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Trilhas náuticas, serviços ecossistêmicos e impactos ambientais na Estação Ecológica de Juréia-Itatins [São Paulo], Brasil
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Palavras-chave

Sustentabilidade. Paisagem. Corredor ecológico. Área protegida.

Como Citar

Lima, G. T. N. P. de, Bertolo, L. S., & Santos, R. F. dos. (2015). Trilhas náuticas, serviços ecossistêmicos e impactos ambientais na Estação Ecológica de Juréia-Itatins [São Paulo], Brasil. Labor E Engenho, 4(2), 34–46. https://doi.org/10.20396/lobore.v4i2.242

Resumo

É comum em Unidades de Conservação brasileiras que o transporte ocorra preferencialmente pelos rios, com vias para o deslocamento da população local, comunicação entre comunidades tradicionais, condução de turistas e fiscalização. São verdadeiras “trilhas náuticas”, cujas atividades estão ligadas à disponibilidade de serviços ecossistêmicos, mas que podem resultar em impactos ambientais maiores que os próprios caminhos terrestres. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar o balanço entre a conservação e a degradação de corredores fluviais de uma área de proteção ambiental integral, por meio da análise das funções humanas, da oferta de serviços ecossistêmicos e das pressões e impactos humanos conseqüentes da exploração dos recursos disponíveis. Para tanto, foi desenvolvida e aplicada uma metodologia que avaliou sete funções de uso dos cursos fluviais, suas interfaces com os serviços ecossistêmicos oferecidos pelas trilhas náuticas e 21 indicadores de impactos. Foram estudadas 7 trilhas náuticas dentro da Estação Ecológica de Juréia-Itatins (SP). Concluiu-se que a utilização dos serviços ecossistêmicos oferecidos pelos rios da EEJI na forma de trilhas náuticas estásobrecarregada, em virtude da sobreposição de funções e freqüência de uso, cujo resultado é a degradação dos recursos naturais, principalmente junto as margens dos rios. Foram registrados 351 impactos que impedem o cumprimento dos objetivos principais de uma Estação Ecológica, que é manter serviços de regulação e de suporte.

https://doi.org/10.20396/lobore.v4i2.242
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