@article{De Conto_Carvalho_2022, place={Campinas, SP}, title={Sentenças panquecas não têm artigos definidos em português brasileiro}, volume={64}, url={https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8665010}, DOI={10.20396/cel.v64i00.8665010}, abstractNote={<p>Neste texto, discutimos um aspecto da caracterização dos nominais em posição de sujeito de sentenças panquecas em português brasileiro. Descritivamente, sentenças panquecas têm duas características centrais nessa língua: (i) um nome na posição de sujeito, com uma estrutura menor do que um DP, recebe uma interpretação de situação; (ii) o predicado não concorda morfologicamente com esse sujeito. Um exemplo disso é a sentença <em>Panqueca é bom</em>. Estudos recentes (SIQUEIRA, 2017, SIQUEIRA; SIBALDO e SEDRINS, 2020) defendem que sentenças panquecas podem ter artigos definidos, como em <em>A panqueca é bom</em>. Mostramos que sentenças como <em>A panqueca é bom</em> são, na verdade, casos de elipse de parte do VP. Elas só são gramaticais caso tenham identidade com o antecedente e não são possíveis caso o antecedente seja só pragmático, isto é, caso o antecedente não tenha material linguístico. Em contraposição, sentenças panquecas, tais como tradicionalmente descritas, são possíveis em casos de antecedente pragmático e possuem, portanto, anáforas profundas em sua constituição. Quando os dois tipos sentenciais são examinados à luz da classificação em termos de anáfora superficial e anáfora profunda, evidencia-se que sentenças panquecas exemplificadas por <em>Panqueca é bom</em> têm uma constituição diferente de sentenças com elipses verbais, como <em>A panqueca é bom</em>. Dessa forma, mostramos que só a primeira se configura como uma verdadeira sentença panqueca.</p>}, number={00}, journal={Cadernos de Estudos Linguísticos}, author={De Conto, Luana and Carvalho, Janayna Maria da Rocha}, year={2022}, month={abr.}, pages={e022013} }