Resumo
Muito se comentava nas revistas literárias do início do século XX sobre a decadência do teatro brasileiro. Um dos motivos desse empobrecimento era creditado ao teatro musicado: as operetas e as revistas. Esses gêneros, provocadores de riso fácil e “digestivo”, segundo a crítica especializada, distanciavam o teatro do papel que lhe era atribuído, ou seja, de ser responsável pela “moral e bons costumes”. O objetivo desse artigo é contribuir para o debate que refuta essa afirmação de decadência do teatro brasileiro. Não se pode falar em decadência quando, ao pesquisar as revistas literárias de São Paulo do início do século XX (1901 a 1922), encontram-se muitas críticas teatrais e anúncios de espetáculos. Não eram, na maioria das vezes, as peças que os críticos valorizavam ou gostariam de ver em cena, mas são parte da história do nosso teatro e, como hoje já se sabe, tiveram seu valor.
Referências
PRADO, Décio de Almeida. História concisa do teatro brasileiro. Edusp, São Paulo, 2003.
A vida moderna (n. 340, 25/07/1918, ano XIV; n. 352, 12/02/1919, ano XV; n. 377, 20/05/1920, ano XVI).
Íris (n.o 1, Vol. I, novembro de 1905; Vol. I, 1906).
Correio musical Brasileiro (no 1, 1-15 de maio de 1925).
O pirralho (n. 248, 25/02/1918, ano VII; n. 196, 17/07/1915; 08/01/1916; n. 229, 31/12/1916).
Revista do Brasil (n. 25, ano III, Vol. VII, janeiro de 1918; n.o39, ano IV, Vol. X, março de 1919, n. 55, julho de 1920).
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