Resumo
O artigo examina os trabalhos completos de Cassirer, assim como seus escritos póstumos com relação à tese de Heinz Paetzold de que a filosofia de Cassirer sofre uma transformação em direção à antropologia em seu trabalho tardio, assim como a tese de Guido Kreis de que tal transformação da filosofia dos símbolos não é possível porque não pode garantir seu próprio fundamento. O autor demonstra uma continuidade no pensamento de Cassirer com relação ao tema da antropologia, segundo a qual Cassirer vem lidando com o problema de uma metafísica do simbólico desde pelo menos 1921 e já em 1928 faz uma determinação inicial do homem como um ser capaz de forma. A retomada da questão antropológica ocorre em 1939 e está em clara continuidade com os trabalhos anteriores. A reconstrução da gênese de Ensaio sobre o homem (1944) que se segue revela finalmente um segredo até então bem guardado da pesquisa de Cassirer, ou seja, uma resposta à questão de por que a história aparece pela primeira vez como uma forma simbólica na última obra publicada por Cassirer.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2021 Tobias Endres; Rafael R. Garcia