TY - JOUR AU - Caseli, Thaysa Segal AU - Soares, Jefferson da Costa PY - 2019/07/31 Y2 - 2024/03/28 TI - As crianças negras da Casa de São José no Rio de Janeiro (1888-1916): relações raciais no debate sobre a educação JF - Revista HISTEDBR On-line JA - Rev. HISTEDBR On-line VL - 19 IS - 0 SE - Artigos DO - 10.20396/rho.v19i0.8653278 UR - https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8653278 SP - e019034 AB - <p>Neste artigo apresentamos resultados de uma pesquisa de mestrado em Educação que investigou a relação entre a população negra e a escola, através das experiências de alunos da Casa de São José. A partir da análise documental dos registros escolares desta instituição, espaço de profissionalização no Rio de Janeiro, criado três meses após a Abolição, foi possível verificar o desenvolvimento do perfil racial dos alunos, que em sua origem contava com uma representação de alunos negros superior à de brancos. Com base em Mattos (2013) e Müller (2003) o <strong>clareamento</strong> percebido na evolução das matrículas, após a primeira década de funcionamento, foi compreendido por um lado como estratégia de distanciamento dos estigmas da escravidão, por outro como <strong>branqueamento</strong><em>, </em>em razão da criação de estratégias não anunciadas que impediam o acesso de pessoas que se distanciavam dos padrões físicos e culturais desejados. Os pensamentos <strong>decoloniais</strong> influenciaram as interpretações acerca de tais práticas universalistas, tendo em vista que o padrão de poder eurocentrado, construído aos poucos pelos colonizadores e perpetuado mesmo após a descolonização, era exercido em nome da tentativa de homogeneização cultural, histórica, social, política, econômica, através de estruturas de controle que utilizaram a raça como base de classificação.</p> ER -