Resumo
Os estudos sobre as interfaces entre a filosofia da ciência feminista e as Relações Internacionais são ainda escassos nas publicações acadêmicas no Brasil. O artigo “Da constituição e causalidade na pesquisa feminista nas Relações Internacionais”, publicado no presente número da revista Cadernos Pagu, se insere nessa temática ainda pouco abordada ao propor o debate ontológico fundado na noção de poderes causais do realismo filosófico crítico para analisar as articulações entre distintas perspectivas feministas nas RI. Neste texto, em consonância com o intuito desta seção, Bastidores da produção do conhecimento feminista, de responder à crescente demanda por ciência aberta, abordo o processo de avaliação por pares do manuscrito, do qual participei como avaliadora. Ainda no âmbito da filosofia da ciência, reflito sobre a avaliação por pares enquanto parte do processo de construção do conhecimento a partir da proposta de uma epistemologia do ponto de vista feminista interseccional dissidente.
Referências
COLLINS, Patricia Hill. Black Feminist Thought: Knowledge, Consciousness, and the Politics of Empowerment. 2ed., New York and London, Routledge, 2000.
GUIMARÃES REYNALDO, Renata et al. Women of the Revolution and a Politics of Care: A Gendered Intersectional Approach on an Initiative to Address Socioenvironmental Problems in a Marginalized Community in Southern Brazil. Gender, Work & Organization, 30(6), 2023, pp.2130-2154 [ https://doi.org/10.1111/gwao.13054 - acesso em 15 maio 2024]. » https://doi.org/10.1111/gwao.13054
HARDING, Sandra. Objectivity and diversity: another logic of scientific research. Chicago/London, University of Chicago Press, 2015.
KERGOAT, Danièle. Dinâmica e consubstancialidade das relações sociais. Novos estudos (86), 2010, pp.93-103 [ https://doi.org/10.1590/S0101-33002010000100005 - acesso em15 maio 2024]. » https://doi.org/10.1590/S0101-33002010000100005
LUGONES, Maria. Toward a Decolonial Feminism. Hypatia, 25(4), 2010, pp.742-759 [ https://doi.org/10.1111/j.1527-2001. 2010.01137.x - acesso em 15 maio 2024]. » https://doi.org/10.1111/j.1527-2001. 2010.01137.x
MOHANTY, Chandra T. Feminism without Borders: Decolonizing Theory, Practicing Solidarity. Durham, London, Duke University Press, 2003.
PADOVANI, Natália Corazza; SIMÕES, Julian; FELTRIN, Rebeca. Bastidores da produção do conhecimento feminista, a nova seção da cadernos pagu. cadernos pagu (65), 2022 [ https://doi.org/10.1590/18094449202200650000 - acesso em 14 maio 2024].
» https://doi.org/10.1590/18094449202200650000
RAGO, Margareth. Epistemologia feminista, gênero e história. In: PEDRO, Joana; GROSSI, Miriam (org.). Masculino, Feminino, Plural Florianópolis, Ed. Mulheres, 1998.
TRUE, Jacqui. Feminism and Gender Studies in International Relations Theory. Oxford Research Encyclopedia of International Studies, 30 nov. 2017 [ https://oxfordre.com/internationalstudies/view/10.1093/acrefore/9780190846626.001.0001/acrefore-9780190846626-e-46 - acesso em 29 mar. 2024]. » https://oxfordre.com/internationalstudies/view/10.1093/acrefore/9780190846626.001.0001/acrefore-9780190846626-e-46
VIGOYA, Mara Viveros. La interseccionalidad: una aproximación situada a la dominación. Debate Feminista (52), 2016, pp.1-17 [ https://doi.org/10.1016/j.df.2016.09.005 - acesso em 15 maio 2024].

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Cadernos Pagu