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História, trabalho e educação: relações de produção e qualificação da força de trabalho na agroindústria canavieira
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Palavras-chave

História da educação. Trabalho. Educação. Educação profissional. Agroindústria canavieira

Como Citar

NASCIMENTO, Manoel Nelito Matheus. História, trabalho e educação: relações de produção e qualificação da força de trabalho na agroindústria canavieira. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 10, n. 38e, p. 273–282, 2012. DOI: 10.20396/rho.v10i38e.8639763. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639763. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Este estudo analisa as transformações na produção e as relações com os processos educativosgerais e de formação da força de trabalho, tendo por base a agroindústria canavieira. A análiseestá dividia em fases: a primeira abrange o período que vai do século XVI ao XIX. A lavourada cana-de-açúcar e a produção do açúcar no engenho se realizavam com o trabalho escravo. Ainstrução escolarizada interessava apenas a uma pequena camada da elite. A segunda fase, atransição da produção no engenho para a usina, nas últimas décadas do século XIX, emprocesso concomitante à transição do trabalho escravo para o trabalho livre assalariado. Aeducação cumpria o papel estratégico de formadora do novo trabalhador. A terceira faseanalisa a expansão acelerada da industrialização no processo de substituição de importação demercadorias, a partir da década de 1930, momento em que surgiu a grande indústria brasileira ehouve uma crescente absorção de grandes contingentes de operários qualificados. A educaçãogeral e a educação técnica profissional passam a funcionar em redes. A quarta fase aborda areestruturação da produção com ênfase na automação (robotização) dos processos produtivos,com mudanças radicais para o trabalho e a formação profissional. Conclui-se que astransformações nas formas de organização da produção e no trabalho engendram novosprocessos educativos, que se transformam à medida que o capitalismo avança, mudando asrelações de produção e ampliando a divisão do trabalho.
https://doi.org/10.20396/rho.v10i38e.8639763
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