TY - JOUR AU - Almeida, Guido PY - 2012/11/17 Y2 - 2024/03/28 TI - UNIVERSAIS PRAGMÁTICOS E AÇÃO COMUNICATIVA JF - Cadernos de Estudos Linguísticos JA - Cad. Est. Ling. VL - 9 IS - 0 SE - Artigos DO - 10.20396/cel.v9i0.8636736 UR - https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8636736 SP - 201-215 AB - <p>No texto que vou ler a seguir, eu me proponho desenvolver os seguintes pontos: a teoria da comunicação que J. Habermas expõe sob o titulo “Pragmática Universal” contêm algumas ideias importantes para a compreensão do discurso como forma de ação comunicativa. Por conseguinte, deveria ser possível derivar dela um método de analise capaz de mostrar como cada tipo de discurso estabelece um modo de comunicação e de reconhecimento mutuo entre os participantes (falante/ouvinte, autor/leitor).</p><p>No entanto, isso não ocorre porque a unidade de analise da Pragmática Universal (o ato-de-fala ou ato discursivo) é o resultado de uma dupla abstração: l) das condições factuais da produção do discurso (entre elas o contexto institucional); 2) da estrutura concatenada do discurso. A Pragmática Universal conhece apenas um discurso fragmentado em atos-de-fala e que por isso perdeu sua unidade.</p><p>Eu entendo, no entanto, que a escolha do ato-de-fala como unidade de análise do discurso ë uma escolha razoável e mesmo inevitável, se quisermos fazer uma descrição analítico-reconstrutiva da estrutura comunicacional do discurso, isto é, baseada em informações encontradas no próprio discurso e prescindindo de toda informação factual acerca do contexto "extra-discursivo".</p><p>Eu acredito que é possível dar conta da estrutura ordenada do discurso através do conceito de atos-de-fala se os consideramos como contribuições para um "macro-ato-de-fala" que determina o modo comunicativo e a relação intersubjetiva estabelecidos pelo discurso como um todo.</p><p>O rendimento deste método de análise pode ser avaliado através da tentativa de aplicação a um pequeno texto (editorial de uma revista político-cultural).</p> ER -