Pressupostos fundamentais da tese dos dois aspectos
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Como Citar

Fonseca Falkenbach, T. (2021). Pressupostos fundamentais da tese dos dois aspectos. Kant E-Prints, 15(3), 220–243. Recuperado de https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/kant/article/view/8672355

Resumo

No presente artigo, pretendo analisar uma das interpretações da distinção transcendental entre fenômenos e coisas em si mesmas, a tese dos dois aspectos [the two-aspect view]. Meu objetivo é indicar e esclarecer alguns pressupostos fundamentais dessa interpretação, nem sempre explicitados pelos seus defensores. Um dos maiores desafios dessa interpretação é explicar como é possível conciliá-la com a tese kantiana da não espacialidade das coisas em si mesmas. Pretendo mostrar que a conciliação pressupõe a satisfação das três seguintes condições: (i) em primeiro lugar, é necessário admitir que, para Kant, a relação cognitiva entre objeto e sujeito cognoscente é constitutiva do objeto; (ii) em segundo lugar, é preciso conceber a identidade entre fenômeno e coisa em si mesma como uma identidade relativa, não absoluta; (iii) em terceiro lugar, é preciso admitir que certos enunciados sobre o objeto da cognição possuem uma estrutura lógica peculiar, a estrutura de um juízo reduplicativo. A análise desses pressupostos visa contribuir para a elucidação dos compromissos teóricos da tese kantiana do idealismo transcendental.

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Copyright (c) 2020 Tiago Fonseca Falkenbach

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