Banner Portal
Pistas históricas da resistência da Língua Galega
PDF

Palavras-chave

Língua Galega
Gramaticalização
Norma linguística

Como Citar

PACHECO ROCHA, Saulo Rogério; DI PALMA BACK, Angela Cristina. Pistas históricas da resistência da Língua Galega: da origem à redemocratização e normatização para o ensino. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, SP, v. 66, n. 00, p. e024008, 2024. DOI: 10.20396/cel.v66i00.8676331. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8676331. Acesso em: 27 set. 2024.

Resumo

A discussão que ora apresentamos decorre da pesquisa, ainda que um recorte dela, acerca das formas de escrita da língua galega e suas implicações político-linguísticas. O trabalho mostra na primeira seção uma breve contextualização histórica da região, povo e língua, para a posteriori, ir às discussões a respeito da norma linguística e suas implicações políticas no ensino de galego. Para isso, buscamos historiadores galegos como Xosé Nuñez-Seixas (1995), estudiosos da língua como Matías Rodriguez da Torre e Xosé Manuel Silva (2016), Luís Fontenla Figueiroa (2007), Oscar Fouces (2001), e Xoán Lagares (2011), bem como instruções junto a documentos institucionais, como da Real Academia Galega e do Instituto da Lingua Galega (2012), da Associaçom Galega da Língua (1989) e da Confederación Intersindical Galega (1999), entre outros historiadores e estudiosos da língua portuguesa que dessem conta do comum das duas línguas. O caso do galego é interessante, pois demonstra, numa língua muito próxima, a íntima relação que a história, a identidade nacional, a democracia, a educação e o movimento linguístico possuem, dado que estão todos imbricados nas discussões a respeito do uso e do ensino do galego, escrito e falado, após a reabertura democrática da Espanha no final da década de 1970.

https://doi.org/10.20396/cel.v66i00.8676331
PDF

Referências

ANDERSON, Benedict R. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e difusão do nacionalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

ASSOCIAÇOM GALEGA DA LÍNGUA. Estudo crítico das normas ortográficas e morfolóxicas do idioma galego (I.L.G. - R.A.G.). 2. ed. Santiago de Compostela: AGAL, 1989.

CÁCCAMO, Celso Álvarez; HERRERO VALEIRO, Mário J. O continuum da escrita na Galiza: entre o espanhol e o português. Revista Internacional da Associaçom Galega da Língua, n. 46, p. 143-156. Corunha: Universidade da Corunha, 1996.

CARVALHO, José Ricardo. A construção da identidade de uma nação por meio da língua escrita e falada. Fórum Identidades, v. 4, n. 4, p. 83-90, 2008.

CASTELAO, Alfonso Daniel Rodríguez. Sempre en Galiza. Epublibre, 2013.

CASTRO LÔPEZ, Maurício. Manual de iniciação à língua galega: sociolingüística, morfosintaxe, ortografia e léxico. Ferrol: Fundaçom Artábria, 2006.

CONDÉ, Valéria Gil. Particularidades da história social da língua galega. In: SILVA, Luiz Antônio da (org.). A língua que falamos: português: história, variação e discurso. São Paulo: Globo, 2005. p. 253-268.

CONFEDERAÇÃO INTERSINDICAL GALEGA. Guia elemental para a escrita do galego: normativa dos mínimos. 2. ed. Santiago de Compostela: CIG, 1999.

DA TORRE, Matías Rodríguez; SILVA, Xosé Manuel Baamonde. A repressão franquista na língua galega: a desfeita de uma realidade linguística, cultural e nacional. Caracol, São Paulo, n. 11, 2016.

FIGUEIROA, Luís Fontenla. Vantagens e desvantagens de cada norma ortográfica em uso na Galiza. In: CHRYSTELLO, Chrys; CHRYSTELLO, Helena (orgs.). Galiza: berço da lusofonia. Actas do V Colóquio Anual da Lusofonia. Bragança: Arcos Online, 2007. p. 158-168.

FOUCES, Oscar Diaz. Apontamentos sobre a socializaçom do reintegracionismo. Agália, n. 67/68, p. 9-34, 2001.

GALICIA. Estatuto de Galicia. La Asamblea Regional de Ayuntamientos celebrada em Santiago de Compostela. Santiago de Compostela: El Eco de Santiago, 1932.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

INSTITUTO DA LÍNGUA GALEGA. REAL ACADEMIA GALEGA. Normas ortográficas e morfolóxicas do idioma galego. 23. ed. Santiago de Compostela: Galaxia, 2012.

LAGARES, Xoán Carlos. O galego em seu labirinto: breve análise glotopolítica. Letras, Santa Maria, v. 21, n. 42, p. 97-128, 2011.

MONTEAGUDO, Henrique; LAGARES, Xoán Carlos. Norma e autoridade linguística no galego e no português brasileiro. LaborHistórico, v. 3, n. 2, p. 12-27, 2017.

MONTEAGUDO, Henrique. Do uso á norma, da norma ao uso (variación sociolingüística e estandarización no idioma galego). In: ÁLVAREZ, Rosario; MONTEAGUDO, Henrique. (eds.). Norma lingüística e variación. Santiago de Compostela: Consello da Cultura Galega / Instituto da Lingua Galega, 2005. p. 377-436.

NOGUEIRA, Carlos Roberto F. A Reconquista Ibérica: a construção de uma ideologia. História, Instituciones, Documentos, n. 28, p. 277-295, 2001.

NÚÑEZ SEIXAS, Xosé M. Os nacionalismos na Espanha contemporânea: uma perspectiva histórica e algumas hipóteses para o presente. Análise Social, Lisboa, v. 30, n. 131-132, p. 489-526, 1995.

PHARIES, David A. Breve história de la lengua española. 2. ed. Chicago: The University of Chicago Press, 2016.

RODRIGUES, J. Henrique P. A escrita e a norma cara ao Século XXI. Agália, n. 65/66, 2001.

TEYSSIER, Paul. História da língua portuguesa. 2. ed. Tradução de Celso Cunha. São Paulo: Martins, 2014.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Cadernos de Estudos Linguísticos

Downloads

Não há dados estatísticos.