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Anfitriãs do céu: carreira, crise e desilusão a bordo da Varig

CASTELLITTI, C.. Anfitriãs do céu. : carreira, crise e desilusão a bordo da Varig. Rio de Janeiro: Editora Telha, 2021

Nas últimas décadas, os debates públicos têm enfatizado a discussão sobre os temas de gênero nas diversas categorias, que incluem trabalho, identidade, violência, sexualidade, entre outras. Novas abordagens e conceitualizações vêm sendo propostas para que se procure entender as mudanças e continuidades na contemporaneidade para construção do conhecimento social e da busca de soluções para antigos dilemas. A relação entre gênero, carreira e trabalho se enquadra em um tema tanto antigo quanto atual – mais ainda, em tempos de questionamentos quanto ao uso pejorativo do termo “ideologia de gênero” –, que está presente nas disputas narrativas e políticas visando reduzir a relevância desse debate e, portanto, a construção de soluções sociais para equalização das condições de trabalho e remuneração entre homens e mulheres, desde Mill até Butler (Butler, 2020). O mundo do trabalho, para as mulheres, é permeado de nuances, com destaque para as desigualdades sociais que abrangem salário, distribuição de vagas e oportunidades de ascensão bem como os nichos de carreira no quais as mulheres conseguem atuar.

Nesse sentido, a carreira de comissária de bordo é uma atividade que divergiu desse cenário desde os anos 1970 até o início dos anos 2000. O livro “Anfitriãs do céu: carreira, crise e desilusão a bordo da Varig” retrata a trajetória das comissárias de bordo dentro da empresa de aviação de maior expressão no Brasil, que teve sua falência decretada em 2006. Um acontecimento que representou mudanças bruscas, inesperadas e significativas na vida e na trajetória profissional das mulheres que construíram suas carreiras naquela empresa, tendo dedicado décadas de suas vidas ao ofício de comissárias de bordo, comprometendo suas subjetividades, suas relações pessoais e familiares. A obra, publicada em 2021 pela Editora Telha, refere-se à tese de doutorado de Carolina Castellitti, intitulada “A carreira de comissária de bordo na Varig: processos de autonomização feminina em contextos urbanos”. Castellitti é professora, nascida na Argentina, formada em Sociologia pela Universidad Nacional del Litoral, mestre, doutora, com pós-doutorado em curso no Programa de Antropologia Social pelo Museu Nacional – UFRJ e já vinha desenvolvendo pesquisas e trabalhos relacionados a questões de gênero no decorrer de sua trajetória acadêmica. O livro nos insere no diálogo entre a sociologia contemporânea, a antropologia urbana e os estudos de carreiras no Brasil, baseando-se justamente no interesse da pesquisadora nos temas que abordam gênero, corpos, sexualidade no trabalho e na trajetória profissional de mulheres, sendo construído a partir de um estudo etnográfico no qual a socióloga nos mostra uma diferente experiência feminina no mundo do trabalho.

A construção das histórias profissionais e de vida é feita por meio de entrevistas em que as narrativas revelam as motivações, distinções e estruturação dos corpos femininos – esta última elaborada com grande investimento na apresentação pessoal e comportamental, a partir do treinamento recebido e no desenvolvimento da carreira das trabalhadoras da Varig – até o encerramento de suas atividades devido à falência da empresa. Nesse contexto, o trabalho de Carolina Castellitti se mostra bem peculiar, pois a carreira de comissária de bordo se direciona na contramão da realidade do mercado de trabalho feminino, uma vez que as comissárias de bordo se viam e eram vistas como mulheres independentes, com uma carreira profissional seleta e cobiçada, e, não menos importante, inseridas em um campo no qual o corpo feminino era umas das características predominantemente desejadas. Uma característica que também trazia consigo todos os problemas ancorados em marcadores sociais como o racismo, sexualização, etarismo, assédio e estigmatização das mulheres trabalhadoras. E mais ainda, de modo geral, a carreira na aviação configurou uma relação com o trabalho e um modo de vida que à época não era experienciada pela maioria das mulheres. Os relatos do livro possibilitam a todos que viveram naquela época se lembrar do fascínio exercido por essas trabalhadoras e o imaginário que era produzido a respeito dessa carreira tão específica, que além de poder proporcionar renda e independência, ainda permitia a essas mulheres que fossem remuneradas como que para conhecer o mundo e a ter acesso a um mercado de consumo muito exclusivo.

A representação do trabalho de comissária de bordo carrega consigo uma variedade expressiva de significados que abrangem recortes de gênero, diferenciação, prestígio – entre os ambientes dentro e fora do trabalho –, distinção e classe social. Cabe destacar que a vida “no ar” também manifestava a divisão sexual do trabalho que está presente em toda a sociedade e nos diversos campos profissionais existentes. Contudo, e sobretudo nessa atividade, o livro mostra como se dá a interferência nos padrões de convivência, comportamento, modelagem dos corpos e hábitos de vida relacionados ao gênero feminino. Os relatos ricos em referenciais sobre as relações de gênero, enfatizam a ambiguidade da carreira de comissária no que se refere à realidade feminina e ao mercado de trabalho, muito embora ela fosse relativamente diferente do que se espera dos postos de trabalho tradicionalmente direcionados a mulheres, principalmente, no tocante às viagens constantes e, por óbvio, à ausência no lar.

A escrita leve e agradável do texto torna a leitura de interesse não somente aos cientistas sociais mas ao público em geral, principalmente aos que foram contemporâneos dos áureos tempos da aviação brasileira e guardam na lembrança as imagens das comissárias de bordo, daquela que foi, sem dúvidas, a empresa de maior destaque no ramo da aviação no Brasil. Os leitores se sentirão fortemente identificados pelo mesmo vínculo afetivo, tanto com a empresa, como por essas mulheres que personificavam o glamour de viajar – e trabalhar – em um avião – uma imagem que certamente ainda se encontra na memória de quem as via passar, elegantemente uniformizadas, empunhando suas pequenas malas pelos corredores dos aeroportos. Por sua vez, a autora se destaca pela escrita respeitosa – e cuidadosa com suas interlocutoras – ao mesmo tempo que nos transporta para aquele período em que “voar” era um luxo para poucos. Eu mesma só “voava” a trabalho, visto que era caro demais viajar de avião usando os próprios recursos.

No decorrer dos capítulos, o livro detalha um estudo profundo sobre o desenvolvimento da carreira dessas mulheres, seus significados e suas subjetividades. A partir de uma pesquisa minuciosa sobre a inserção na carreira, o desenvolvimento na atividade, a trajetória de crescimento na empresa, a autora demonstra como a falência foi um definidor de vivências que impactaram toda a sociedade brasileira, sobretudo seus funcionários e funcionárias que tinham com a empresa um vínculo afetivo que ia muito além do vínculo empregatício. Os sentimentos de pertencimento e abandono são captados de forma rica e detalhada oferecendo aos leitores um profícuo estudo de caso.

O livro também recupera a história da Varig como uma grande companhia brasileira que despertava o sentimento de orgulho nacional – considerada uma referência por sua excelência –, sendo também o sonho de carreira profissional de muitas pessoas. A empresa e as comissárias eram objeto de atenção e fascínio na sociedade brasileira, confundindo-se com o sentimento de pertencimento à Nação. Nessa época, a autoestima do povo brasileiro se relacionava com condições sociais e econômicas bem precárias, o que explicitava uma situação diametralmente oposta ao sentimento promovido pelo mundo da aviação. Leopoldi e Lima (2009) citam em seus estudos sobre a crise brasileira no final do século XX que a política econômica à época, erroneamente conduzida, provocava recessão, aumento do câmbio, do nível de inflação, queda dos empregos e redução do orçamento público, o que gerava forte oposição ao governo e ao Congresso Nacional. Diante desse contexto, é possível compreender por que o franco crescimento da Varig simbolizava um Brasil com o qual os brasileiros desejavam se identificar.

A problemática da carreira é analisada por meio de contribuições teóricas visando a interpretação do fenômeno, que se dá a nível pessoal e público e é evidenciado no desenvolvimento profissional e na vida das comissárias. A partir dos depoimentos, as exigências de transformação relativas a conduta, comportamento e hábitos para o exercício da atividade se imbricam com a representação social do papel do feminino, dentro das suas contradições e diferenças de postura entre o trabalho e o ambiente doméstico. Em boa medida, as concepções de exercício e conformação da carreira demonstram que, mesmo considerando as diferenças significativas de valorização feminina na carreira a bordo dos aviões, no que se refere ao balanço da divisão sexual do trabalho, “tudo muda, mas nada muda” (Hirata; Kergoat, 2007HIRATA, H.; Kergoat, D. Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Cadernos de pesquisa, 37, 2007, pp.595-609 [https://www.scielo.br/j/cp/a/cCztcWVvvtWGDvFqRmdsBWQ/?format=pdf⟨=pt – acesso em: 16 jun. 2022].
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:600). Isso porque os princípios da separação entre trabalhos femininos e masculinos e os princípios hierárquicos de valorização do trabalho de acordo com o gênero se reproduziam na esfera do mundo da aviação, explicitados na diferença entre as carreiras de comissárias e pilotos. Contudo, mesmo em uma circunstância em que as tarefas domésticas são reduzidas para as mulheres, já que elas trabalham em uma atividade que as tira de suas casas por um período mais estendido, dentro da empresa, essa divisão entre homens e mulheres se mantinha, mesmo que sob outros parâmetros. Na aviação, eram claras as diferenças de gênero em termos de hierarquia, autoridade, valorização, definições de atividade, desenvolvimento de carreira e tempo de serviço, situação que se mantém desde sempre na discussão sobre gênero e mercado de trabalho, no qual as mulheres cuidam – servem ou limpam – e os homens comandam. Em direção oposta à imagem, ao status profissional e financeiro que a carreira proporcionava às comissárias – ainda pensando as interdependências –, é possível identificar nessa estrutura da divisão sexual do trabalho a separação entre atividades e carreiras masculinas e femininas, claramente presente na aviação. Dentro do avião, homens e mulheres se distinguiam no que se refere a salário, autoridade, responsabilidade e prestígio, deixando expostas e especificadas as diferenças entre pilotos e comissárias, entre a cabine de comando e a cabine de passageiros, interdependências que se repetem no âmbito familiar, ambiente que também retrata a realidade do trabalho dessas mulheres. Os dilemas domésticos relacionados a família, filhos e maridos revelaram situações bem específicas para se analisar a individualização feminina e a contraposição sexual nos diversos parâmetros sociais que a dinâmicas dessas profissões “do ar” produzem e, também, reproduzem fora dele.

Com isso, o estudo revela variadas nuances atribuídas ao feminino e ao masculino e pode-se observar as relações em que esses papéis constantemente se afastam tanto quanto fluem entre si, entrelaçando-se entre o trabalho e a casa, a carreira e a família, o piloto e o marido. Dentro dessa dificuldade de definição específica, a atividade também subverte, em alguma medida, a percepção lógica e costumaz sobre feminismo e patriarcado em um universo onde estão, ao mesmo tempo, delineados e fluidos, separados e unidos na vivência dessas mulheres. Um tipo de feminismo que, pode tanto se confundir com alienação, como pode parecer se distinguir dos inúmeros feminismos já abordados nos estudos sobre gênero. Em alguma medida, Donna Haraway (2000)HARAWAY, D. Manifesto ciborgue. Antropologia do ciborgue. Belo Horizonte, Autêntica, 2000. 33-118. e sua concepção de um feminismo nos revela que existem lutas feministas que tanto podem se dar por afinidade como por uma identidade de gênero. Às vezes, mais até pela afinidade do que pela identidade propriamente dita. Nessa direção, também pode-se pensar nos aspectos que possibilitam considerar que essa concepção caracteriza um feminismo branco que mantém as estruturas coloniais, patriarcais e racistas que sempre permearam a sociedade. Essa observação é importante para pontuar que, ao mesmo tempo que a análise não se pode ser injusta com o posicionamento de independência profissional dessas mulheres, também é possível reconhecer a conotação de anuência com as desigualdades de gênero persistentes que não permitem às mulheres ascender profissional e economicamente, uma vez que elas mesmas foram limitadas a não estar nas cabines de comando, carreiras exercidas somente por homens. Ao mesmo tempo, elas também se submetem ao controle de seus corpos femininos ao se alinharem aos padrões patriarcais estabelecidos nas exigências e condutas profissionais para exercerem a atividade de comissárias de bordo.

Ainda pensando os conceitos de interdependências e a individualidade forçada, o livro se aprofunda no objetivo de apreender o sentido da profissão e da carreira. De um lado, as comissárias têm – dentro e fora do trabalho – seus hábitos, comportamentos, corpos, direitos reprodutivos, sexualidade e desenvolvimento profissional moldados por padrões patriarcais altamente reguladores e limitadores, cujas especificidades são por elas absorvidas plenamente. Por outro lado, percebe-se que a profissão permite que essas mulheres se considerem independentes, donas de suas vidas e à frente de seu tempo. Nesse caso, trata-se de uma interdependência que não necessariamente é atravessada pelas reivindicações feministas, mas, que transita entre a independência financeira, a submissão consentida no trabalho. O que, em grande medida, é permeado por um certo protagonismo na vivência em família que se manifesta pelo salário, pela liberdade exigida e pela vivência singular proporcionada pela profissão. Nessas direções, o que se percebe é que as dependências são baseadas em uma relativa moralidade, em certa medida consideradas positivas, em relação a figura masculina. Como relata Gonçalves (2010)GONÇALVES, E. Remar o próprio barco: a centralidade do trabalho no mundo das mulheres sós. cadernos pagu, Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2010, pp.235-268., são relações e interdependências com as figuras masculinas, que possuem ambiguidades imanentes.

Indo mais adiante, no caso das comissárias, essas interdependências também se alteram significativamente a partir da antecipação do fim da carreira, seja pela questão da idade ou em função da falência da Varig. O encerramento configura, assim, novos arranjos nos seus papeis sociais, domésticos e familiares. A falência da empresa ocasionou muitas rupturas nas vidas profissionais e familiares dessas mulheres. Com a perda de seu posto de mulher independente, perdem também o ganho financeiro e tudo que ele podia proporcionar à família. Além disso, encerrou-se aquilo que lhes conferia também um poder simbólico dado o prestígio da carreira na aviação. E é nessa inconstância que talvez resida a dificuldade de percepção dos limites que poderiam permitir a essas mulheres se analisarem a partir das perspectivas feministas já amplamente reivindicadas e discutidas nos âmbitos social e acadêmico.

Ao longo do livro, a análise científica de Castellitti e o uso que faz de um vasto arsenal de conhecimentos sobre teoria sociológica e antropológica fornecem ao leitor o acesso a uma relevante base de estudos que aprofundam a análise e compõem uma importante fonte de conhecimento para entendimento de processos sociais, pessoais, trabalhistas, econômicos e políticos, a partir de um significativo evento que, ainda hoje, produz reflexos nas vidas de muitas mulheres e demais profissionais que fizeram parte da Varig. Com precisão científica e metodológica, através de um objeto de pesquisa densamente investigado, a leitura proporciona uma visão ampla de um drama coletivo que envolve carreira, trabalho, gênero e subjetividade. Isso posto, é sobre bases firmes que a autora nos apresenta um conteúdo relevante para aqueles que querem aprender sobre teoria, assim como prática científica.

De forma cronológica, desde a escolha da carreira até o desligamento da empresa, o livro termina relatando os detalhes, acontecimentos e sentimentos diante do impacto negativo da falência da Varig. Análises são contextualizadas com o desenvolvimento do mercado da aviação durante a ditadura (Monteiro, 2007MONTEIRO, C. F. A Varig e o Brasil entre o desenvolvimento nacional e a competitividade global. Civitas-Revista de Ciências Sociais, 7(1), 2007, pp.35-58 [https://www.redalyc.org/pdf/742/74270103.pdf – acesso em: 16 jun. 2022].
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) e os desdobramentos políticos dentro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva atravessadas pelas denúncias de corrupção atribuídas ao Partido dos Trabalhadores-PT, questões muito pungentes no sentimento de abandono atribuído pelos funcionários ante o não salvamento da empresa pelo ex-presidente.

Os fatos narrados trazem à luz o que essa ruptura representou na vida e no sentimento dessas mulheres de classe média, considerando as dificuldades e os desafios de se reinventar depois de tantos anos dedicados a uma profissão muito específica. Somada a isso, a difícil reinserção em um mercado de trabalho altamente restrito, considerando ainda as implicações relacionadas a idade dessas mulheres para se manterem ativas nesse mercado. A partir desses acontecimentos, em grande medida, é possível perceber a significação real e simbólica que a empresa teve na vivência dessas pessoas, tornando-se “traços de referência na identidade”, como observa Giddens (1993)GIDDENS, A. Transformações da Intimidade: Sexualidade, Amor e Erotismo nas Sociedades Modernas; São Paulo, UNESP, 1993.. É a partir desse lugar que a empresa configura parte do que essas mulheres são como pessoas, tanto dentro como fora do trabalho. A autora produz ainda um conteúdo carregado de sensibilidade que contribui para compreender os nexos causais, facilitando o entendimento dos variados contornos existentes que imbricam eventos e vidas diante do desfecho que culminou em uma ruptura carregada de violências e traumas. A falência da empresa deixou sem cicatrização uma ferida que é dolorosa, ainda nos dias de hoje.

Os dados expostos por Castellitti articulam e dialogam proficuamente com conteúdos que analisam questões que envolvem trabalho, gênero e sexualidade. Ainda mais especialmente, quando atravessados pelas economias sexuais, nas quais o corpo feminino afeta substancialmente as trajetórias profissionais das mulheres, fato amplamente observável nos relatos da construção, desenvolvimento e finalização das carreiras de comissárias de bordo da Varig. As informações relatadas podem constituir poderosas ferramentas empíricas que, ao se articularem com as perspectivas teóricas, possibilitam analisar e compreender como a questão de gênero pode marcar os caminhos permitidos ou negados às mulheres, nesse ou naquele contexto, para proibição, progressão ou interrupção de suas carreiras profissionais.

É, portanto, inequívoca a recomendação dessa obra, na certeza de que, tanto para cientistas sociais como para leigos, trata-se de uma leitura indispensável – e prazerosa – para quem deseja compreender os fenômenos relacionados a trabalho, carreira, gênero e sexualidade nas vivências das comissárias de bordo da Varig. Ao mesmo tempo, proporciona aos leitores momentos de nostalgia, surpresa, inquietação, curiosidade e reflexão diante de uma pesquisa muito bem elaborada e muito bem apresentada em sua versão literária, de grande valor científico para adensar os debates sobre gênero e carreira no que dizem respeito ao posicionamento da mulher no mercado de trabalho.

Referências bibliográficas

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  • CASTELLITTI, C. Anfitriãs do céu: carreira, crise e desilusão a bordo da Varig. Rio de Janeiro, 2021, Editora Telha.
  • GIDDENS, A. Transformações da Intimidade: Sexualidade, Amor e Erotismo nas Sociedades Modernas; São Paulo, UNESP, 1993.
  • GONÇALVES, E. Remar o próprio barco: a centralidade do trabalho no mundo das mulheres sós. cadernos pagu, Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2010, pp.235-268.
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    » https://convention2.allacademic.com/one/isa-abri/meeting09/index.php?cmd=Download+Document&key=unpublished_manuscript&file_index=2&pop_up=true&no_click_key=true&attachment_style=attachment&PHPSESSID=kmrutnga4e1btqsra324dnk9a1
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    » https://www.redalyc.org/pdf/742/74270103.pdf

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Jun 2023
  • Data do Fascículo
    Maio 2023

Histórico

  • Recebido
    09 Out 2022
  • Aceito
    21 Out 2022
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