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O ensino de psicologia e a educação infantil: a nova política pública para a educação infantil e o ensino fundamental e suas possíveis repercussões para o desenvolvimento psicológico infantil
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Palavras-chave

Desenvolvimento infantil. Atividade lúdica. Práticas educativas.

Como Citar

ROCHA, Maria Silvia Pinto de Moura Librandi da. O ensino de psicologia e a educação infantil: a nova política pública para a educação infantil e o ensino fundamental e suas possíveis repercussões para o desenvolvimento psicológico infantil. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 8, n. 2, p. 266–277, 2008. DOI: 10.20396/etd.v8i2.661. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/661. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O objetivo deste texto é abordar questões que permitam refletir sobre desafios enfrentados pelo ensino de Psicologia quando este focaliza a Educação Infantil. Optou-se por tematizar estas reflexões a partir da mudança recentemente implantada no sistema educacional brasileiro, tornando obrigatório que as crianças saiam mais cedo das pré-escolas e tenham antecipado o seu ingresso no Ensino Fundamental, para os 6 anos de idade. Os possíveis impactos desta mudança são analisados focalizando a atividade lúdica, com especial ênfase nas brincadeiras de faz-de-conta. Para estas análises, toma-se como pontos de sustentação conceitos da teoria histórico-cultural (especialmente os trabalhos de Vygotsky, L.S., Leontiev, A. N. e Elkonin, D. B.), os documentos oficiais propostos como referências para o trabalho com crianças (publicados pelo MEC) e o que tem sido possível identificar nas práticas educacionais em relação às brincadeiras infantis. O texto problematiza as relações entre estes discursos (permeadas por contradições) e sugere que o enfrentamento destas pode se constituir em compromisso extremamente importante nas atividades de docência que abordam as inter-relações entre Psicologia e a educação de crianças pequenas. 

https://doi.org/10.20396/etd.v8i2.661
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