Considerações sobre a noção e a função de ilusão na filosofia crítica de Kant e na psicanálise freudo-lacaniana
PDF

Palavras-chave

Kant
Freud
Lacan
ilusão
subjetividade

Como Citar

Verardi Bocca, F., & Adriene Fritsch Xavier, L. (2015). Considerações sobre a noção e a função de ilusão na filosofia crítica de Kant e na psicanálise freudo-lacaniana. Kant E-Prints, 9(2), 112–135. Recuperado de https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/kant/article/view/8672505

Resumo

Na Crítica da razão pura, Kant demarcou o alcance da razão teórica de modo que os limites do conhecimento permanecessem restritos à experiência possível. No entanto, ele reconheceu a presença na razão de uma propensão inevitável ao incondicionado e à totalidade, chamando-a de ilusão transcendental. Por outro lado, a psicanálise freudo-lacaniana, a partir da prematuridade humana, reconheceu uma dimensão ilusória promotora, desde o princípio, da formação do ego. Ambas as iniciativas sustentam a ideia da ilusão como integrante da natureza humana e como parte da subjetividade. Na tendência à totalidade e à unidade, Kant vislumbrou a função de organizar a experiência, enquanto Freud e Lacan, a de organizar a imagem corporal e egoica. Deste modo, refletindo os dois pontos de vista, o presente artigo reconhece na ilusão, uma função comum de orientação para a totalidade, desde a condição finita do sujeito (Kant), e da incompletude, segundo um mecanismo que põe o ser finito e incompleto em marcha para o ultrapassamento dessa condição (psicanálise). Desempenha, em ambas perspectivas, levadas em conta suas diferenças, uma idêntica função heurística de coordenação e montagem da condição humana, seja em seus efeitos benéficos, seja nos equívocos que produz.

PDF

Desde 2022, todo o conteúdo publicado pela Kant e-Prints está sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).

Downloads

Não há dados estatísticos.