TY - JOUR AU - Vinci, Christian Fernando Ribeiro Guimarães PY - 2018/10/14 Y2 - 2024/03/29 TI - Entre o professor público e o pensador privado: a figura do mestre em Deleuze JF - ETD - Educação Temática Digital JA - ETD - Educ. temat. digit. VL - 20 IS - 4 SE - Artigos DO - 10.20396/etd.v20i4.8650025 UR - https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8650025 SP - 1018-1035 AB - Gilles Deleuze, embora pouco ou nada tenha escrito sobre educação, concedeu uma especial atenção ao conceito de aprendizado. Concebido como um processo involuntário disparatado por um encontro violento com signos heterogêneos que nos levam a pensar, a noção deleuziana de aprendizado parece não conceder espaço para qualquer figura imbuída de autoridade professoral. A aprendizagem, em Deleuze, apresentar-se-ia como um processo imanente que, em tese, prescindiria de mestres ou professores. Não obstante isso, em diversos momentos de sua obra, o filósofo francês chegou a defender a importância de possuirmos mestres ou professores. Buscando elucidar essa aparente contradição, esse artigo procurará pensar como a figura do mestre convive no interior da noção de aprendizado forjada por Deleuze. Para tanto, resgataremos a distinção deleuziana entre o <em>professor público</em> e o <em>pensador privado</em>, tomando-as como disparadoras para pensarmos a figura do mestre. Acreditamos que tal distinção, contrapondo-se às noções formuladas por Immanuel Kant de <em>uso privado</em> e <em>uso público</em> da razão, possibilitaria pensarmos o mestre como aquele responsável por romper com o universo judicativo kantiano e capaz de ofertar um vislumbre de um pensamento sem qualquer lastro judicativo ou representativo – intento último da filosofia de Deleuze e Deleuze-Guattari. ER -