Resumo
Partindo da tentativa de Jackson Pollock de ingressar na Galeria Pierre Matisse em 1951, este artigo questiona por que o símbolo da arte triunfante americana, no auge de sua carreira, desejou ser representado por uma galeria tão intimamente ligada a Paris. Considera-se como esta anedota complica a nossa visão da geopolítica do mundo da arte ocidental do pós-guerra e convida-nos a reescrever a história do período através de conexões e circulações, em vez de oposições e fronteiras nacionais. À medida que a narrativa do envolvimento de Pollock com os artistas parisienses de Matisse se desenrola, torna-se de facto evidente que a revisitação das ligações históricas entre Pollock e a cena artística parisiense não só ilumina os meandros de seu trabalho, mas também provoca uma reavaliação das narrativas arraigadas na história da arte ocidental. Em última análise, o estudo propõe uma mudança metodológica que enfatiza a circulação e os intercâmbios culturais, argumentando que uma história Conectada da arte ocidental do pós-guerra pode renovar e tornar mais complexa a nossa compreensão das dinâmicas que moldaram a produção artística do pós-guerra.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Catherine Dossin