https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/issue/feedPro-Posições2024-01-11T13:24:00+00:00Pro-Posiçõespropedit@unicamp.brOpen Journal Systems<p align="justify"><strong>Escopo:</strong> <em>Pro-Posições</em> é um fórum para a apresentação e discussão de novas pesquisas e abordagens teóricas que, independentemente da área de conhecimento, contribuam para a reflexão crítica sobre as várias dimensões da Educação. A revista acolhe a produção original do campo e publica artigos em diferentes formatos, gêneros e estilos. O periódico ocupa uma posição consolidada como uma das principais publicações na área das Ciências da Educação, atingindo significativa variedade temática e conceitual e oferecendo um amplo escopo internacional, apoiado por seu corpo editorial. São publicados artigos, ensaios e revisões bibliográficas originais. Textos submetidos são apreciados supondo-se que não foram previamente publicados e que não estão sendo examinados para publicação por nenhum outro periódico ou editora.<br /><strong>Qualis</strong>: A1<br /><strong>Área do conhecimento</strong>: Ciências Humanas<br /><strong>Ano de fundação</strong>: 1990<br /><strong>e-ISSN</strong>: 1980-6248<br /><strong>Título abreviado</strong>: Pro-Posições<br /><strong>E-mail</strong>: <a href="maito:%20proposic@unicamp.br">proposic@unicamp.br</a><br /><strong>Unidade</strong>: <a href="http://www.fe.unicamp.br/">FE</a><br /><strong>Editor</strong>: Antonio Carlos Rodrigues de Amorim<br /><strong>Prefixo DOI</strong>: 10.1590 (<a href="https://www.scielo.br/j/pp/" target="_blank" rel="noopener">SciELO</a>)<br /><a title="CC-BY" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" target="_blank" rel="noopener"><img src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/80x15.png" alt="Licença Creative Commons" /></a></p>https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675459Projeto pesquisa-ação participante2024-01-09T16:15:44+00:00Luana Hanaê Gabriel Hommappec@unicamp.brMirele Correappec@unicamp.br<p>A entrevista com o professor Dr. Ernesto Morales Morales, do Instituto de Governo e Políticas Públicas (IGOP), da Universidade Autônoma de Barcelona, traz uma análise do projeto Pesquisa-Ação Participante (IAP, do castelhano Investigación-Acción Participativa), levado à frente pelo professor – atual coordenador – e outros pesquisadores/estudantes desde 2013. São nove anos em que o projeto vem se caracterizando como uma política pública de formação social para a cidadania que, com financiamento da Prefeitura de Barcelona, vem aproximando a universidade das escolas públicas da região. A IAP busca investigar e atuar nos problemas locais, melhorando as questões em torno das desigualdades sociais emergidas pelas crises que assolaram o mundo em 2008. O professor indica as bases fundacionais do projeto, seu desenvolvimento ao longo dos anos, uma avaliação de seu andamento e suas possibilidades para o futuro, indicando ser esta uma política que, mesmo diante de desafios a serem superados, se mostra com enorme capacidade de produzir efeitos positivos ao que se espera de sujeitos integrantes de uma sociedade democrática, cidadã e de direitos.</p>2023-11-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675482Sobre a questão da psicologia da criação pelo ator2024-01-11T13:24:00+00:00L. S. Vigotskippec@unicamp.br<p>A questão da psicologia do ator e da criação teatral é a um tempo extremamente antiga e inteiramente nova. Por um lado, não havia, ao que parece, nenhum pedagogo ou crítico teatral significativo, nenhum homem de teatro de modo geral que, de uma forma ou de outra, não tenha colocado essa questão e que, em sua atividade prática, de docência e em avaliações não tenha partido de alguma compreensão da psicologia do ator. </p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675261O trabalho criador como vivência duplicada do ator em si e na personagem2023-12-13T17:22:01+00:00Lavínia Lopes Salomão Magiolinoppec@unicamp.brDaniele Nunes Henrique Silvappec@unicamp.brAna Luiza Bustamante Smolkappec@unicamp.br<p>O artigo aprofunda a relação entre emoção e imaginação (enlace emocional) na vivência duplicada do ator no trabalho artístico criador. Com base no conceito de perejivanie em Vigotski, Stanislavski e Vakhtangov, enfoca-se o trabalho empírico realizado com uma companhia teatral que articula crítica social às experiências pessoais dos atores, por meio de registros em vídeo e diário de campo, bem como de autoconfrontações. Analisando o processo criador, ressalta-se que: o sentimento vivenciado, sentido-pensado em imagens pela atriz, afeta sua subjetividade e a construção da personagem; a revivência da atriz é alicerce para a criação - esfera em que ética e estética se (con)fundem na perejivanie (est)ética. Tais elementos são importantes à compreensão da experiência artística e à educação estética.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675263O Laboratório Madalenas – Teatro das Oprimidas e as contribuições de Lev Vygotsky e Augusto Boal2023-12-13T18:05:38+00:00Adriana Barbosa Ribeiroppec@unicamp.brAndréa Vieira Zanellappec@unicamp.br<p>Este artigo tem por objetivo estabelecer diálogos entre o Laboratório Madalenas - Teatro das Oprimidas (LM-T@) e os escritos sobre arte desenvolvidos por Lev S. Vygotsky e Augusto Boal. Compreende-se que processos de criação são fundamentais para as práticas do Teatro das Oprimidas, na medida em que incentivam vivenciar cenicamente e imaginar possibilidades de mudanças em situações opressivas, aumentando o repertório de ação das participantes e convocando-os para a criação de relações sociais transformadoras. A participação em atividades do LM-T@ foi a estratégia metodológica utilizada para a produção de informações para a pesquisa, as quais foram registradas em diário de campo e analisadas em diálogo com publicações de participantes desses grupos e os escritos de Vygotsky e Boal.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675266Teatro social dos afetos2023-12-14T11:18:28+00:00Bader Burihan Sawaia ppec@unicamp.brKelly Cristina Fernandesppec@unicamp.br<p>Considerando, a partir das reflexões de Vigotski sobre o trabalho criativo do ator, que a construção da personagem pode ser uma vivência transformadora em que o corpo e os afetos têm papel preponderante, apresentamos uma proposta cênica que transporta tais potencialidades às relações sociais como estratégia de superação da opressão social na escola. Trata-se do Teatro Social dos Afetos (TSA), cujos pressupostos são baseados em Spinoza, Vigotski e Boal, com destaque aos conceitos de emoção inteligente, catarse, corpo, dialética singular/universal e sofrimento ético-político. Exemplificamos a partir de uma intervenção cênica em escolas municipais, visando ao enfrentamento à violência de gênero na escola. As ações cênicas colocam o ator também como dramaturgo e a plateia como ator, entrelaçando-os no sentimento do comum e na potência de imaginar e ensaiar estratégias de superação de opressões cristalizadas nos afetos e nas relações sociais. Assim, no ato criador o sofrimento individual se transforma em ação coletiva.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675267O desenvolvimento engajado e o teatro-brincar na constituição da coletividade2023-12-14T11:43:10+00:00Fernanda Liberalippec@unicamp.br<p>Os espaços de aprendizagem precisam estar engajados com a vida real, na tentativa de criar possibilidades de ser, agir, sentir, viver o mundo de modo a garantir a mobilidade social do sujeito para intervir na realidade. Nesse intento, este trabalho propõe o conceito de <em>desenvolvimento engajado</em> para discutir o papel do brincar na constituição da multitudo em um programa de extensão. Para tal, centralizamos dois episódios de uma proposta didática com o tema moradia e habitação, por meio do teatro-brincar, como base para processos de ensino-aprendizagem. O teatro-brincar, fundamentado pela perspectiva vygotskiana e inspirado nos jogos teatrais boalianos, é visto como uma realização artístico-performático colaborativa, cujo engajamento real com a vida e a expansão intencional, faz dele lócus para seus participantes experienciarem a criação de eventos dramáticos, que são refratados em forma de vivências afeto-cognitivas, essenciais ao desenvolvimento de posicionamento no mundo. A análise dos episódios, por meio da pesquisa crítico-colaborativa, revela que o teatro-brincar promove o <em>desenvolvimento engajado</em> possibilitando a abertura de caminhos para a transformação do sujeito e sua atuação no mundo.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675268Imaginação e experiência em processos criativos teatrais na infância2023-12-14T11:58:06+00:00Hanna Talita Gonçalves Pereira de Araujóppec@unicamp.brLeonel Martins Carneiroppec@unicamp.br<p>O presente artigo propõe uma reflexão sobre o processo criativo de cenas teatrais, por crianças, a partir da imaginação. Será analisada, nos aspectos relacionados ao fazer teatral propriamente dito, a relação das crianças com a experiência artística na intersecção entre a experiência e a imaginação. Utilizam-se, como campo privilegiado para olhar essa questão, experiências de teatro com crianças. Para produção de sentidos, a experiência com o teatro apresenta-se como potente ferramenta para imaginar e produzir conhecimento na busca de um teatro efetivamente das crianças.</p>2013-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675270Autocrítica dirigida com artistas-trabalhadores(as)2023-12-14T12:27:20+00:00Erickaline Bezerra de Limappec@unicamp.brFellipe Coelho Limappec@unicamp.brNaira Neide Ciottippec@unicamp.br<p>Neste artigo apresentamos uma metodologia de pesquisa e intervenção baseada na Psicologia Histórico-Cultural, denominada <em>Autocrítica dirigida</em>. Destina-se, a priori, ao território artístico, partindo da confrontação do artista frente a(s) sua(s) própria(s) obra(s). Nela identifica-se processos de alienação-emancipação que interferem na Vivência do(a) artista-trabalhador(a) no contexto do sistema capitalista. Elucidamos os fundamentos e aplicabilidade, a partir da unidade sistêmica da Vivência (Perejivânie) e delimitamos o caráter interventivo do método por possibilitar um sujeito mais consciente sob vários aspectos de sua vida laboral artística, no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento às limitações e no encontro de matéria criativa para suas obras.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675271Vigotski e a arte do ator2023-12-14T12:53:36+00:00José Tonezzi ppec@unicamp.br<p>Considerando que o ato criativo do artista da cena visa tornar presente um outro ser por meio de sua memória pessoal e da evocação de experiências e sentimentos vivos, este artigo reflete sobre a relação direta e objetiva do trabalho criativo do ator com a vida. Nesse sentido, aborda-se aqui manifestações que pretendam mais a presentificação do que a representação, uma prática surgida posteriormente, mas que se vincula aos escritos de Vigotski sobre a arte de atuar. Nesse sentido, busca-se pensar o termo <em>perejivanie</em> como manifestação em zona híbrida de intersecção da vida com a criação artística e como consequência (ou fonte) da arte exercida por aquele que hoje se denomina ator-performer.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675274A questão das emoções e da vivência estética2023-12-14T13:19:35+00:00Priscila Nascimento Marquesppec@unicamp.brDiego Moschkovichppec@unicamp.br<p>O artigo objetiva examinar as ocorrências do conceito de vivência em textos vigotskianos sobre arte, particularmente o ensaio sobre <em>Hamlet</em>, de 1915; o livro <em>Psicologia da arte</em>, de 1925; e o capítulo “Educação Estética”, publicado em <em>Psicologia pedagógica</em>, de 1926. Em seguida, o artigo se debruça sobre o texto “A psicologia do trabalho criativo pelo ator”, buscando compreender como nele Vigotski analisa criticamente as ideias de Denis Diderot e Konstantin Stanislávski para propor uma visada original sobre a psicologia da vivência cênica do ator. Visto sob o pano de fundo de escritos anteriores, o artigo pretende contextualizar o texto de 1932 dentro do quadro de interesses de Vigotski, que articula o campo da arte teatral e o estudo das emoções.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675278A psicologia concreta da dvoistvennost do ator2023-12-14T17:06:32+00:00Willi Reineckeppec@unicamp.br<p>O artigo de Vigotski sobre a psicologia do ator é um bom exemplo de continuidades e conexões entre a obra inicial e final desse psicólogo e crítico teatral. Contrário à divisão entre uma fase “instrumental”, “mecanicista” e “reducionista” antes de 1930 e uma fase “holítistica” (<span class="ref"><strong class="xref xrefblue">Yasnitsky, van der Veer, 2016</strong></span>, p. 92), o discurso sobre o ator e a noção diderotiana de “sentimentos artificiais” (sensibilité artificielle) comprova o compromisso permanente de Vigotski quanto a questões da vivência (perejivânie), catarse e o status das emoções. A dicotomia entre as emoções do ator, como mostrado por Diderot e “Paradoxo do comediante”, é a chave para Vigotski insistir na historicidade das emoções e em uma transformação dos métodos da psicologia. Como parte do trabalho criativo, as emoções do ator são divididas em forças opostas. Em Psicologia da arte, o termo formalista para tal divisão é dvoistvennost (duplicidade). Apenas ao superar as suposições naturalistas e colocar as emoções no contexto de outras funções mentais, a psicologia seria capaz, por meio de métodos indiretos, de lidar com essa historicidade. Esta é uma “psicologia em termos do drama”, como sugerido em “Psicologia concreta”. O presente artigo se concentra nas conexões entre as resenhas iniciais, Psicologia da arte (1925), “Psicologia concreta humana” (1929) e “Sobre a questão da psicologia da criação pelo ator” (1932).</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675279Entre forma e conteúdo2023-12-14T17:20:21+00:00Shuangshuang Xuppec@unicamp.brLuca Tateoppec@unicamp.br<p>Este artigo continua os esforços de Vygotsky em investigar a gênese social da generalização afetiva na criação da arte e no processo de recepção proposto em Sobre o problema da psicologia do trabalho criativo do ator. A generalização afetiva abstrai emoções e sentimentos do plano individual para o social e do mundano para o nível hipergeneralizado. Com base no exame das ideias estéticas de Vygotsky, apresentamos o trabalho do filósofo chinês Defeng Wang em filosofia da arte sob a abordagem existencial. Na última parte, também propomos adotar o arcabouço da psicologia cultural da mediação semiótica para capturar esse processo dinâmico.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675167O Projeto Porto Maravilha e os 450 anos da cidade do Rio2023-12-04T18:18:07+00:00José Silvappec@unicamp.brJosé Sepulvedappec@unicamp.br<p>O artigo se interessa pela discussão de determinados usos políticos que a Administração de Eduardo Paes empreendeu em relação ao passado carioca durante o período de dois mandatos consecutivos em que esteve à frente da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro (2009-2016). Para tanto, ancorado na problematização dos diferentes lugares de memória e suas relações com aquilo que é fabricado e ensinado pelos historiadores em suas operações historiográficas, concentra as atenções no Projeto Porto Maravilha, que despontou dentro dos festejos dos 450 anos da cidade, comemorados em 2015. Tal efeméride concorreu tanto para a mobilização de esforços de apagamento de dimensões e obras públicas relacionadas ao período da ditadura militar quanto para a emergência de outras histórias para a cidade e sua gente.</p>2023-08-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675172A construção da identidade moçambicana colonial e pós-colonial através de projetos de escolarização2023-12-04T19:28:16+00:00Octavio Zimbicoppec@unicamp.br<p>A construção da identidade através de projetos de escolarização primária em Moçambique colonial (de 1930 a 1974) e pós-colonial (de 1975 a 1990) está no centro de debate deste texto, que tem como problema o fato de as taxas de admissão, escolarização, conclusão e evasão escolar, em ambos os períodos, terem estado abaixo das expectativas, o que apresenta o desafio de identificar os fatores e os mecanismos desta tendência e de refletir para entender este fenômeno. O objetivo é compreender a escolarização, diante de projetos educativos antagónicos: por um lado, o colonial, através do qual a máquina política e administrativa colonial pretendia civilizar, dominar e explorar os nativos; por outro, o projeto educativo moçambicano pós-independência, por meio do qual se pretendia formar o “homem novo”. Em termos metodológicos, a revisão bibliográfica, a análise da legislação, as estatísticas e os conteúdos da Revista Tempo constituíram a base de sustentação deste texto. Os principais achados evidenciam: primeiro, que fatores políticos e económicos, tanto no período colonial, assim como no pós-colonial, comprometeram os esforços de universalização do ensino; segundo, que os dois projetos pretendiam formar os moçambicanos de acordo com os seus objetivos e princípios, tendo prevalecido a mentalidade libertária sobre a de dominação e alienação.</p>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675193Processos de emancipação na América Central2023-12-06T16:27:37+00:00Andrés Laínezppec@unicamp.br<p>Em 15 de setembro de 1821, a América Central declarou sua independência do Império Espanhol. Previamente, circularam os jornais <em>El Editor Constitucional e El Amigo de La Patria, </em>configurando a opinião pública a respeito do iminente acontecimento. Com esse quadro, o presente trabalho procura examinar a relevância da comemoração da data a partir da análise do jogo enunciativo da liberdade moderada. O resultado deste exercício mostra uma série de representações organizadas em uma espécie de hierarquia intelectual que pretendia orientar as linhas políticas do novo processo, apontando, sempre, a moderação como elemento civilizador. Isto leva a refletir sobre a sedimentação da liberdade moderada e seus efeitos prévios às comemorações do Bicentenário de Independência na população hondurenha.</p>2022-07-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675194Reflexos do Império na educação portuguesa (1906 - 1951). Desbravando um campo pouco explorado2023-12-06T17:10:55+00:00Margarida Felgueirasppec@unicamp.br<p>Reflexos do Império na educação portuguesa (1906 a 1951). Desbravando um campo pouco explorado aborda a questão da imagem das colónias e do colonizado no contexto da educação portuguesa (1906 a 1951), através de manuais escolares portugueses, em que um manual foi editado para ensinar crianças angolanas indígenas. Este último foi editado em dois momentos – supõe-se que no início da República, e em sucessivas reedições, durante a Ditadura. Recorrereu-se a materiais referentes à 1ª exposição colonial de 1934 e à exposição do Mundo Português 1940. O trabalho situa-se na perspetiva dos estudos pós-coloniais, no que procura fazer uma releitura do colonialismo na educação portuguesa. Foram usadas fontes heterogéneas, e o trabalho representa apenas um levantar de questões a apontar o muito que há a estudar.</p>2022-09-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675207Emancipação brasileira e princípios da boa educação na capital do Brasil (1827 - 1839)2023-12-07T20:08:31+00:00Maria Souzappec@unicamp.br<p>Os estudos sobre os periódicos têm demonstrado a potência dessa documentação como dispositivo político na correlação de forças entre interesses privados e econômicos, nas transformações dos espaços públicos. Nesse sentido, ancorado na perspectiva teórico-metodológica do rigor da pesquisa histórica e nos marcos teóricos de “Comunidade Imaginada” e de “intelectual mediador”, o objetivo deste trabalho é compreender as motivações dos redatores do jornal A Aurora Fluminense (1827–1839) a publicarem artigos sobre educação e instrução pública nas páginas desse periódico. Considerou-se que os redatores do periódico em exame visavam comunicar o que entendiam como verdades acerca da formação do “espírito público” e de potenciais patriotas.</p>2022-01-03T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8672661La integralidad en la formación de las trayectorias laborales de egresados de la escuela secundaria técnica2023-02-10T18:55:58+00:00Agustina Coricappec@unicamp.brMilena Arancibiappec@unicamp.brAna Mirandappec@unicamp.br<p>En los procesos de inserción ocupacional de los jóvenes ha tenido un gran impacto las transformaciones del mercado de trabajo, la crisis del “salariado”, el cambio tecnológico y las nuevas formas de gestión de la fuerza de trabajo. En este contexto, se realizó una investigación que se propuso construir información sobre las trayectorias laborales de los egresados de la educación técnica de nivel secundario en distintas jurisdicciones de Argentina. Del análisis de los resultados surge que los procesos de inserción laboral juvenil se construyen en un período que abarca más de diez años luego del egreso, se sostienen principalmente por el apoyo familiar que es condicionado por los recursos económicos, así como por la oferta educativa existente en las jurisdicciones. Y la vinculación entre la especialidad del título del secundario y la inserción laboral está restringida por las efectivas oportunidades laborales disponibles y determinada por la diferenciación tradicional de género.</p>2023-02-24T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8672723Trajetórias profissionais de jovens professoras e professores2023-02-17T12:21:09+00:00Dirce Zanppec@unicamp.brAparecida Neri de Souzappec@unicamp.br<p>Este artigo foi elaborado a partir de pesquisa realizada em 2015 com jovens professoras e professores do ensino médio de escolas públicas e privadas da cidade de Campinas (SP). Com o objetivo de compreender a trajetória formativa desses sujeitos e suas experiências de trabalho, foram entrevistados 12 professores com idade entre 20 e 29 anos. Identificamos que a opção pelo magistério é vista por esse grupo como uma possibilidade de contribuir para mudanças sociais, enquanto produtores de cultura, e como uma escolha profissional viável diante de sua situação social e econômica. As condições em que os professores trabalham colocam em evidência diferentes fatores quanto ao conteúdo e significado do trabalho docente, bem como sobre a decisão de permanecer no magistério.</p>2023-02-24T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8672725Trajetórias de trabalho2023-02-17T12:42:02+00:00José Humberto da Silvappec@unicamp.br<p>Os trânsitos juvenis são significativos para pesquisar as reconfigurações que tomam corpo no mundo contemporâneo, em suas diversas esferas sociais. A juventude é o contingente social mais diretamente exposto aos dilemas de nossa sociedade, e hoje são expressivas as taxas de desemprego entre os jovens no país. Além das barreiras para ingressar e se manter em um primeiro emprego, são ainda maiores as dificuldades encontradas para permanecer em um emprego digno e protegido. Os dados também evidenciam que a informalidade se apresenta mais elevada nesse grupo quando comparado ao grupo dos adultos. Já em condição de emprego formal, é notória a presença dos jovens em ocupações de maior rotatividade e inserções provisórias. Nesse sentido, com o objetivo de desvelar os percursos laborais construídos por parte da juventude trabalhadora brasileira, este trabalho pretende, por meio de singulares trajetórias e triangulando conjuntamente com bases de dados nacionais, analisar duas formas de inserção no trabalho: o primeiro emprego por meio da lei da aprendizagem e o emprego no setor de telemarketing. Os percursos juvenis analisados contribuíram para que as formas flexíveis de emprego constituam uma porta de acesso ao exercício de uma atividade remunerada. Todavia, a grande transformação que se verifica nos últimos anos reside no fato de que tanto os empregos precários como as novas formas de subemprego – aprendizes e os operadores de telemarketing – assumem cada vez menos uma ponte para a estabilidade empregatícia. Para muitos jovens, esse tipo de trabalho deixou de ser um acontecimento biográfico pontual, passando a um modo de vida.</p>2023-02-24T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8672729As portas permanecem semiabertas2023-02-17T16:01:55+00:00Patrícia Vieira Trópiappec@unicamp.brDavisson Charles Cangussu de Souzappec@unicamp.br<p>O artigo analisa o perfil ocupacional dos estudantes das universidades federais segundo as seguintes clivagens: estudante-ocupado, estudante-desocupado e estudante-não-trabalhador. Deste modo, conseguiu-se identificar perfis socioeconômicos distintos e assimetrias que afetam o modo como os estudantes ocupados e, sobretudo, os desocupados acessam as oportunidades acadêmicas e a vida universitária. Tomando-se os microdados das Pesquisas de Perfil da Andifes, conclui-se que as portas das Ifes permanecem semiabertas para estudantes que trabalham e para estudantes que, embora não estejam trabalhando, estão em busca de trabalho, o que os torna ainda mais vulneráveis e dependentes de políticas públicas de assistência e permanência.</p>2023-02-24T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8672774A imposição a escolher. Da humilhação ao sentimento de injustiça2023-02-24T16:22:03+00:00Prisca Kergoatppec@unicamp.br<p>Na França, todos os anos, cerca de 40% dos alunos são orientados para a educação profissionalizante. No limite entre a adolescência e a idade adulta, esses jovens são convocados a “escolher” um rumo, a se colocarem em um ramo relevante do trabalho de produção. Para esclarecer essa zona de fronteira, a do corredor entre a escola e o início de sua formação, é necessário detalhar tanto a forma como as esferas educativa e produtiva mantêm e produzem as desigualdades quanto a maneira como jovens vivem a humilhação e formulam a injustiça.</p>2023-02-24T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675258A Independência do México vista da escola2023-12-13T14:13:28+00:00Rosalía Meníndez-Martínez ppec@unicamp.br<p>Em setembro de 1821, a Nova Espanha, o reino mais próspero e rico do império espanhol no século 18, tornou-se um estado independente. A nova nação com um vasto território e habitantes dispersos naquele espaço não se reconhecia como cidadã ou como mexicana. A nação exigia unidade, identidade e um senso de pertencimento; Para isso, foram necessárias várias estratégias propostas pelas elites intelectuais e políticas. Em consenso, concordaram sobre a necessidade urgente de escrever e ensinar uma história nacional alimentada por tradições, momentos míticos e heróis, além da construção de uma série de valores cívicos que gerariam a lealdade dos cidadãos à sua nova nação. O assunto demorou vários anos, a primeira metade do século foi de várias e boas tentativas. O objetivo de atingir os conteúdos escolares foi alcançado na segunda década do século, e a escola era o espaço de reprodução e transmissão do novo discurso histórico que, aos poucos, foi sendo introduzido nos primeiros livros didáticos. Este artigo tem como objetivo analisar a Independência do México apresentada nos primeiros livros didáticos a fim de conhecer os esforços de formação histórica de novos cidadãos, talvez com o tema mais emblemático da história nacional.</p>2023-08-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8672732Habitus de gênero2023-02-17T16:44:24+00:00Erineusa Maria da Silvappec@unicamp.brEliza Bartolozzi Ferreirappec@unicamp.br<p>A noção de <em>habitus</em> de Bourdieu é considerada um importante instrumento conceitual que auxilia compreender a dinâmica das relações sociais, mediadas pelos condicionamentos sociais exteriores e subjetivos. O artigo objetiva tensionar o conceito de <em>habitus</em> de Bourdieu, de forma a apresentar o conceito de “<em>habitus</em> de gênero” como um recorte que problematiza o entendimento das relações sociais/educacionais. Apresenta-se uma revisão bibliográfica de parte da literatura feminista para articular o pensamento de Bordieu com o conceito de <em>habitus</em> de gênero e reafirma-se a fecundidade da Sociologia do autor para o campo educacional. O campo da educação tem um <em>habitus</em> de gênero que se movimenta com capacidade de (re)produzir práticas, que podem provocar microdeslocamentos ou transformar as relações de poder socialmente constituídas.</p>2023-02-24T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675287A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP)2023-12-15T13:06:14+00:00Danilo Araujo de Oliveirappec@unicamp.brShirlei Salesppec@unicamp.br<p>Este artigo traz parte dos resultados de uma pesquisa de doutorado. A análise foi elaborada sob a perspectiva curricular pós-crítica. Compreendemos, no presente texto, que o currículo não se restringe às disciplinas escolares, mas se constitui em diferentes espaços e artefatos culturais. A metodologia utilizada articulou elementos da netnografia e análise do discurso de inspiração foucaultiana de um blog e três perfis do twitter. Nomeamos o conjunto heterogêneo de ditos localizados nesses sites de <em>currículo bareback</em>. O argumento desenvolvido é o de que, nesse currículo, produz-se a posição de sujeito preper, constituída com marcas específicas a partir da demanda do uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). Essas marcas, no âmbito da prática sexual <em>bareback</em>, evidenciam tensões no modo de funcionamento da pedagogia <em>anti-aids</em> centrada no preservativo como método de prevenção.</p>2023-03-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675304A formação do habitus religioso e os estabelecimentos de ensino confessionais conveniados com o Estado2023-12-18T12:42:01+00:00Letícia Casagrande Oliveirappec@unicamp.brJacira Helena do Valle Pereira Assisppec@unicamp.br<p>Apresentamos neste artigo uma discussão sobre escolas públicas e formação do <em>habitus</em> religioso. A pesquisa foi realizada em três estabelecimentos escolares confessionais, que estabelecem convênio entre ordem religiosa e Estado. Operou-se com a teoria bourdieusiana. Foram realizadas entrevistas e aplicados questionários com 5 mães, 1 pai e 542 estudantes. Os resultados sinalizaram que as famílias mobilizam estratégias para formar e manter o <em>habitus</em> religioso dos filhos. Nas escolas investigadas, a característica confessional se revelou como o principal elemento motivador para a realização das matrículas. Consideramos que o poder público deve ser guardião do espaço laico e envidar esforços na efetivação da laicidade, elemento que é colocado em risco nesses estabelecimentos.</p>2023-03-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675305Quando os professores desistem2023-12-18T13:18:34+00:00Gabriela Paganippec@unicamp.brMaria José da Silva Fernandesppec@unicamp.brAndreza Barbosappec@unicamp.br<p>Este artigo analisa o fenômeno da exoneração de docentes e sua relação com as condições de trabalho na rede estadual paulista de ensino. A discussão parte de levantamento bibliográfico acerca da temática, de dados estatísticos sobre a exoneração no período de 2012 a 2018 e de informações coletadas por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com professores da rede. Os dados analisados mostraram elevados e constantes índices de exoneração no período e evidenciaram que este é o momento final de um processo de desistência influenciado fortemente pela insatisfação diante das condições de trabalho, sobretudo da carreira, dos salários, da jornada de trabalho, e da organização e estrutura da rede paulista.</p>2023-03-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675306Análise de características discursivas e disciplinares em artigos sobre o ensino da escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental publicados entre 2008 e 20182023-12-18T13:47:34+00:00Daniela Eufrásio ppec@unicamp.brValdir Heitor Barzottoppec@unicamp.br<p>Esta pesquisa bibliográfica expõe características discursivas do conteúdo escolar “ensino da escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental” quando tomado como objeto de pesquisa, e propõe reflexões sobre a sua configuração disciplinar (Foucault, 2004). A análise abrangeu 15 artigos, advindos de duas áreas do conhecimento, Psicologia e Educação. Focalizou-se na caracterização do gênero discursivo “artigo científico” (Bakhtin, 2011), e identificaram-se importantes distinções disciplinares nas produções de cada área do conhecimento. Enquanto as da Psicologia expuseram resultados a partir de testes e tarefas de verificação do conhecimento da escrita e da corroboração de pesquisas anteriores em artigos padronizados conforme o modelo de comunicação IMRD, as da Educação não se apresentaram em conformidade com esse modelo e focalizaram os processos de ensino da escrita a partir de práticas didáticas diversas. Foi possível, ainda, identificar características de legitimação dos resultados de pesquisa como objetos de ensino na esfera escolar.</p>2023-03-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675309Um ato de liberdade2023-12-18T16:39:19+00:00Luis Antonio Groppoppec@unicamp.brKimi Aparecida Tomizakippec@unicamp.brMaria Carla Corrochanoppec@unicamp.brLívia Borgesppec@unicamp.brFlávia Ginzelppec@unicamp.brCarusa Biliattoppec@unicamp.br<p>O artigo trata do movimento de estudantes paulistas que, em 2015, ocuparam 219 escolas contra o projeto de “reorganização” do sistema escolar estadual, com o objetivo de analisar fatores que explicam sua emergência e disseminação. Os dados, gerados por meio de revisão bibliográfica e de entrevistas semiestruturadas, foram analisados com base nos conceitos de ciclos de protesto, repertórios de contestação e “cidadanismo”. Destaca-se, nos resultados, a aproximação entre diversas redes de ativistas e estudantes. Essas redes, influenciadas pelos repertórios do ciclo global de protestos dos anos 2010, desenvolveram as principais táticas do movimento – atos, ocupações e trancamentos – e catalisaram experiências, expectativas e demandas latentes entre adolescentes.</p>2023-03-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675312Educación y adoctrinamiento2023-12-18T18:05:58+00:00Agustín de la Herrán Gascónppec@unicamp.brIvan Fortunato ppec@unicamp.brNivia T. Álvarez Aguilarppec@unicamp.br<p>El adoctrinamiento es un problema recurrente y universal de la educación. Normalmente se confunden, aunque se trate de contrarios. El objetivo de este ensayo es plantear este problema como cuestión pedagógica radical, en la que su diferenciación es un imperativo para los educadores. Para ello, se intentarán definir aperturas conceptuales y teóricas, para lograrlo, tanto para la conciencia educativa ciudadana, como para la científica, pedagógica y didáctica. El enfoque adecuado para dar respuesta al objetivo es el “radical e inclusivo”, desarrollado y aplicado a la educación por los autores desde hace treinta años. La metodología es hermenéutica y dialéctica. Confronta lo cuestionado y lo propuesto, generando resultados argumentativos innovadores durante todo el proceso. A modo de conclusión, se aportan razones analíticas y sintéticas para reforzar una Pedagogía más consciente y responsable, a la luz de este fenómeno cotidiano.</p>2023-04-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675323Agência e autonomia2023-12-19T12:00:28+00:00Flávia Liparini-Pereira ppec@unicamp.brMonica Caicedo-Roappec@unicamp.brLuana Marçonppec@unicamp.brNelson Filice de Barrosppec@unicamp.br<p>Este ensaio foi elaborado dentro de uma perspectiva ativa de produção do conhecimento, a partir de uma metodologia adaptada da Aprendizagem Baseada em Problemas. O objetivo foi analisar coletiva e interdisciplinarmente a noção classificatória em torno do gênero. Foram consultadas 103 bibliografias, discutidas por 24 estudantes em Saúde Coletiva e elaborada uma síntese sobre as investigações e as experiências individuais e coletivas das discentes e do docente sobre a temática. Esta experiência pedagógica permitiu compreender a potência da linguagem na função de manter ou subverter estruturas hegemônicas. Concluiu-se que as construções e as fixações de identidades com base em práticas altamente reguladas com relação ao sexo e ao gênero reduzem as multiplicidades possíveis de ser e estar no mundo.</p>2023-04-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675324Habermas e Paulo Freire2023-12-19T12:28:32+00:00Ivonaldo Leiteppec@unicamp.br<p>Ultimamente, alguns trabalhos têm apontado uma estreita conexão analítica entre o pensador alemão Jürgen Habermas e o educador brasileiro Paulo Freire, descrevendo-se, por exemplo, o “diálogo” como uma categoria que adensa a relação teórica entre ambos. Este artigo procura averiguar a existência de efetivas convergências entre Habermas e Freire. Para tanto, metodologicamente, são revisadas as suas principais produções. Como resultado desse escrutínio, o presente artigo discrepa das perspectivas que realçam a referida conexão. Embora seja possível identificar algumas convergências entre Habermas e Freire, elas são genéricas. Assim, o que é concebido como aproximações entre os dois autores tem, muitas vezes, o <em>status</em> de lugares-comuns.</p>2023-04-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675325Protagonismo juvenil no ensino médio2023-12-19T12:43:38+00:00Murilo Eduardo dos Santos Nazarioppec@unicamp.brWagner dos Santosppec@unicamp.brAmarílio Ferreira Netoppec@unicamp.br<p>A questão que orienta este estudo é: de que modo os jogos interclasses podem constituir-se como conteúdo de ensino na perspectiva do protagonismo juvenil na educação física do ensino médio? Objetiva-se discutir e analisar as possibilidades e limitações dos jogos interclasses como conteúdo de ensino em uma escola de ensino médio. Sendo assim, realizou-se um estudo de caso etnográfico do cotidiano escolar. Para tanto, organizou-se os jogos interclasses, em uma escola de ensino médio, a partir das estruturas do protagonismo juvenil. Os resultados sinalizam que os saberes/fazeres inerentes aos esportes podem assumir não somente um lugar de conhecimentos a serem aplicados em âmbito competitivo, mas sim como estruturas que permitem compreender o lugar sociocultural do esporte.</p>2023-04-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675339Experiências, percepções e expectativas de estudantes na escola gerencialista da rede estadual paulista2023-12-20T11:13:33+00:00Rubia de Araujo Ramosppec@unicamp.brDébora Cristina Goulartppec@unicamp.brMárcia Aparecida Jacominippec@unicamp.br<p>Neste artigo, analisamos a experiência dos estudantes nas ocupações de escolas no ano de 2015 e suas percepções e opiniões sobre a política educacional do estado de São Paulo no período de 1995 a 2018. Realizamos estudo documental e bibliográfico sobre a política educacional paulista e entrevistas com ex-estudantes da rede estadual de ensino, que participaram das ocupações de escola. Adotamos como referenciais para nossas análises o conceito de experiência na compreensão do material empírico e a influência da Nova Gestão Pública (NGP) sob o neoliberalismo para compreender a política educacional. Verificamos que em suas vivências, os(as) estudantes formularam críticas e expectativas a respeito dos programas e projetos da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo (SEE-SP), contrapondo-se ao gerencialismo e à NGP ao defender uma escola universal, plural e democrática.</p>2023-04-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675340Segunda geração de privatização da educação paulista2023-12-20T11:54:45+00:00Teise de Oliveira Garciappec@unicamp.brTheresa Adriãoppec@unicamp.brNadia Drabachppec@unicamp.brMaria Santosppec@unicamp.br<p>O objetivo deste artigo é analisar o que se designa aqui como segunda geração da privatização da educação pública paulista. Tal categorização decorre de estudo sobre processos que institucionalizam a incidência do setor privado empresarial na educação a partir de 1995. Analisou-se o período em que esteve em vigência a Resolução SEE nº 24, de 5 de abril de 2005, no governo Geraldo Alckmin, que incorporou a recém-criada Associação Parceiros da Educação a uma rede de empresários, e instituiu o programa Empresa Educadora. A pesquisa documental e a análise das condições de oferta em 21 unidades escolares no estado de São Paulo indicaram que o programa não alterou a qualidade da oferta educativa, todavia, foi implementada a presença articulada do setor empresarial na definição da política educacional.</p>2023-04-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675341Formação continuada de longa duração2023-12-20T12:51:53+00:00Robson Machado Borgesppec@unicamp.brAlex Branco Fragappec@unicamp.br<p>O artigo discorre sobre os resultados de uma pesquisa que visou identificar fatores que potencializaram mudanças de concepção de professores participantes em um projeto de formação continuada de longa duração. Pautados nos pressupostos da Educação Física (EF) culturalista-crítica, por meio de uma pesquisa documental com a utilização de dados secundários, analisaram-se os materiais produzidos em um estudo colaborativo com duração de 3 anos (26 encontros) que contou com a participação de 15 docentes e 1 professor-mediador. Apesar de não haver um fator específico que leve à mudança da concepção e, consequentemente, da atuação docente, conclui-se que os principais fatores indutores de alteração foram: o reconhecimento do direito dos alunos de aprender a pluralidade de temas da cultura corporal de movimento e a construção coletiva de uma proposta curricular para a EF em âmbito regional.</p>2023-05-22T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675342Una mirada al interior de la toma de decisiones universitarias2023-12-20T13:26:11+00:00Margarita Heinzen ppec@unicamp.brIsabel Bortagarayppec@unicamp.br<p>Este artículo analiza los procesos sociopolíticos que se desplegaron en la Universidad de la República de Uruguay a partir de las definiciones de expansión territorial, en el marco de una reforma para transformarla en una universidad para el desarrollo (2007-2014). Se centra el análisis en el máximo órgano de conducción colegiado y sus actores desde una perspectiva neoinstitucional. Se visualiza así la complejidad de la toma de decisiones y la heterogeneidad de los intereses en juego, lo que evidencia una “adaptación negociada”, compuesta por una cadena de ajustes de intereses entre la institución y el Estado y entre actores universitarios. Este trabajo muestra el juego complejo entre los condicionantes estructurales y las diferentes estrategias y recursos que se despliegan.</p>2023-05-22T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675346Música, linguagem e formação estética2023-12-20T14:16:06+00:00Hugo de Oliveira Verardi Bocca ppec@unicamp.brJean Carlos Gonçalvesppec@unicamp.br<p>O objetivo deste ensaio é explorar relações entre música, linguagem e formação estética, ampliando possibilidades metodológicas para a educação musical na contemporaneidade. Apresenta reflexões que viabilizam a elaboração de um aporte teórico-prático a partir de fundamentos filosóficos para a música como linguagem, os quais possibilitam sustentar a natureza e o valor da educação musical como formação estética na educação básica. Para estabelecer os diálogos a que se propõe, o trabalho se sustenta nas concepções teóricas de Bakhtin e o Círculo, grupo de intelectuais russos cuja obra e pensamento possuem hoje um vasto espiral de potencialidades para a pesquisa em ciências humanas. O ensaio apresenta possibilidades para a educação musical a partir das experiências musicais dos estudantes.</p>2023-05-22T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675348Contos de fadas na sala de aula2023-12-21T11:45:15+00:00Eliziane Gorete Kielb ppec@unicamp.brIvone Maria Mendes Silvappec@unicamp.br<p>Este artigo analisa percepções de professoras da Educação Infantil sobre o trabalho com contos de fadas em sala de aula. Baseia-se em pesquisa qualitativa, desenvolvida por meio de estudo bibliográfico e etnográfico, com observações de aulas e entrevistas com duas professoras regentes de turmas de crianças entre 3 e 5 anos. Os resultados indicam que a visão que as professoras possuem sobre infância, contos de fadas e o papel da literatura na formação das crianças influencia a forma como o trabalho é desenvolvido, inclusive a mediação feita durante a leitura das histórias. Esta é vista como uma prática rica em aprendizados para as crianças, mas também permeada de desafios relacionados ao planejamento e à execução das atividades e à forma como a instituição escolar e seus atores significam essas experiências.</p>2023-05-22T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675349Coleção de coleções2023-12-21T12:16:36+00:00Wenceslao Machado Oliveira Juniorppec@unicamp.brLuciane Vieira Palmappec@unicamp.brEliana da Silva Souzappec@unicamp.brJoice Ribeiro Souza Coimbrappec@unicamp.br<p>O artigo relata e discute o processo de criação do acervo cinematográfico digital do Programa Cinema & Educação, da Prefeitura Municipal de Campinas, que conta com doze coleções com acesso público e gratuito; e indica as escolhas educativas, as parcerias e dificuldades na curadoria do acervo. Como gesto voltado a atuar no sonhado processo de regulamentação da Lei nº 13.006/2014, a coleção visa ampliar a cultura docente acerca dos curtas-metragens de produção nacional, especialmente os realizados localmente como gesto artístico. Paralelamente, são apresentadas as referências para o modo de organização do acervo digital a partir do conceito de coleção.</p>2023-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675352Infância em Augusto Cury2023-12-21T13:20:49+00:00Dimitrius Gonçalves Machadoppec@unicamp.br<p>Este artigo tem como objetivo compreender e analisar de qual infância Augusto Cury fala em suas obras de autoajuda direcionadas à educação, buscando traços discursivos que contribuam para perceber a que governamento está atrelado. Para a análise produzida neste texto me alio aos estudos foucaultianos buscando por relações de saber e poder que conduzam, a partir de determinado regime de verdade da infância, à maneira como categorizamos os indivíduos vistos como infantis com determinadas características. Ao me atentar aos discursos em que Cury serve como um nexo de sentido e, ao mesmo tempo, dissemina certas discursividades acerca da infância, pude organizar duas características de uma infância que são centrais para suas argumentações: imaturidade e dependência. Desse modo, busco contribuir para as discussões em torno da proliferação da literatura de autoajuda voltada à educação, de modo a desnaturalizar discursos que nos atravessam e assim invisibilizam as relações de produção de sentido, que nos levam a entender determinados indivíduos como infantis.</p>2023-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675353Homogeneidade, heterogeneidade e práticas corporais. Esporte, Lazer, Direitos Humanos e Corpos Diversos2023-12-21T16:39:18+00:00Eduardo Galakppec@unicamp.br<p>O escopo destas reflexões é interpelar a possibilidade de pensar o esporte e o lazer potencialmente como direitos humanos e considerar que estamos assistindo a uma época na qual é possível reconhecer os corpos como diversos. Dessa forma, a intenção é apresentar uma crítica a essa ideia humanista e romântica de conceber os esportes e o lazer <em>per se</em>, universalmente, como direitos humanos, não porque não seja importante defender as práticas corporais como centrais nas nossas culturas ou porque não seja significativo sustentar as possibilidades e desejos sobre o tempo livre, mas porque afirmar os esportes e o lazer como direitos humanos acaba por universalizar a diversidade de práticas corporais e, com isso, homogeneizar a diversidade dos corpos.</p>2023-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675354O outro como eu em Vygotsky2023-12-21T16:56:37+00:00Gustavo Martins Piccolo ppec@unicamp.br<p>O presente trabalho trata-se de um estudo teórico derivado de revisão literária integrativa, o qual teve por objetivo estabelecer paralelos entre a imersão de Vygotsky em análises sobre crianças com deficiência e sua condição de judeu como outro, dado o contexto antissemita que o envolvia. Principia, ao destacar o caráter histórico e datado de suas contribuições, demarcando as dificuldades enfrentadas por Vygotsky no que se refere a viver em um contexto idealizado de forma a que fosse tomado como estrangeiro em sua própria terra; pontua também os impactos que a Revolução de 1917 plasmou em sua psique e escolhas, dada a dimensão deste fenômeno. Finaliza, ao asseverar que a predileção na análise de questões envolvendo crianças com deficiência em seus textos se vinculam à sua experiência de judeu em contexto antissemita, relação ainda não explorada pela literatura.</p>2023-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675356A escrita de notas como artesanato intelectual2023-12-21T17:15:34+00:00Robson Nascimento da Cruzppec@unicamp.brJunio Rezendeppec@unicamp.br<p>A despeito dos inúmeros indícios de que a escrita acadêmica é um meio de descoberta intelectual e não apenas uma representação do pensamento, no contexto brasileiro, tal prática tem sido conceituada mais como produto de pesquisas e disciplinas do que como parte integrante da formação universitária. O objetivo neste artigo é apresentar a tomada de notas, uma atividade aparentemente simples e supostamente arcaica, como um artifício no qual o exercício da escrita acadêmica é orientado eminentemente para a construção de um pensamento autoral. Para tanto, discutimos os recentes achados na historiografia da escrita que expõem a tomada de notas como uma prática essencial no desenvolvimento da intelectualidade moderna, e, em seguida, apresentamos um caso emblemático, no século XX, do profícuo uso de um sistema de tomada de notas do sociólogo alemão Niklas Luhmann. Por fim, apontamos que o valor da tomada de notas vai além da mera curiosidade histórica, constituindo-se como ferramenta auxiliar para um cotidiano no qual a satisfação e o senso de desenvolvimento intelectual estejam no centro da vida acadêmica.</p>2023-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675357Do uno ao múltiplo2023-12-21T17:41:31+00:00Luiz Antonio Callegari Coppippec@unicamp.br<p>Na profusão textual derivada da prensa de Gutenberg, Comenius e Montaigne elaboram reflexões pedagógicas que, de forma mais ou menos evidente, debruçam-se sobre a diversidade de opiniões e de interpretações e propõem como lidar com ela. O primeiro busca neutralizá-la afirmando a palavra divina como única e, portanto, critério para a definição do que é pertinente no interior das escolas; o segundo aposta na "frequentação do mundo" e na potência que essa variedade tem de dar contornos mais modestos e responsáveis àquilo que se sabe. Neste artigo, pretende-se apresentar esses dois encaminhamentos com vistas a refletir sobre como podem contribuir para pensar a sala de aula contemporânea também atravessada por múltiplos discursos, verdadeiros ou não, oriundos das tecnologias digitais.</p>2023-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675358De Malba Tahan a Mello e Souza2023-12-21T18:01:19+00:00Ana Gomes Portoppec@unicamp.br<p>O objetivo deste artigo é estabelecer os paralelos existentes entre as mudanças ocorridas no final da década de 1920 concernentes ao ensino da matemática no Brasil e a produção ficcional de Júlio Cézar de Mello e Souza (Malba Tahan). O período escolhido para análise está circunscrito entre o início da década de 1920 e a publicação de <em>O homem que calculava</em>, em 1938. Parte-se do pressuposto de que Malba Tahan, “escritor árabe”, surge antes do escritor Mello e Souza, ou seja, como um escritor “árabe”. O processo de identificação com o pseudônimo foi gradual. Na época da publicação dos primeiros contos havia dúvidas quanto à autoria, enquanto em 1938 já era conhecido de todos que Malba Tahan era o pseudônimo de Mello e Souza. Pretende-se, portanto, trabalhar com dois aspectos. Um deles está voltado à forma como Mello e Souza se colocou como escritor de ficção ao longo dos anos. O outro condiz com a sua atividade como educador e os reflexos em sua produção ficcional, em especial, na obra <em>O homem que calculava</em>. Ambos partem do pressuposto de que houve um processo de construção de identidade perante o público.</p>2023-10-09T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675424Potencialidades dos casos de ensino na formação de professoras iniciantes2024-01-05T12:15:38+00:00Jéssica Regina da Motappec@unicamp.brNeusa Banhara Ambrosettippec@unicamp.brPatricia Cristina Albieri de Almeidappec@unicamp.br<p>Este estudo investiga as potencialidades dos casos de ensino como dispositivo reflexivo no processo de desenvolvimento profissional de professoras alfabetizadoras iniciantes. A pesquisa tem natureza qualitativa com delineamento de pesquisa-intervenção. Participaram seis professoras alfabetizadoras iniciantes e a coleta dos dados ocorreu em três momentos: um grupo de discussão inicial, cinco encontros formativos e um grupo de discussão final. Os casos de ensino mostraram ser um dispositivo formativo com significativo potencial no desenvolvimento das docentes, pois proporcionaram às participantes, dentre outros aspectos, um movimento de reflexão sobre a prática e a estruturação de novos conhecimentos profissionais.</p>2023-10-09T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675425Monitoramento e avaliação dos planos municipais de educação2024-01-05T13:40:50+00:00Elisangela Alves da Silva Scaff ppec@unicamp.brRegina Tereza Cestari de Oliveirappec@unicamp.br<p>O objetivo deste artigo é analisar a elaboração, o monitoramento e a avaliação de planos municipais de educação, no período entre 2015 e 2020. Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa desenvolvida por meio de dados disponibilizados na página eletrônica do Plano Nacional de Educação (PNE). Os resultados apresentados evidenciam um percentual elevado de planos elaborados pelos municípios (99%) em detrimento de relatórios de monitoramento e avaliação, que não ultrapassou os 35%. Observa-se que a adesão dos municípios à elaboração de planos foi promovida pela indução do Ministério da Educação, movimento enfraquecido em razão do desmonte das estruturas nacionais de coordenação federativa a partir de 2017, o que impactou diretamente no planejamento educacional em nível local.</p>2023-10-09T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675435Burocracia escolar e reprodução de estigmas sobre os estudantes e suas famílias2024-01-08T11:57:12+00:00Rodrigo Rosistolato ppec@unicamp.brAna Pires do Pradoppec@unicamp.brDiana Gomes da Silva Cerdeirappec@unicamp.br<p>O artigo analisa os dados de uma pesquisa realizada com 23 gestores de escolas municipais do Rio de Janeiro, com o objetivo de investigar a relação da burocracia educacional com as famílias no decorrer dos processos de matrícula dos filhos. Mapearam-se, nas entrevistas em profundidade, as percepções dos gestores com relação aos estudantes e suas famílias, em parte orientadas por estigmas individuais e coletivos. Serão apresentados a tipologia proposta para interpretar esse conjunto de estigmas; a aplicação da tipologia na análise das entrevistas; e os argumentos quanto às ações dos burocratas, motivadas por tais estigmas. Os dados indicam que tais ações tendem a reproduzir desigualdades sociais de origem e a produzir novas formas de desigualdade no interior das escolas.</p>2023-11-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675436Da formação de artífices à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica2024-01-08T12:42:00+00:00Marizete Righi Cechinppec@unicamp.brLuiz Alberto Pilatti ppec@unicamp.br<p>O estudo tem por objetivo estremar as relações de poder, dependência e exclusão existentes na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e suas implicações nos níveis de sua organização e nos aspectos das instituições que a compõem. A pesquisa é documental, e seu <em>corpus</em> é formado por documentos oficiais, projetos de lei, leis, relatórios emitidos por órgãos federais, páginas eletrônicas e produções acadêmicas. A lente teórica utilizada, com o uso das categorias estabelecidos e <em>outsiders</em>, é a teoria eliasiana. Constatou-se que as 19 Escolas de Aprendizes Artífices representam a gênese da Rede, que, apesar das tensões, foi ampliada politicamente. O avanço para níveis mais elevados de ensino, materializado em transformações institucionais, tem como ponto de inflexão a Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O Ministério da Educação vem propondo políticas para frear o pleito individual dos membros da Rede para níveis mais elevados de ensino. O movimento mais notório nesta direção foi a implantação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Conclui-se que a Rede, enquanto uma configuração pulsante, foi construída entre o estigma de ofertar uma espécie de ensino de segunda classe, destinada às classes mais desfavorecidas (ÉRGA) e a busca de um <em>status</em> superior (ÉPEA).</p>2023-11-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675437O jogo na Pedagogia de Rousseau2024-01-08T13:25:25+00:00Wilson Alves de Paiva ppec@unicamp.brWanderson Pereira Limappec@unicamp.br<p>O presente artigo busca comentar o papel do jogo na pedagogia de Rousseau. Com foco no livro <em>Emílio</em> ou <em>Da Educação</em> e enfatizando o trecho do “episódio dos doces”, o texto busca analisar o motivo pelo qual Jean-Jacques coloca o jovem Emílio em exercícios competitivos, entre os jogos, e as brincadeiras realizadas pelo preceptor. Pois, se o amor-próprio nasce da comparação e da competição, a educação natural deveria evitar esse tipo de atividade. Mal encaminhada, qualquer atividade competitiva pode resultar no desenvolvimento do amor-próprio e possibilitar a degradação humana. Por outro lado, como se constata no episódio citado, as atividades recreativas ou esportivas, bem encaminhadas, podem desenvolver as habilidades físicas e as morais. O resultado é a racionalidade sensitiva, a educação do amor-próprio e a utilização do “veneno”, a competição, como “remédio”.</p>2023-11-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675439Fracasso escolar e alfabetização de crianças no Projeto Principal de Educação (PPE) para a América Latina e o Caribe2024-01-08T14:23:56+00:00Fabrícia Pereira de Oliveira Diasppec@unicamp.brCláudia Maria Mendes Gontijo ppec@unicamp.br<p>Este artigo analisa ideias centrais que permearam as discussões promovidas pela Unesco sobre alfabetização infantil e fracasso escolar produzidas no âmbito do Projeto Principal de Educação para a América Latina e o Caribe (PPE – 1980-2000). Problematiza a suposta neutralidade na atuação da Unesco por meio da análise crítica de textos publicados nos Boletins produzidos na vigência desse projeto. Toma como referencial teórico-metodológico pensamentos de Mikhail Bakhtin. Conclui que o fracasso escolar foi considerado problema central da educação na América Latina e no Caribe, com base em balizas economicistas que muito se aproximavam dos interesses de instituições procuradas para financiamento de iniciativas educativas para redução desse grande desafio.</p>2023-11-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675443Professores na pandemia2024-01-08T16:55:30+00:00Daniela Karine Ramosppec@unicamp.brBruna Santana Anastácioppec@unicamp.brGleice Assunção da Silvappec@unicamp.brLeila Urioste Rosso Piresppec@unicamp.br<p>Este artigo tem o objetivo de analisar os indicadores da Síndrome de <em>Burnout</em> na atuação docente durante a pandemia a fim de identificar fatores e condições associadas a suas dimensões. O estudo caracteriza-se como uma pesquisa mista de <em>design</em> convergente, envolvendo 438 professores brasileiros. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de um questionário <em>on-line</em> e a adaptação de um instrumento padronizado para a avaliação da Síndrome de <em>Burnout</em>. Entre os principais resultados, destaca-se que alguns fatores (como sexo, idade, nível de atuação e competência digital) podem ser relacionados aos indicadores de sofrimento psíquico e de qualidade de vida e saúde.</p>2023-11-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675444Docência no ensino superior2024-01-08T17:44:36+00:00Lia Machado Fiuza Fialho ppec@unicamp.brMaria do Socorro Lima Marques Françappec@unicamp.brVanusa Neves Nascimentoppec@unicamp.br<p>Neste artigo, analisou-se saberes da docência, a fim de compreender quais deles são mobilizados na prática pedagógica no ensino superior, por serem considerados essenciais para a formação de professores em cursos de licenciatura. Produziu-se um estudo de abordagem qualitativa, cujos dados, coletados mediante um questionário on-line respondido por 25 professores dos cursos de licenciatura da Faculdade de Educação de Crateús da Universidade Estadual do Ceará, foram processados pelo software Iramuteq e interpretados à luz das prescrições analíticas de Bardin. Os resultados inferiram que, respectivamente, os saberes considerados mais importantes são: o conhecimento pedagógico, o conhecimento político, o conhecimento técnico-profissional e o conhecimento prático. Eles foram analisados levando em conta as quatro categorias emergentes: implementação dos saberes da docência; saberes da docência frente aos desafios do trabalho do professor; relevância dos saberes da docência; e aquisição e desenvolvimento dos saberes da docência. Concluiu-se que os saberes da docência, em sua pluralidade, para qualificar a práxis educativa, devem ser incentivados desde a formação inicial, aperfeiçoando-se continuamente.</p>2023-11-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675453Biografemas infames – rastros de vidas docentes2024-01-09T14:03:31+00:00Maria Elizabeth Barros de Barrosppec@unicamp.brHeliana Barros Conde Rodrigues ppec@unicamp.br<p>Este artigo apresenta uma pesquisa com docentes de redes públicas de ensino da Região Sudeste do Brasil, tendo a docência como objeto de análise. Dessa forma, objetivou-se pensar modos de fazer educação por meio do método biografemático, inspirado na formulação de Roland Barthes sobre biografemas. Foram realizadas entrevistas remotas e os relatos indicam a relevância de narrar histórias, colocando-as em diálogo para repensar práticas docentes. O ato de narrar favorece o ato de pensar e, ao exercitar o pensamento, força a experiência a se recriar, reposicionando os docentes em suas práticas e possibilitando, assim, a invenção de outros modos de ser ensinante.</p>2023-11-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675454Pesquisar arquivos, habitar o arquivo2024-01-09T14:23:14+00:00Julio Groppa Aquinoppec@unicamp.brElisa Vieirappec@unicamp.brGisela Maria do Valppec@unicamp.br<p>Baseado na premissa de que a lida com arquivos consiste em uma alternativa fecunda e viável para a pesquisa educacional, este artigo debruça-se sobre <em>A desordem das famílias</em>, obra de Michel Foucault e Arlette Farge em torno de um conjunto de cartas/ordens régias (<em>lettres de cachet</em>) do século XVIII francês. Primeiramente, são focalizadas as trajetórias de ambos os pensadores e os pontos comuns que culminaram naquela iniciativa. Em seguida, o tratamento empírico do estudo é pormenorizado, com ênfase nos aspectos procedimentais e argumentativos da análise ali realizada. Por fim, advoga-se em favor da pesquisa como um encontro transfigurador entre o/a pesquisador/a e as forças insuspeitas do arquivo mobilizado por ele/a.</p>2023-11-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675460Construção de autoria no combate ao plágio2024-01-09T17:39:47+00:00Wagner Teixeira Diasppec@unicamp.brZena Eisenberg ppec@unicamp.br<p>Este artigo apresenta resultados da pesquisa de doutorado que aferiu como escolas de excelência da cidade do Rio de Janeiro gerenciam a pesquisa escolar e combatem o plágio. Foram entrevistados de modo semiestruturado três grupos de atores de quatro escolas: professores, profissionais especializados que atuam no 6º ao 9º ano do ensino fundamental II e seus respectivos alunos, com idades entre 11 e 15 anos. Estudantes declaram: (i) plagiar; (ii) não apresentar trabalhos por eles construídos; (iii) comprar trabalhos; (iv) parafrasear sem citar as fontes; e (v) realizar compêndios de citações de obras não lidas. Constatou-se que as escolas promovem a construção autoral e que o plágio é uma preocupação pungente entre todos os profissionais. Assim, aponta-se para a necessidade de uma maior atenção dos professores no que tange a um olhar ético-pedagógico ao solicitar e conduzir as pesquisas escolares. Inspirados por uma corrente de pensamento que sublinha o tratamento didático da questão da cópia (plágio), como fase anterior à punição (visão legalista), acredita-se no diálogo entre vozes polifônicas para construir autorias e fomentar a construção de conhecimentos por meio da pesquisa escolar.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675471Uma história de Ou isto ou aquilo, de Cecília Meireles2024-01-10T16:29:39+00:00Norma Sandra de Almeida Ferreira ppec@unicamp.br<p>O objetivo do artigo é construir uma história da primeira edição de Ou isto ou aquilo, de Cecília Meireles, lançada pela editora Giroflé, em 1964, e indagar a respeito das condições de produção e circulação dessa edição bastante distinta das demais publicadas ao longo de 55 anos. Em uma pesquisa de natureza histórica, exploramos documentos inéditos, no esforço de construir uma história dessa edição à luz, principalmente, das contribuições oriundas de Roger Chartier. Ou isto ou aquilo (1964) é resultado do trabalho editorial inovador de uma equipe multidisciplinar de profissionais, sob a coordenação de Sidónio Muralha, e com ilustrações de Maria Bonomi. Um projeto coerente com as ideias defendidas por Cecília: oferecer uma educação literária e cultural de alta qualidade para as crianças.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675480Reflexões sobre uma educação quixotesca em um mundo póspandemia (ou como o processo de invenção de mundo de dom quixote nos ajuda a pensar alternativas educacionais)2024-01-11T12:56:37+00:00Diego da Silva Vargas ppec@unicamp.br<p>Neste ensaio, pretendo construir algumas reflexões educacionais diante de um mundo em transformação, em um momento histórico que está sendo denominado de “pós-pandemia”. Partindo da figura mítica do personagem do livro de Miguel de Cervantes, busco entender, com base em estudos contemporâneos da cognição, como Dom Quixote cria um mundo possível e real para ele a partir da interação com os livros literários de cavalaria para, então, ampliando essa discussão, buscarmos alternativas educacionais possíveis para esse mundo “pós-pandemia”. Assim, pretendo, ao mesmo tempo, analisar o processo de construção de mundo de Dom Quixote e propor reflexões sobre o que poderia vir a ser uma educação quixotesca.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posiçõeshttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8675481Os trinta e cinco anos da educação na Constituição de 19882024-01-11T13:08:10+00:00Carlos Roberto Jamil Curyppec@unicamp.br<p>Este artigo tem como propósito reiterar os avanços trazidos pela Constituição da República Federativa do Brasil, por ocasião dos 35 anos de sua promulgação em 1988, apontando-os como desdobramentos no capítulo próprio da educação e em outros artigos da Lei Maior. O artigo explicita os fundamentos, os objetivos e os princípios da Carta Magna, base das demais leis infraconstitucionais. Assim, a educação é um direito que se relaciona diretamente com esses fundamentos da Lei Maior, tendo em vista os direitos da cidadania e os direitos humanos. A educação é posta como um princípio e uma norma da cidadania afetando tanto os nacionais, quanto a toda pessoa que esteja, de modo permanente, no País. Tais diretrizes abrangem também a definição conceitual da educação, seus princípios, suas normas, o dever do Estado, o federalismo e o financiamento, além de reger a educação privada. O continente da Constituição é a democracia na conformação de um Estado Democrático de Direito.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Pro-Posições