Resumo
A certa altura de Orlando, Virgínia Woolf escreve: Defronta agora o biógrafo com uma dificuldade que é melhor confessar do que esconder. Até este ponto da narrativa da vida de Orlando, documentos privados e históricos têm tornado possível o cumprimento do primeiro dever de um biógrafo, que é caminhar, sem olhar para a direita nem para a esquerda, sobre os rastros indeléveis da verdade; sem se deixar seduzir por flores; sem fazer caso da sombra; sempre para diante, metodicamente, até cair em cheio na sepultura, e escrever finis na lápide sobre as nossas cabeças (Woolf, 1972:37).
Referências
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IMAGINA as coisas que se podia imaginar: jovens antropólogos e uma tese embaixo do braço. Entrevista com Verena Stolcke (por Rafael Nascimento César e Thais Lassali). PROA: revista de antropologia e arte, no7, vol. 1, 2017, pp.167-179.
WOOLF, Virgínia. Orlando. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1972, Tradução de Cecília Meireles [1928].