Banner Portal
Política de cotas raciais na UnB: um estudo sobre o acesso de negros na universidade durante o período 2004 a 2012
PDF

Palavras-chave

Negro. Cotas raciais. Acesso. UnB.

Como Citar

ASSUNÇÃO, Amanda Vanessa Pereira; SANTOS, Catarina de Almeida; NOGUEIRA, Danielle Xabrega Pamplona. Política de cotas raciais na UnB: um estudo sobre o acesso de negros na universidade durante o período 2004 a 2012. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 18, n. 1, p. 212–233, 2018. DOI: 10.20396/rho.v18i1.8645867. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8645867. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Em 2003, a Universidade de Brasília (UnB) lançou o Plano de Metas de Integração Social, Étnica e Racial da UnB. Como desdobramento desse Plano, em 2004, foi implementada a política de cotas raciais na Universidade, com o objetivo de proporcionar acesso mais igualitário para alunos negros em todos os cursos ofertados. Após de 10 anos do sistema, a pesquisa foi norteada pela questão: as cotas raciais cumpriram com seu papel de ingresso e redistribuição de alunos negros na UnB? Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo analisar como o programa de cotas raciais contribuiu para o acesso de estudantes negros ao ensino superior na UnB, no período 2004-2012. A pesquisa realizada classifica-se como descritiva. Foram analisados documentos que continham dados a respeito do acesso de negros na UnB e da demanda de candidatos ao sistema de cotas raciais. Conclui-se que o programa de cotas raciais na universidade contribuiu para aumentar o acesso de alunos negros à universidade e redistribuí-los entre os cursos, além de mostrar que os candidatos negros buscam cursos de menor prestígio social e, de forma crescente, cursos da área de saúde.

https://doi.org/10.20396/rho.v18i1.8645867
PDF

Referências

BARCO, S. Políticas focalizadas. In: OLIVEIRA, D. A.; DUARTE, A..; VIEIRA, L. F (Org.). Dicionário: trabalho, profissão e condição docente. Belo Horizonte: UFMG/Faculdade de Educação, 2010.

BARROS, L. III Conferência Mundial contra o racismo. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 1, p. 169-170, 2002.

BOBBIO, N. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992.

BRASIL. Lei nº 10.558, de 13 de novembro de 2002. Cria o Programa Diversidade na Universidade, e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10558.htm >. Acesso em: 30 abr. 2016.

BRASIL. Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12711.htm >. Acesso em: 30 abr. 2016.

CARDOSO, C. B. Efeitos da política de cotas na Universidade de Brasília: uma análise do rendimento e da evasão. 2008. 134 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de Brasília, Brasília, 2008.

CARVALHO, J. J. de.; SEGATO, R. L. Plano de metas para a integração social, étnica e racial da Universidade de Brasília. 2002. Mimeo. 3 p.

CURY, C. R. J. A educação básica no Brasil. Educação e Sociedade. Campinas, n. 80, p. 169-201, set. 2002.

FELICIANO, T.; DAVID V. O. B. Política social compensatória ou emancipatória: A contribuição de programas sociais para a autonomia dos beneficiários. Nampula: Universidade Pedagógica, 2014.

GARCIA, F. A. da. C. Uma análise quantitativa do sistema de cotas raciais na Universidade de Brasília. 2013. 85 f. Monografia (Pedagogia). Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. IPEA. Situação social da população negra por estado. Brasília, 2014.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. INEP. Censo da educação superior 2014. Brasília, 2014.

KERSTENETZKY, C. L. Políticas sociais: focalização ou universalização. Revista de Economia Política, v. 26, n. 4, p. 104, 2006.

MORAES, W. C. S. de. Ações afirmativas e o acesso de negros na educação superior: um estudo de caso do Instituto Luther King – ILK. 2009. 158 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande, 2009.

OLIVEIRA, R. O direito à educação. In: OLIVEIRA, R.; ADRIÃO, T. Gestão, financiamento e direito à Educação: análise da Constituição Federal e da LDB. 3. ed. São Paulo: Xamã, 2007.

PAIXÃO, M. (Org.). Relatório anual das desigualdades raciais no Brasil 2009-2010. Constituição cidadã, seguridade e seus efeitos sobre as assimetrias de cor ou raça. Rio de Janeiro: Garamond, 2010.

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Agência UnB. Negro precisa ser brilhante para se destacar no meio acadêmico, diz defensor de cotas raciais. 2009. Disponível em: < http://unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=38385 >. Acesso em: 30 abr. 2016.

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. UnB. Análise do sistema de cotas para negros na Universidade de Brasília: Período 2º semestre de 2004 ao 1º semestre de 2013. 2013. Disponível em: < http://unb2.unb.br/administracao/decanatos/deg/downloads/index/realtorio_sistema_cotas.pdf >. Acesso em: 07 mar. 2017.

VELLOSO, J. Rendimento no curso e no concurso: cotistas e não-cotistas de dois vestibulares na UnB. Brasília: NESUB; Ed. da UnB, 2009. mimeo. 23p.

VELLOSO, J. Vestibular com cotas para negros na UnB: candidatos e aprovados nos exames. Brasília: NESUB; Ed. da UnB, 2005. mimeo. 35p.

Revista HISTEDBR On-line utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.