TY - JOUR AU - Vilela-Ardenghi, Ana Carolina AU - Gomes, Cristiana Frazão PY - 2019/08/29 Y2 - 2024/03/29 TI - O ethos como índice de virtude discursiva: articulações epistemológicas entre cognição e discurso JF - Cadernos de Estudos Linguísticos JA - Cad. Est. Ling. VL - 61 IS - SE - Dossiê DO - 10.20396/cel.v61i0.8655211 UR - https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8655211 SP - 1-14 AB - <p><span lang="PT-BR">Paveau (2013a) apresenta uma proposta que é, pode-se dizer, inovadora, na medida em que pretende dotar a Análise do Discurso de uma dimensão cognitiva. Inspirado aí, o presente artigo objetiva — a partir da análise de uma campanha da cerveja Skol para o carnaval de 2015 — testar a produtividade da incorporação de tal dimensão ao&nbsp;<em>ethos</em>. Para tanto, buscamos apoio também na possibilidade de se incorporar o estudo da moral na linguagem, conforme Paveau (2015), que argumenta que há enunciados reconhecidos, no seio de uma dada comunidade, como virtuosos ou não. Assim, os membros dessa comunidade&nbsp;<em>sabem</em>, através de dados distribuídos socioculturalmente no ambiente, e têm (ou deveriam ter) uma disposição para produzir enunciados virtuosos. A essa disposição a autora designa&nbsp;<em>virtude discursiva</em>. Defendemos aqui que o&nbsp;<em>ethos</em>é um índice dessa virtude e que pode, portanto, ter incorporado em sua definição uma dimensão cognitiva, para além de ser regrado, do ponto de vista estritamente enunciativo-discursivo, por uma semântica global (MAINGUENEAU, 2005).</span></p> ER -