TY - JOUR AU - Minto, Lalo Watanabe PY - 2014/03/22 Y2 - 2024/03/29 TI - Educação e lutas sociais no Brasil pós-ditadura: da democratização à ausência de alternativas JF - Revista HISTEDBR On-line JA - Rev. HISTEDBR On-line VL - 13 IS - 54 SE - Artigos DO - 10.20396/rho.v13i54.8640181 UR - https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640181 SP - 242-262 AB - Analisam-se os fundamentos do processo de democratização da sociedade brasileira e seus impactos no campo da educação. Pressupõe-se que: a) <em>democracia</em> não é um conjunto <em>dado</em> de valores; b) as sociedades capitalistas são estruturalmente desiguais, incompatíveis com qualquer noção substantiva de igualdade; c) o Estado não é o <em>lócus</em> da realização do interesse geral; d) os conflitos de classes formam o <em>terreno histórico</em> no qual se objetivam as <em>possibilidades democráticas</em>. Com base nisso, afirma-se que tanto nas relações sociais em geral, como na educação, efetivou-se um processo de democratização no Brasil pós-Ditadura, fruto dos conflitos sociais que encaminharam a sociedade brasileira a conquistas favoráveis às classes trabalhadoras. Processo este que foi contraditório: de um lado, estavam as forças populares, para as quais democratização implicava conquista de direitos e participação nos processos decisórios; de outro lado, as forças que desejavam preservar a ordem vigente, ainda que tivessem de acatar mudanças na sua configuração (de Ditadura para um regime <em>de direito</em>). Nas conclusões argumentamos que, com a chamada redemocratização, houve certa abertura para uma democracia mais <em>substantiva</em>, capaz de dar vazão aos conflitos sociais. Abertura esta que logo se reverteu com o neoliberalismo, o que vem levando a um contexto de crescente <em>ausência de alternativas</em>. ER -