Laterza & Fipli spa, pp. 29-50.

CORBOZ, André (1983). El território como Palimpsesto, in RAMOS, A. M. (eds.) Lo Urbano en 20 Autores Contemporaneos. Barcelona: Ediciones UPC.

DAL CO, Francesco (1982). Dilucidaciones. Modernidad y Arquitectura. Barcelona: Paidós.

DE GRÖER, Étienne (1948). Previsões do Plano Director. In [Plano Director de Lisboa]. (inédito).

DEMATTEIS, Giuseppe (1995). Proggeto Implicito. Il contributo de la geografia umana alle scienze del território. Milano: Franco Angeli.

DESCAMPS, Paul (1935). Le Portugal. La vie sociale actuelle. Paris: Firmin-Didot et Ca, Éditeurs.

FARIÑA TOJO, José (2015). Una ciudad más próxima. El País Internacional. (28 Junio 2015).

FERREIRA, Victor M. (2004). Fascínio da Cidade – Memória e Projecto da Urbanidade, ISCTE, Ler Devagar, Lisboa.

FLORIDA, Richard (2003). The Rise of the Creative Class. London: Routledge.

GINZBURG, Carlo (1976). Il formaggio e i vermi. Il cosmo di un mugnaio del '500. Turim: Einaudi.

GLAESER, Edward (2011). El triunfo de las ciudades. Madrid: Taurus.

GRACIA, Francisco (1992). Construir en lo construído: la arquitectura como modificación. Madrid: Nerea.

O GRANDE Plano de urbanização de Alvalade (1948). Diário de Noticias (22 Setembro 1948).

HARVEY, David (2004). Espaços de esperança. São Paulo: Loyola.

HIGUERAS, Ester (2006). Urbanismo bioclimático. Barcelona: Gustavo Gili.

HOPKINS, Rob (2008). The Transition Handbook: from oil dependency to local resilience. London: Green Book.

KALAORA, Bernard; DAVOYE, Antoine (1995). La mutation du mouvement le playsien. Revue Française de Sociologie. Vol. 26, n.12, pp. 257-276.

KRUCHEN, Lia (2009). Design e Território: valorização de identidades e produtos locais. São Paulo: EDUSP.

LEFEBVRE, Henri (1972). La revolución urbana. Madrid: Alianza, 1972.

MACEDO, Helder (2012). As rédeas do Reino e os muros de Marrocos. Arquitextos. Vitruvius, ano 13, Setembro.

MEDEIROS, Fernando da C. (1976). Capitalismo e pré-capitalismo nos campos em Portugal, no período entre as duas guerras, Análise Social, vol.12, 1976, no 2, pp. 288-314.

MEDEIROS, Fernando (1987). Grupos domésticos e habitat rural no norte de Portugal – o contributo da escola de Le Play, 1908-34. Análise Social. Vol. XXIII, no 95, pp. 97-116.

MÉSZÁROS, I. (2008). O desafio e o fardo do tempo histórico, Politica e Sociedade, (13), 17-33.

MODERNIZEMOS a Capital! o arquitecto francês Agache veio a Lisboa para estudar a construção duma estrada automobilística de Lisboa a Cascais. (1933). Diário de Lisboa. (24 Julho 1933).

MOSTAFAVI, Mohsen; DOHERTY, Gareth (eds) (2010). Ecological Urbanism. Baden: Lars Muller Publishers.

NORBERG-SHULZ, Christian (1980). Genius loci. Towards a phenomenology of architecture. London: Academy Editions.

POINSARD, Léon (1910). Le Portugal Inconnu. Paris: Bureaux de la Science Sociale.

PORTAS, Nuno, DOMINGUES, Á., CABRAL, J. (eds.) (2003). Politicas Urbanas – Tendências, estratégias e oportunidade. Lisboa: F.C.G.

PORTAS, Nuno (2004). De una ciudad a outra: perspectivas periféricas, in, MARTÍN RAMOS; Ángel (ed.) – Lo urbano en 20 autores contemporâneos. Barcelona: ediciones UPC.

QUELQUES notes sur le développement de Lisbonne. (1948). Lisboa: CML.

RONCAYOLO, Marcel (1990). La ville et ses territoires. Paris: Gallimard.

SASSEN, Saskia (2014). Expulsions – Brutality and Complexity in the Global Economy. Harvard: University Press.

O SÉCULO (1948). (22 Setembro 1948).

O SÉCULO ILUSTRADO (1948). (2 Outubro 1948).

SOLÀ-MORALES, M. (1997). Territoris sense model. Revista Papers, región Metropolitana de Barcelona, (26).

TERÁN, Fernando de (2009). El pasado activo: del uso interesado de la historia para el entendimiento y la construcción de la ciudad. Madrid: Akal.

THACKARA, John (2008). Plano B: o design e as alternativas viáveis em um mundo complexo. São Paulo: Saraiva: Versar.

TORRÃO, Amilcar (2015). Editorial Revista Urbana, dossiê História Urbana – a configuração de um campo conceitual.

UM PLANO de realizações. Todos os desempregados vão ter trabalho dentro de pouco tempo, diz-nos o ministro das obras públicas. (1933). Diário de Lisboa. (24 Fevereiro 1933).

UNEVEN GROWTH: Tactical Urbanisms for Expanding Megacities (2014).New York: MoMA.

VEGARA, Alfonso; DE LAS RIVAS, Juan Luis (eds) (2004). Territorios Inteligentes. Madrid: Fundación Metrópoli.

WALL, Karin (1993). Elementos sobre a sociologia da família em Portugal, Análise Social, vol. XXVIII (123-124), no 4,5, pp. 999-1009.

URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.