Resumo
Embora Schiller reconheça a “origem kantiana da maioria dos princípios” que ele elaborou nas ästhetische Briefe [1794-95], specialistas reportam essa influência, em geral, à Kritik der Urteilskraft [1790]. Todavia, esse artigo aborda a importância das antinomias kantianas da Dialética Transcendental, da Kritik der reinen Vernunft [1780]. Com base nessa observação, levanta-se a hipótese de que há um vínculo direto entre o princípio regulador transcendental, que serviu para reorientar a passagem do condicionado ao incondicionado, e o conceito do belo de Schiller; o qual assume a forma de um princípio regulador-estético para garantir a passagem da humanidade de sua imperfeição à plenitude antropológica. Nesse sentido, a discussão proposta defende a tese de que o belo schilleriano deve seu estatuto moral à resolução metodológica que Kant operou frente ao dilema imposto pelas antinomias; lição essa que inspirou Schiller a realizar a conversão do belo em princípio regulativo moral.
Kant; Schiller; Antinomies; Regulatory Principle; Beauty
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