TY - JOUR AU - Nunez, German Alfonso PY - 2021/10/15 Y2 - 2024/03/29 TI - Melhor acender uma vela do que maldizer a escuridão: o boicote da representação estadunidense à X Bienal de São Paulo, entre dominantes e dominados JF - MODOS: Revista de História da Arte JA - MODOS: Rev. Hist. Arte VL - 5 IS - 2 SE - Dossiê - Uma ocorrência recorrente: bienais e exposições periódicas DO - 10.20396/modos.v5i2.8664199 UR - https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8664199 SP - 272-291 AB - <p>Por meio de materiais encontrados em arquivos e de uma análise da literatura recente, esse artigo esmiúça o boicote da representação estadunidense para a X Bienal de São Paulo, em 1969. Realizada no auge da Guerra Fria e da repressão do governo militar brasileiro, a X Bienal se apresenta como objeto de estudo privilegiado para a elucidação das diferentes estratégias de conservação ou ganho de capital simbólico por diferentes agentes do campo artístico. Aqui argumentamos que é justamente por meio da condenação do evento e atitudes que essa Bienal em particular propícia uma janela para observarmos as diferentes relações de poder dentro do campo artístico. Chamando assim atenção para o caráter aglutinador de eventos como as bienais, onde as mais variadas demandas e trocas são exercidas, iluminamos também as diferentes estratégias empregadas por governos, mecenas, artistas e críticos para acusarem as posições contrárias e justificarem a suas próprias atitudes, que muitas vezes denegam os motivos de engajamento com o evento. Por fim, focamos na figura de György Kepes, organizador e diretor da mostra estadunidense, como exemplo de como posições precárias nas estruturas do campo inclinam a alguns a combaterem o boicote.</p> ER -