Banner Portal
Percepção de saúde no Brasil
PDF

Palavras-chave

Saúde
Trabalhador
Desigualdade de gênero.

Como Citar

DE CASTRO, Bruna Naiara; STADUTO, Jefferson Andronio Ramundo. Percepção de saúde no Brasil : uma análise das diferenças por sexo dos trabalhadores. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 28, n. 3, p. 855–884, 2019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8658159. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

A saúde afeta diretamente a produtividade e renda dos trabalhadores e, por sua vez, as desigualdades de gênero afetam de forma desproporcional a saúde de ambos os sexos. Nesse sentido, o objetivo central desse trabalho é analisar os fatores que influenciam a percepção de saúde dos trabalhadores do sexo feminino e masculino. A base de dados utilizada foi o suplemento da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar de 2008. Foram estimados modelos probit em dois estágios para captar as contribuições das características socioeconômicas para a percepção de saúde das pessoas ocupadas por sexo. Os principais resultados mostraram que, em média, as mulheres apresentam menor percepção de boa saúde do que os homens. Portanto, é necessário que as políticas públicas foquem nos determinantes das desigualdades de saúde entre homens e mulheres, tais como a diferença salarial, trabalho precário e a dupla jornada de trabalho. Além disso, são necessárias políticas de saúde que atendam às necessidades especificas de homens e mulheres.

PDF

Referências

ALVES, L. F.; ANDRADE, M. V. Impactos do estado de saúde sobre os rendimentos individuais no brasil e em minas gerais. Economia Aplicada, São Paulo, v. 7, p. 359-388, 2003.

ANDREWS, D. W. K.; MOREIRA, M. J.; H., S. J. Optimal two-sided invariant similar tests for instrumental variables regression. Econometrica, v. 74, p. 715-752, May 2006.

ARENDT, J. Does education cause better health? A panel data analysis using school reforms for identification. Economics of Education Review, v. 24, p. 149-160, 2005.

BARATA, R. B. Como e por que as desigualdades sociais fazem mal à saúde. 1. ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2009.

BASOV, S. Heterogenous human capital: life cycle investment in health and education. Australia, 2002. p. 24.

BECKER, G. S. Investiment in human capital: a theoretical analysis. Journal of Political Economy, v. 70, n. 5, p. 9-49, Oct. 1962.

BECKER, G. S. Human capital revisited. In: BECKER, G. Human capital: a theoretical and empirical analysis with special reference to education. 3. ed. Chicago: The University of Chicago Press, 1994. p. 15-28.

BENJAMINS, M. et al. Self-reported health and adult mortality risk: an analysis of cause-specific mortality. Social Science & Medicine, p. 28, Oct. 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. 8ª Conferência Nacional de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 1986. p. 29.

BRUNELLO, G. et al. The causal effect of education on health: what is the hole of health behaviors? Economics Series, Viena, v. 280, p. 32, Dec. 2011.

COSTA, R. R. F. O efeito da educação sobre estado de saúde individual no Brasil. 2008, 104f. Dissertação (Mestrado em Economia)-Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008.

CRUZEIRO, C. M. P. F. S. D. R.; VERÍSSIMO, C. M. F. Auto percepção do estado de saúde nos países mediterrânicos da União Europeia em homens e mulheres. Coimbra: Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, 2013. p. 2.

DACHS, J. N. W. Determinantes das desigualdades na auto-avaliação do estado de saúde no Brasil: análise dos dados da PNAD/1998. Ciência e Saúde Coletiva, v. 7, n. 4, p. 641-657, 2002.

DIENER, E.; SCOLLOM, C. N.; LUCAS, R. E. The evolving concept of subjective well-being: the multifaceted nature of happiness. Cell Aging and Gerontology, v. 15, p. 187-219, 2003.

DOYAL, L. Sex, gender, and health: the need for a new approach. British Medical Journal, v. 323, n. 3, p. 1061-1063, Nov. 2001.

FERNANDES, A. A. et al. Envelhecimento e saúde: uma análise de gênero. Lisboa: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 2012. p. 86.

FERREIRA, P. L.; SANTANA, P. Percepção de estado de saúde e de qualidade de vida da população activa: contributo para a definição de normas portuguesas. Revista Portuguesa de Saúde Pública, v. 21, n. 2, p. 15-30, jun./dez 2003.

FINLAY, K.; MAGNUSSON, L. M. Implementing weak instrument robust tests for a general class of instrumental variables models. The Stata Journal, v. 9, n. 3, p. 1-26, Jan. 2009.

FISCHER, J. A. Subjective well-being as welfare measure: concepts and methodology. Munich Personal RePEc Archive, Paris, p. 43, Jul. 2009.

FUCHS, V. R. Reflections on the socio-economic correlates of health. Journal of Health Economics, Stanford, v. 23, p. 653-661, Aug. 2004.

GALINHA, I.; RIBEIRO, J. L. P. História e evolução do conceito de bem-estar subjetivo. Psicologia, Saúde & Doenças, v. 6, n. 2, p. 203-214, 2005.

GIATTI, L.; BARRETO, S. M. Situação do indivíduo no mercado de trabalho e iniqüidade em saúde no Brasil. Revista Saúde Pública, Belo Horizonte, v. 1, n. 40, p. 99-106, 2006.

GORMAN, B. K.; READ, J. G. Gender disparities in adult health: an examination of three measures of morbidity. Journal of Health and Social Behavior, v. 47, n. 2, p. 95-110, Jun. 2006.

GREENE, W. C. Econometric analysis. 5. ed. New Jersey: Prentice Hall, 2002.

GROSSMAN, M. On the concept of health capital and the demand for health. The Journal of Political Economy, v. 80, n. 2, p. 223-255, Mar./Apr. 1972.

GROSSMAN, M. The human capital model. New York: Elsevier Science, 2000.

HOSSEINPOOR, A. R. et al. Social determinants of self-reported health in women and men: understanding the role of gender in opulation health. Plos One, v. 7, n. 4, Apr. 2012.

KASSOUF, A. L. Saúde e mercado de trabalho. Pesquisa e Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, v. 27, n. 3, p. 587-610, dez. 1997.

KON, A. A economia política do gênero: determinantes da divisão do trabalho. Revista de Economia Política, v. 22, n. 3, p. 89-106, jul./set. 2002.

LEIGH, J. P. A. R. D. Schooling and frailty among seniors. Economics of Education Review, v. 16, n. 1, 1997.

LLERAS-MUNEY, A.; LICHTENBERG, F. R. The effect of education on medicaltechnology adoption: are the more educated more likely to use new drugs? Princeton University, Abr. 2002. (Working Paper, n. 9185).

LUECHINGER, S. Valuing air quality using the life satisfaction approach. University of Zurich, Swiss Federal Institute of Technology. Zurich, 2007. p. 52.

MAIA, A. G.; RODRIGUES, C. G. Saúde e mercado de trabalho no Brasil: diferenciais entre ocupados agrícolas e não agrícolas. Revista de Economia e Sociologia Rural, Piracicaba, v. 48, n. 4, p. 737-765, out./dez. 2010.

MELO, H. P. D.; CONSIDERA, C. M.; SABBATO, A. D. Os afazeres domésticos contam. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2005. p. 1-24.

MENDES, J. D. V.; SALA, A. Perfil da morbidade das internações masculinas no Estado de São Paulo. Boletim Epidemiológico Paulista, v. 8, n. 93, p. 22-31, 2011.

MENDES, R. O impacto dos efeitos da ocupação sobre a saúde trabalhadores. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 22, n. 4, p. 311-326, 1988.

MOREIRA, M. J. A conditional likelihood test for structural models. Econometrica, v. 71, n. 4, p. 1027-1048, 2003.

MURRUGARRA, E.; VALDIVIA, M. The returns to health for peruvian urban adults: differentials across genders the live-cycle and the wage distribution. Washington, D.C.: Inter-American Development Bank, 1999. p. 47.

NERI, M.; SOARES, W.; SOARES, C. Condições de saúde no setor de transporte rodoviário de cargas e de passageiros: um estudo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 4, p. 1107-1123, jul./ago. 2005.

PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Econometria. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

PINHEIRO, R. S. et al. Gênero, morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde no Brasil. Saúde Coletiva, v. 7, n. 4, p. 687-707, 2002.

PINHEIRO, T. F.; COUTO, M. T. Homens, masculinidades e saúde: uma reflexão de gênero na perspectiva histórica. Boletim do Instituto de Saúde, v. 14, p. 49-55, 2012.

PRUS, S. G.; GEE, E. Gender differences in the influence of economic, lifestyle, and psychosocial factors on later-life health. Canadian Journal of Public Health, v. 94, n. 4, p. 1-14, jul./ago. 2003.

ROSS, C. E.; WU, C. The links between education and health. American Sociological Review, v. 60, n. 5, p. 719-745., Oct. 1995.

SACHSIDA, A.; MENDONÇA, M. J.; MEDRANO, L. A. Inflação, desemprego e choques cambiais: novas evidências para o Brasil. Brasilia: Ipea, ago. 2011. 39p. (Texto para Discussão, n. 1661).

SANDER, W. Schooling and smoking. Economics of Education Review, v. 14, n. 1, p. 23-33, Mar. 1995.

SCHULTZ, T. P. Human capital investment in women and men: micro and macro evidence of economic returns. San Francisco: An International Center for Economic Growth Publication, 1993.

SCHULTZ, T. W. Capital humano: investimentos em educação e pesquisa. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1973.

SCLIAR, M. História do conceito de saúde. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 29-41, 2007.

SILVA, L. M. V.; ALMEIDA-FILHO, N. Eqüidade em saúde: uma análise crítica de conceitos. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 2, p. 217-226, 2009.

SINGH, L. et al. Determinants of gender differences in self-rated health among older population: evidence from India. Sage Open, p. 1-12, Abr./Jun. 2013.

SOUSA, E. A. Efeitos da educação sobre a saúde do indivíduo: uma análise para a região nordeste do Brasil. 2010, 82f. Dissertação (Mestrado Economia Aplicada)-Programa de Pós-Gráduação em Economia Aplicada da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2010.

SOYTAS, M. A.; KOSE, T. Gender differences in self-reported health status: cross-country evidence from Turkey and the united states. Job Market Paper, p. 1-30, Nov. 2014.

STIGLITZ, J. E.; SEN, A. F. J. P. Report by the commission on the measurement of economic performance and social progress. [S.n.t.], p. 292. 2009.

STOCK, J. H.; YOGO, M. Testing for weak ins truments in linear IV regression. In: ANDREWS, D. W.; STOCK, J. H. Identification and inference for econometric models: essays in honor of Thomas Rothenberg. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. p. 80-108.

STOPA, S. R. et al. Acesso e uso de serviços de saúde pela população brasileira, Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Rev Saúde Publica, v. 51, n. Supl 1:3s, p. 1-11, 2017.

STRAUSS, J. T. D. Health, nutrition, and economic development. Journal of Economic Literature, v. 36, n. 2, p. 766-817, Jun. 1998.

TRAVASSOS, C.; OLIVEIRA, E. X. G.; VIACAVA, F. Desigualdades geográficas e sociais no acesso aos serviços de saúde no Brasil: 1998 e 2003. Ciência & Saúde Coletiva, v. 11, n. 2, p. 975-986, 2006.

VINTÉM, J. M.; GUERREIRO, M. D. D.; CARVALHO, H. Desigualdades de género e sociais na saúde e doença em Portugal: uma análise do Módulo “Saúde” do European Social Survey-2004. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, 2008. p. 1-16.

WHO. Constitution of the world health organization. 45ª ed. Genebra, 1946. p. 18.

WILKINSON, R.; MARMOT, M. Social deternimants of health: the solid facts. [S.n.t.], p. 1-35, 2003.

WOOLDRIGE, J. M. Introdução à econometria: uma abordagem moderna. 1. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

A Economia e Sociedade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.