Banner Portal
A alfabetização nos manuais didáticos: o estado da arte
PDF

Palavras-chave

Alfabetização. Manuais escolares. Escola Normal de São Paulo

Como Citar

FERNANDES, Enilda; SILVA, Iara Augusta da. A alfabetização nos manuais didáticos: o estado da arte. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 10, n. 37e, p. 36–57, 2012. DOI: 10.20396/rho.v10i37e.8639779. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639779. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

O presente trabalho compõe pesquisa em andamento, “A Alfabetização nos ManuaisDidáticos Utilizados na Escola Normal de São Paulo para a Instrução dos Normalistas(1909-1945)”. A temática e o método vinculam-se a uma pesquisa interinstitucional, “OManual Didático como instrumento de trabalho nas escolas secundária e normal (1835-1945)”, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq) e coordenado pela professora, Drª. Sílvia Helena Andrade de Brito, cujos membrosestão vinculados ao HISTEDBR, da unidade regional de Mato Grosso do Sul. Escolheu-secomo marco inicial da pesquisa o ano de 1909, em razão de que nesse momento o ensinonormal paulista apresentou uma expansão geográfica significativa, bem como sofreumodificações nos currículos, com especialização de matérias. Como marco final elegeu-seo ano de 1945, dadas as exigências históricas, dentro das quais se delinearam as reformaseducacionais e os Decretos-Lei (Leis Orgânicas do Ensino), que balizaram as novasdisposições e organização escolar, no governo Vargas. A escolha da Escola Normal de SãoPaulo como locus da pesquisa decorreu da sua condição de forma mais desenvolvida dessamodalidade de ensino, no período republicano e por ser o espaço onde se consolidou omodelo de ensino público elementar e normal. Trata-se de uma pesquisa que tem comoobjetivo apreender os manuais na condição de instrumentos didáticos, com foco naalfabetização. Para fins desta fase da pesquisa, buscou-se levantar o estado da arte sobremanuais didáticos voltados à alfabetização, o qual compõe os seguintes trabalhos: estudoanalítico de teses e dissertações que investigam a alfabetização, análises de cartilhas eanálise de manuais pedagógicos na alfabetização. Assim, o estado da arte apontou aspectosque não foram explorados nessas pesquisas, e que se encontram ainda em aberto paraanálise. Trata-se da ausência de pesquisas focadas na dimensão histórica e na função queos manuais didáticos cumpriram na formação dos professores alfabetizadores. Assim,busca-se aqui abordar a pesquisa em uma perspectiva histórica, como forma de criarcondições para questionar esse instrumento e entender os seus limites para a educação naescola contemporânea.
https://doi.org/10.20396/rho.v10i37e.8639779
PDF

Referências

ALMEIDA, Jane Soares de. Currículos da escola normal paulista (1846-1920): revendo uma trajetória. [On Line], R. Brás. Estudos Pedag.; Brasília v. 76, no 184, p. 665-689, set/dez 1995.

ALVES, Gilberto Luiz. O trabalho didático na escola moderna: formas históricas, Campinas, SP: Autores Associados, 2005. (Coleção Educação Contemporânea).

BRASIL. Decreto n o 1.131 – A de 17 de Fevereiro de 1854. Tomo 17, Parte 2a, Secção 12a. [On Line]. Aprova o regulamento para a reforma do ensino primário e secundário no município da Côrte.

BOTO, Carlota. A arte de tornar ciência o ofício de ensinar: compêndios pedagógicos de Augusto Coelho. ANPED, 30a Reunião Anual/2007, GT 02. Disponível em http://www.anped.org.br. Acesso em 10/junho/2009.

BRITO, Silvia Helena Andrade de. A Educação no Projeto Nacionalista do Primeiro Governo Vargas (1930-1945). Navegando na História da Educação Brasileira, HISTEDR (1986-2006), Faculdade de Educação, UNICAMP. Disponível em http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/artigos_frames/artigo_101.html. Acesso em 13/04/2010.

COLLARES, Solange Aparecida Oliveira de. História da Cartilha Progressiva (1907) nas Escolas do Estado do Paraná. Dissertação de Mestrado – Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG – Faculdade de Educação, 2008.

COMÊNIO, João Amós. Didática Magna: Tratado da Arte de Ensinar Tudo a Todos. Introdução, tradução e notas, Gomes, Joaquim Ferreira, 4a edição, Fundação Calouste Gulbenkian. Texto latino, tomo I das Opera Didactica (VER) Omnia, edição da Academia Scientiarum Bohemoslovenica, Praga,1996.

COMTE, Auguste. Discurso preliminar sobre o conjunto do positivismo. São Paulo: Nova Cultural, 1996. (Série os Pensadores).

CORREIA, Antonio Carlos da Luz e SILVA, Vivian Batista da. Uma história de leitura para professores, manuais pedagógicos, formação docente e construção de identidades profissionais em Portugal e no Brasil (1970-1970). [On Line], extraído em 02 de abril de 2009. http://www.alb.com.br/anais14/Cohilile/H011.doc.

Escola normal no Estado de São Paulo: de seus primórdios até 1930. In: REIS, Maria Candido Delgado (Org.). Caetano de Campos: fragmentos da história da instrução pública no Estado de São Paulo. Acesso em 10 de Abril de 2010, disponível em: www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/fontes_escritas/3_Imperio/1846_escola_normal

FERREIRA, António Gomes e FELGUEIRAS, Margarida Loureiro. Livros para o ensino primário: a relevância das primeiras leituras. O manual escolar como fonte historiográfica. In: Manuais escolares da Biblioteca Pública Municipal do Porto. Universidade do Porto. Catálogo da exposição na B.P.M.P., VII Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação, Cultura escolar, Migrações e Cidadania, jul/2008.

FRADE, Isabel Cristina Alves da Silva e MACIEL, Francisca Isabel Pereira. A história da alfabetização nas cartilhas escolares: práticas pedagógicas, produção e circulação em Minas Gerais (1834-1997). [On Line], Centro de Alfabetização de Leitura e Escrita – CEALE.

KULESZA, Wojciech Andrzej. Manuais pedagógicos e formação docente no Brasil (1880-1940). VII Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação/2008. Disponível em http://www.web.letras.up.pt. Acesso em 12/outubro/2009.

LIMEIRA, Aline de Morais e SHUELER, Alessandra F. Martinez de. Ensino particular e controle estatal: a reforma de Couto Ferraz (1854) e a regulação das escolas privadas na Corte Imperial. [On Line] Revista HISTEDBR, Campinas no 32, p. 48-64, dez/2008, ISBN 1676-2584.

MARX, Karl. & ENGELS, F. A Ideologia Alemã: Feuerbah. 5. ed. São Paulo: HUCITEC, 1986.

MARX, Karl. Para a crítica da economia política. São Paulo: Abril Cultural, 1982. (Série Os Economistas).

MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Livro1, volume I. Rio de Janeiro: Bertrand, 1989.

MONARCHA, Carlos. Escola Normal da Praça: o lado noturno das luzes. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1999. (Coleção Momento).

MORTATTI, Maria do Rosário Longo. Os sentidos da alfabetização: São Paulo 1876-1994. São Paulo: Editora UNESP: CONPED, 2000. (Encyclopaidéia). Museu da Estação da Luz. Corpus Internacional da Língua Portuguesa. João de Barros. http://200.150.149.165:9081/wps/portal/DocumentosBrasileiros.

PERES, Eliane. Autoras de obras didáticas e livros para o ensino da leitura produzidos no Rio Grande do Sul: contribuições históricas da alfabetização (1950-1970). Educação Unisinos, 12 (2):111-121, maio/agosto 2008.

PRIMITIVO, Moacyr. A Instrução e o Império: Subsídios para a História da Educação no Brasil (1823-1853). 1o Volume, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1936.

RATKE, Wolfgang. Escritos sobre A nova Arte de Ensinar de Wolfgan Ratke (1571-1635): textos escolhidos. Apresentação, tradução e notas de Sandino Holf. Campinas, SP: Autores Associados, 2008. (Coleção Clássicos da Educação).

REIS FILHO, C. A Educação e a Ilusão Liberal: origem da escola pública paulista. Campinas, S P: Autores Associados, 1995.

RIBEIRO, Maria Luisa Santos. História da educação brasileira: a organização escolar. São Paulo: Autores Associados, 1998

SAVIANI, Dermeval. Histórias das Idéias Pedagógicas no Brasil. Campinas, SP: Autores Associados, 2007. (Coleção Memória da Educação).

SCHELBAUER. Analete Regina. A Constituição do Método de Ensino Intuitivo na província de São Paulo (1870-1889). Tese (Doutorado em educação), Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação. História da Educação e Historiografia. DEDALLUS – Acervo – FE – 205000093698. 2003.

SILVA, Ceris Salte Ribas. As repercussões dos novos livros didáticos em alfabetização na prática docente. Belo Horizonte, 2003, Tese (Doutorado em Educação), Universidade Federal de Minas Gerais – Faculdade de Educação.

SILVA, Vivian Batista. Uma história de leitura para professores: um estudo da produção e circulação de saberes especializados nos “manuais pedagógicos” brasileiros (1930-1971), Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação. DEDALUS – FE – 20500023414, São Paulo, 2001.

SILVA, Vivian Batista. Saberes em viagem nos manuais pedagógicos: construções da escola em Portugal e no Brasil (1870-1970). ANPED, 29a Reunião Anual/2006, GT 02. Disponível em http://www.anped.org.br. Acesso em 10/junho/2009.

SOARES, Magda e MACIEL, Francisca. Alfabetização no Brasil; o estado do conhecimento. BRASILIA, Inep/MEC/REDUC, 1989.

TANURI, Leonor Maria. O ensino Normal no Estado de São Paulo (1890-1930).

DEDALUS – FE – Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação, 1979.

VALDEMARIN, Vera Teresa. Estudando as lições de coisas: análise dos fundamentos filosóficos do Método do Ensino Intuitivo. Campinas, SP: Autores Associados, 2004. (Coleção Educação Contemporânea).

Revista HISTEDBR On-line utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.