Banner Portal
Max Weber e o “Racismo Científico” da sociologia moderna
PDF

Palavras-chave

Racismo científico. Ciências da ordem. Max Weber.

Como Citar

SOUZA, Jessé. Max Weber e o “Racismo Científico” da sociologia moderna. Ideias, Campinas, SP, v. 5, n. 1, p. 31–62, 2015. DOI: 10.20396/ideias.v5i1.8649446. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ideias/article/view/8649446. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

O texto pretende desmascarar o caráter legitimador a que as “ciências da ordem” – ou seja, comprometidas não com a busca da verdade mas com a reprodução dos interesses que estão ganhando – se prestam a interesses fáticos de dominação fazendo uso do “prestígio científico”. A ideia do texto foi usar Max Weber, talvez o autor mais influente das ciências sociais, e demonstrar como sua obra foi utilizada no Brasil e na reflexão da teoria da modernização para a propagação de preconceitos sociais travestidos de conceitos científicos. Como a maior parte da produção contemporânea é ainda influenciada decisivamente pelos pressupostos culturalistas da teoria da modernização – ainda que isso não seja percebido – a tese pretende valer como uma crítica à prática pseudo-científica contemporânea da forma dominante do conteúdo pseudo-científico dentro e fora do Brasil.

https://doi.org/10.20396/ideias.v5i1.8649446
PDF

Referências

ALMEIDA, A. C. A cabeça do brasileiro. Rio de Janeiro: Record, 2007.

ALMOND, G.; VERBA, S. The civic Culture: political attitudes and Democracy in five nations. Newbury Park/London: Sage, 1989.

ANDERSON, B. Imagined Comunities. Londres: Verso books, 1991.

BANFIELD, E. The moral basis of a backward society. New York: The Free Press, 1967.

BOURDIEU, Pierre. Uma interpretação da teoria da religião de Max Weber. In: A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2011, p. 79-181.

BUARQUE, S. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 2001.

CÂNDIDO DA SILVEIRA, M. O neoliberalismo e a educação no Brasil de FHC, Revista Senso Comum, n. 1, 2009.

COHN, G. Crítica e resignação. S/l: Tao, 2002.

EISENSTADT, S. Tradition, Wandel und Modernität. Berlin: Suhrkamp, 1979.

FAORO, R. Os Donos do Poder. São Paulo: Globo, 1984.

FREYRE, G. Casa Grande e Senzala. Rio de Janeiro: Record, 1990.

FUKUIAMA, F. The end of History and the Last man. New York: Free Press, 1992.

GILMAN, N. Mandarins of the future. Baltimore: John Hopkins University Press, 2007.

HABERMAN, J. Die theorie des kommunikativen Handelns, Vol.II. Berlin: Suhrkamp, 1986.

INGLEHART, R. Cultural Shift in advanced Societies. Princeton: Princeton University Press, 1990.

INGLEHART, R. Modernization and Postmodernization. Princeton: Princeton University Press, 1997.

LAMOUNIER, Bolivar; SOUZA, Amaury. A classe média brasileira. Rio de Janeiro: Campus, 2009.

LATHAM, M. Modernization as Ideology. Chapel Hill: The University of North Carolina Press, 2000.

LUHMANN, N. Inklusion und Exklusion. In: Soziologische Aufklärung6. Wiesbaden: VS Verlag, 2008.

LUHMANN, N. Kausalität im Süden. In: Soziale Systeme 1, H. 1, 1995, p. 7-28.

MACHADO, R. Ao vencedor as batatas. São Paulo: Editora 34, 1995.

MACIEL, F. O Brasil nação como ideologia. São Paulo: Annablume, 2007.

KNÖBL, W. Spielräume der Modernisierung. Weilerwist: Velbrück, 2002.

PARSONS, T. et al. Toward a general Theory of action. New York: Harper Torchbooks, 1965.

SCHWINN, Thomas. Differenzierung ohne Gesellschaft: umstellung eines soziologischen Konzepts. Weilerwist: Velbrück, 2001, p. 216.

SCHLUCHTER, W. Die Entwicklung des okzidentalen Rationalismus. Tübingen: J. C. B. Mohr, 1979.

SCHWARTZMAN, S. São Paulo e o Estado nacional. São Paulo: DIFEL, 1975

SOUZA, J. (2003/2006). A construção social da subcidadania. 2ª ed. Belo Horizonte: UFMG, 2012.

SOUZA, J. A invisibilidade da desigualdade brasileira. Belo Horizonte: UFMG, 2006.

SOUZA, J. A modernização seletiva. Brasília: UnB, 2000.

SOUZA, J. A ralé brasileira: quem é e como vivem. Belo Horizonte: UFMG, 2009.

SOUZA, J. Batalhadores Brasileiros: nova classe média ou nova classe trabalhadora? Belo Horizonte: UFMG, 2010.

SOUZA, J. Die Naturalisierung der Ungleichheit. Wiesbaden: VS Verlag, 2007.

SOUZA, J. O Brasil além do mito: quem é e como vive a “ralé” brasileira. Belo Horizonte: UFMG, 2009.

SOUZA, J. Patologias da modernidade, um diálogo entre Weber e Habermas. São Paulo: Annablume, 1997.

SOUZA, J. et al. Valores e Política. Brasília: UnB, 2000.

STOCKING, G. Volksgeist as method and ethic: essays on boasian ethnography and the German anthropological tradition. Madison: Wisconsin University Press, 1996.

TAYLOR, C. Sources of the self: the making of the modern identity. Cambridge/London: Harvard University Press, 1989.

WEBER, M. Die protestantische Sexten und der Geist des Kapitalismus. München: C. H. Beck, 2011.

WEBER, M. Die Wirtschaftsethik der Weltreligionen: Konfuzianismus und Taoismus. Tübingen: J. C. B. Mohr, 1991.

WEBER, M. Wirtschaft und Gesellschaft. Tübingen: J. C. B. Mohr, 1985, p. 130-139.

A Idéias utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.