Abstract
O estudo que este artigo parcialmente apresenta está dividido em duas seções, uma objetiva e uma metodológica, que acompanham uma análise sintático-semântica da frase inaugural do §16 da Crítica da Razão Pura (1787): “O eu penso tem que poder acompanhar todas as minhas representações”, e sua subsequente explicação. Dedico-me aqui apenas à segunda delas. Trata-se de uma análise do sujeito dessa proposição, que aponta para a relevância metodológica do eu penso como enunciado reflexivo, que é mais que uma mera ligação espontânea de um diverso intuitivo e menos do que a aplicação da unidade objetiva da apercepção em juízos de experiência. Defendo que apenas nessa acepção o eu penso pode ser capaz de patrocinar a passagem da consciência empírica de um diverso, que Kant chama de unidade subjetiva da apercepção, para a certeza da possibilidade de um conhecimento objetivo.
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