Banner Portal
Os classificadores nominais da língua mamaindê
PDF

Palavras-chave

Mamaindê
Família Nambikwara
Classificadroes nominais
Línguas amazônicas

Como Citar

EBERHARD, David. Os classificadores nominais da língua mamaindê. LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, Campinas, SP, v. 22, n. 00, p. e022008, 2022. DOI: 10.20396/liames.v22i00.8668419. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/liames/article/view/8668419. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

Neste artigo descreve-se o sistema de classificadores nominais na língua mamaindê, no Centro-Oeste brasileiro. Esta língua pertence ao subgrupo Guaporé dentro do conjunto Nambikwara do Norte, na família linguística Nambikwara. Esta família se espalha pelo norte e oeste do estado de Mato Grosso, na divisa com a Rondônia. Esta língua utiliza uma morfologia altamente polissintética, como o sistema de classificadores nominais sendo um excelente exemplo dessa riqueza. Após uma breve descrição da comunidade e da família linguística, identifica-se três funções para os classificadores nominais na língua mamaindê, são elas: 1) modificadores nominais; 2) substitutos anafóricos; e 3) nominalizadores verbais. Os exemplos dados de cada função mostram a natureza ampla e produtiva desta classe morfológica. Na última seção, a natureza metafórica dos classificadores nominais nos fornece uma ótica para melhor entender as categorias semânticas e a cosmovisão desta comunidade linguística.

https://doi.org/10.20396/liames.v22i00.8668419
PDF

Referências

Aikhenvald, Alexandra Y (2000). Classifiers: a typology of noun categorization devices. Oxford: Oxford University Press.

Araujo, Gabriel Antunes de (2004). A grammar of Sabanê, a Nambikwaran language (Tese de doutorado). Amsterdam: Vrije Universiteit. Available at: https://www.lotpublications.nl/a-grammar-of-sabane-a-grammar-of-sabane-a-nambikwaran-language

Aspelin, Paul Leslie (1975). External articulation and domestic production. The artifact trade of the Mamaindê of north-western Mato Grosso (Tese de doutorado). Ithaca, New York: Cornell University.

Beyer, Stephan (2009). Singing to the plants: A guide to mestizo shamanism in the upper Amazon. Albuquerque, New Mexico: UNM Press.

Eberhard, David (2009). Mamaindê grammar: A Northern Nambikwara language and its cultural context (Tese de doutorado). Utrecht, The Netherlands: LOT Publications. Available at: https://research.vu.nl/ws/portalfiles/portal/42183918/mamainde+grammar+-+complete+version.pdf

Everett, Daniel (2005). Cultural constraints on cognition and grammar in Pirahã. Another look at the design features of human language Current Anthropology 46(4): 621-646. https://doi.org/10.1086/431525

FUNASA (2006). Censo. Ms. Vilhena, Rondônia: Fundação Nacional de Saúde.

Givón, T. (1989). Mind, code, and context. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum Associates, Publishers.

Harner, Michael (1980). The way of the shaman. New York: Harper Row.

Kroeker, Menno (2001). A descriptive grammar of Nambiquara. International Journal of American Linguistics 76(1): 1-87. https://doi.org/10.1086/466446

Lakoff, George; Johnson, Mark (1980). Metaphors we live by. Chicago: University of Chicago Press.

Lévi-Strauss, Claude (1948). The Nambicuara. In Julian H. Steward (ed.), Handbook of South American Indians, vol. 3, pp. 361-369. Bureau of American Ethnography, Bulletin 143. Washington D.C: Smithsonian Institution.

Lowe, Ivan (1999). Nambiquara. In R. M. W. Dixon; Alexandra Y. Aikhenvald (Eds.), The Amazonian Languages, pp. 268-291. Cambridge, MA: Cambridge University Press.

Miller, Joana (2007). As coisas. Os enfeites corporais e a noção de pessoa para os Mamaindê. (Tese de doutorado). Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Price, David (1972). Nambiquara society (PhD dissertation). University of Chicago.

Price, David (1978). The Nambiquara linguistic family. Anthropological Linguistics 20: 14-37. Available at: https://www.jstor.org/stable/30027610

Reddy, Michael J. (1993). The conduit metaphor: A case of frame conflict in our language about language. In Andrew Ortony (Ed.), Metaphor and Thought, pp. 164-201. Cambridge: Cambridge University Press.

Reesink, Edwin (2007). Who are the Nambikwara? On names, partialities and people. In: W. Leo Wetzels (Ed.). Language endangerment and endangered languages and cultures of the Andean-Amazonian border area. Indigenous languages of Latin America Series (ILLA), pp. 249-268. Leiden, The Netherlands: Leiden University, Publications of the Research School of Asian, African, and Amerindian Studies (CNWS).

Rondon, Cândido Mariano da Silva (1922). Conferências realizadas em 1910 no Rio de Janeiro e em São Paulo. Publicação n. 68. Comissão das Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas. (Comissão Rondon). Rio de Janeiro: Leuzinger.

Rondon, Cândido Mariano da Silva (1946). Índios do Brasil, vol 1. Publicação 97. Conselho Nacional de Proteção aos Índios. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura.

Rondon, Cândido Mariano da Silva; Barbosa de Faria, João (1947). Glossário geral das tribos silvícolas de Mato Grosso e outras da Amazônia e do Norte de Brasil. Publicação 76 da Comissão Rondon, Tomo 1, Anexo 5. Conselho Nacional de Proteção ao Índio/Ministério da Agricultura.

Roquette-Pinto, Edgar (1913). Os índios Nhambiquara do Brasil-Central. Proceedings of the 18th International Congress of Americanists, 382-387. London: Harrison and Sons.

Telles, Stella (2002). Fonologia e gramática Latundê/Lakondê (Tese de doutorado). Vrije Universiteit, Amsterdam (Ms.).

Telles, Stella; Wetzels, W. Leo (2011). La famille Nambikwara. In Emilio Bonvini; Joëlle Busuttil; Alain Peyraube (Orgs.), Dictionnaire des langues (1ed.), pp. 1460-1474. Paris: Presses Universitaires de France.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 David Eberhard

Downloads

Não há dados estatísticos.