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O Papel das Emoções nas Determinações da Ação

Palavras-chave

comportamento
emotividade
ação voluntária

Como Citar

PEQUENO, Marconi. O Papel das Emoções nas Determinações da Ação. Manuscrito: Revista Internacional de Filosofia, Campinas, SP, v. 25, n. esp., p. 271–284, 2025. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscrito/article/view/8660338. Acesso em: 13 maio. 2025.

Resumo

A emoção sempre foi definida como um estado a fetivo que se contrapõe
à cognição ou à atividade racional. Tal distinção é hoje radicalmente negada
pelas pesquisas em neurociências. As emoções, stricto sensu, se expressam sob
forma de manifestações intensas, abruptas, inesperadas. Convém, por isso, reconhecer
que a emoção envolve uma experiência sensorial (agradável ou desagradável,
intensa ou amena, brusca ou tênue) e uma dimensão comportamental ou expressiva
representada pela resposta motora que ela suscita (gestos, atitudes, manifestações
somáticas, orgânicas, neurológicas, endócrinas). Assim, as emoções comportariam
sentimentos (experiências sensoriais) e/ou atitudes (comportamentos), cujas
manifestações variam segundo a intensidade, as circunstâncias e a natureza dos
agentes desencadeadores. Dessa gama enorme de possibilidades depende a
caracterização precisa dos estados mentais que tais sensações suscitam e as
formas de conduta que elas engendram. A atitude emocional, todavia, nem sempre
se distingue do comportamento voluntário, aquele guiado pela decisão do agente.
Algumas emoções não somente desenc adeiam certas formas de comportamento,
como são modos apropriados de os indivíduos se adaptarem às situações vividas.
É dessa interação que trata o nosso trabalho.

Referências

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