Banner Portal
Valor ambiental em uma perspectiva heterodoxa institucional-ecológica
PDF

Palavras-chave

Valor. Valoração ambiental. Economia institucionalista. Economia ecológica

Como Citar

AMAZONAS, Maurício de Carvalho. Valor ambiental em uma perspectiva heterodoxa institucional-ecológica. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 18, n. 1, p. 183–212, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8642771. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

O presente trabalho discute a perspectiva de valoração ambiental a partir de fundamentos heterodoxos, numa abordagem aqui denominada institucional-ecológica. Inicia-se pela identificação das principais limitações da abordagem neoclássica e suas correspondentes proposições de valoração, particularmente tendo-se em vista o desafio posto pelo critério de Desenvolvimento Sustentável. Em seguida, busca resgatar princípios propositivos de abordagens heterodoxas, particularmente nas formulações do campo teórico institucionalista e do campo teórico da economia ecológica, como elementos de potencial integração analítica para a constituição de uma conceituação heterodoxa de valores ambientais. Por fim, o trabalho propõe, a partir de uma discussão sobre o processo de formação e internalização dos valores ambientais e desse potencial de integração analítica, bases de constituição de uma abordagem institucional-ecológica para interpretação da valoração ambiental e, dentro dessa perspectiva, discute ao final qual o escopo de aplicação dos métodos de valoração correntemente utilizados pela Economia Ambiental Neoclássica.

Abstract 

This article discusses an environmental valuation perspective, based on heterodox foundations, in an approach here called institutional-ecological. First, it is identified the main limits of neoclassical approach and its corresponding valuation propositions, specially having in mind the challenge placed by Sustainable Development criteria. After, it seeks to bring up propositive principles from heterodox approaches, particularly from formulations in the institutionalist field and ecological economics field. These are considered elements potentially able to analytical integration for the constitution of a heterodox framework for environmental values. Finally, based on a discussion on the process of environmental values constitution and internalization and on the so claimed analytical integration, the article proposes basis to formulate an institutional-ecological approach to environmental valuation. And, within this perspective, it eventually discusses the scope for the application of neoclassical valuation methods, currently used.

Key words: Value. Environmental valuation. Institutional economics. Ecological economics

PDF

Referências

AMAZONAS, M. de C. Economia do meio ambiente: uma análise da abordagem Neoclássica a partir de marcos evolucionistas e institucionalistas. Dissertação (Mestrado)– Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, 1994.

________. Economia ambiental neoclássica e desenvolvimento sustentável. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 26, Vitória-ES, ANPEC, 1998. Anais... p. 1585-1606.

________. O desenvolvimento sustentável na perspectiva das teorias econômicas institucionalista, pós-keynesiana e regulacionista. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 27, Belém-PA, ANPEC, 1999. Anais...

________ Valor e meio Ambiente: elementos para uma abordagem evolucionista. Tese (Doutorado)–Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, 2001.

________. Economia ambiental neoclássica e desenvolvimento sustentável. In: NOBRE M.; AMAZONAS, M. de C. (Org.). Desenvolvimento sustentável: a institucionalização de um conceito. Brasília: Edições IBAMA, 2002a.

________. O desenvolvimento sustentável e a perspectiva das teorias econômicas ‘Institucionais’. In: NOBRE M.; AMAZONAS, M. de C. (Org.). Desenvolvimento sustentável: a institucionalização de um conceito. Brasília: Edições IBAMA, 2002b.

AMAZONAS, M. de C. Desenvolvimento sustentável e a economia ecológica. In: NOBRE M.; AMAZONAS, M. de C. (Org.). Desenvolvimento sustentável: a institucionalização de um conceito. Brasília: Edições IBAMA, 2002c.

BECKERMAN, W. Sustainable development: is it a useful concept? Environmental Values, v. 3, n. 3, 1994.

BOULDING, K. The economics of the coming spaceship earth. In: JARRETT, H. (Ed.).

Environmental quality in a growing economy. Baltimore: John Hopkins Press, 1966.

COSTANZA, R. Embodied energy and economic valuation. Science, 210, p. 1219-1224, 1980.

DALY, H. E. On economics as a life science. Journal of Political Economy, n. 76, p. 392-406. 1968 ________. Steady-state economics. San Francisco: Freeman, 1977.

________. Economía, ecología, ética: ensayos hacia una economía en estado estacionario. México: Fondo de Cultura Económica, 1989. (Edição original: Economics, ecology, ethics. Essays toward a steady-state economy, San Francisco: Freeman, 1980.

GEORGESCU-ROEGEN, N. The entropy law and the economic process. Cambridge: Harvard Univ. Press, 1971.

________. The entropy law and the economic problem. In: DALY, H. E. (Ed.). Economics, ecology, ethics. Essays towards a steady-state economy. San Francisco: Freeman, 1973. p. 49-60.

________. La teoría energética del valor económico: un sofisma económico particular. El Trimestre Económico, 198, p. 828-860, 1983.

HAYDEN, F. G. Instrumental valuation indicators for natural resources and ecosystems. Journal of Economic Issues, v. XXV, n. 4, Dec. 1991.

HOLLING, C. S. The resilience of terrestrial ecosystems: local surprise and global change. In: CLARK, William C.; MUNN, R. E. (Ed.). Sustainable development of the biosphere. Cambridge: Cambridge University Press, 1986. Chap. 10, p. 292-317.

LIVINGSTON, M. L. Evaluating the performance of environmental policy: contributions of neoclassical, public choice, and institutional models. Journal of Economic Issues, v. XXI, n. 1, 1987.

MILON, J. W. Implications of alternative concepts of sustainability for total valuation of environmental resources. Economie Appliquée, n. 2, p. 59-74, 1995.

MUNDA, G.; NIJKAMP, P.; RIETVELD, P. Monetary and non-monetary evaluation methods in sustainable development planning. Economie Appliquée, n. 2, p. 143-160, 1995.

NORGAARD, R. B. Coevolutionary development potential. Land Economics, v. 60, n. 2, 1984.

________. Development betrayed: the end of progress and a coevolutionary revisioning of the future. London: Routledge, 1994.

ODUM, H. T. Environment, power and society. New York: Wiley Interscience, 1971.

ODUM, H. T. Ecological and general systems: an introduction to systems ecology. Revised edition. Colorado: University Press of Colorado, 1994.

O’NEIL, Rick. Intrinsic value, moral standing and species. Environmental Ethics, 19, p. 45-52, 1997 apud Stöhr (2002).

PEARCE, D.; ATKINSON, G. Measuring sustainable development. In: BROMLEY, D.

W. Handbook of environmental economics. New York: Blackwell, 1995. p. 166-181.

________; TURNER, R. K. Economics of natural resources and the environment. New York: Harvester Wheatsheaf, 1990.

SÖDERBAUM, P. Neoclassical and institutional approaches to environmental economics. Journal of Economic Issues, v. XXIV, n. 2, Jun. 1990.

SOLOW, R. The economics of resources or the resources of economics. American Economic Review, v. 64, n. 2, May 1974.

SPASH, C. L.; HANLEY, N. Preferences, information and biodiversity preservation. Ecological Economics, v. 12, n. 3, p. 191-208, Mar. 1995.

STÖHR, A. Ética e ecologia: um levantamento sobre os fundamentos normativos da ética ambiental. In: NOBRE M.; AMAZONAS, M. de C. (Org.). Desenvolvimento sustentável: a institucionalização de um conceito. Brasília: Edições IBAMA, 2002. p. 107-146.

SWANEY, J. A. Elements of a neoinstitutional environmental economics. Journal of Economic Issues, v. XXI, n. 4, Dec. 1987.

________. Market versus command and control environmental policies. Journal of Economic Issues, v. XXVI, n. 2, Jun. 1992.

TOMAN, M. A.; PEZZEY, J.; KRAUFTKRAEMER. L’économie néo-classique face à la soutenabilité. Economie Appliquée, n. 2, p. 25-58, 1995.

A Economia e Sociedade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.