@article{Buurman_2021, place={Campinas, SP}, title={d is for democracy? : documenta and the Politics of Abstraction between Aryanization and Americanization}, volume={5}, url={https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8665413}, DOI={10.20396/modos.v5i2.8665413}, abstractNote={<p>Como parte de um estudo mais amplo sobre a documenta como uma exposição assombrada, meu artigo propõe uma revisão da historiografia produzida pela e sobre esta exposição recorrente de grande escala, fundada em 1955, em Kassel. Ao reabilitar parte da arte abstrata moderna que foi condenada ao ostracismo no "Terceiro Reich" como degeneração "judeu-bolchevique", as primeiras edições da documenta contribuíram para a construção de um conto de fadas historiográfico binário de abstração "boa" (i.e., democrática) versus realismo ’ruim’ (i.e., totalitário), que tem sido frequentemente discutido em relação à política cultural norte-americana de reeducação na Alemanha. Olhando mais de perto as biografias dos pais fundadores da documenta e as genealogias "germânicas" de suas práticas historiográficas procuro, porém, complicar esta história bem-sucedida da documenta como árbitro da democracia, cujos criadores afirmavam uma ruptura radical com o passado nazista. Destacando as continuidades da mostra com o nacionalismo alemão antes, durante e depois do regime Nacionalista Socialista, tanto em um nível ideológico quanto pessoal, argumentarei que a documenta não só serviu como uma ’arma da Guerra Fria’, mas também como uma máquina de lavar para a história (da arte) alemã, incluindo as biografias de seus historiadores e curadores, que assim conseguiram desviar a atenção de suas antigas associações nazistas ao implantar a abstração como um detergente, cuja capacidade de ressignificação política permitiu sua recuperação por diferentes regimes ideológicos. O artigo traça as contínuas tentativas de uma rede de cofundadores nacionalistas da documenta de marcar a abstração como algo especificamente alemão antes, durante e depois do NS e discute como essa parte da história da arte moderna na Alemanha foi amplamente substituída pela percepção geral de uma “Americanização” da abstração após a Segunda Guerra Mundial.</p>}, number={2}, journal={MODOS: Revista de História da Arte}, author={Buurman, Nanne}, year={2021}, month={out.}, pages={338–355} }