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Educação integral do homem e a política educacional brasileira: limites e contradições
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Palavras-chave

Educação integral. CIEP. PDE. (Novo) Mais educação.

Como Citar

JACOMELI, Mara Regina Martins; BARÃO, Gilcilene de Oliveira Damasceno; GONÇALVES, Leandro Sartori. Educação integral do homem e a política educacional brasileira: limites e contradições. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 17, n. 3, p. 842–860, 2017. DOI: 10.20396/rho.v17i3.8651015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8651015. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

A formação integral do homem consta como agenda educativa importante, sobretudo nas concepções da esquerda educacional. Recentemente, a educação integral se torna “chave” argumentativa de variadas acepções políticas, ganhando contornos determinados, sobretudo quando vinculados a denominada “qualidade educacional”, seja na política governamental ou em projetos empresariais. Neste artigo inventariamos os principais traços das políticas de educação integral no Brasil, pensando suas concepções, seus limites e contradições. Escolhemos como marco para considerar a educação integral no Brasil o projeto dos CIEPs - realizado no Estado do Rio de Janeiro e com repercussão nacional - que por algum tempo constaram como referência importante de educação integral,. Posteriormente, com o Plano de Desenvolvimento da Educação (2007) se tem substantiva alteração quanto a referência de educação integral em implementação no país, já que o programa “Mais Educação” se torna um dos principais temas na agenda governamental. As ações cujo caráter remete mais complementaridade educativa e ocupação do tempo dos escolares como forma de saneamento social e “proteção da infância” e reforço escolar engendram uma nova integralidade pró-capital, na medida em que há um apagamento dos referencias clássicos de formação humana e passa a ser o sujeito na lógica produtivista e fragmentada dos universos da pós-modernidade.
https://doi.org/10.20396/rho.v17i3.8651015
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