Resumo
Este artigo pretende refletir sobre procedimentos de análise e interpretação de dados em pesquisa nos campos da educação e da psicologia. O caminho que adotamos parte inicialmente de uma reflexão sobre o sentido da investigação e análise nas pesquisas qualitativas, em especial na perspectiva fenomenológico-existencial de Martin Heidegger e hermenêutica de Hans-Georg Gadamer, entendendo que existe um diálogo profícuo entre esses pensamentos, apesar de suas especificidades. Para que pudéssemos aprofundar a reflexão proposta, apresentamos, a título de exemplo, trechos de análise de uma pesquisa de cunho interventivo, realizada em parceria com uma instituição escolar, especificamente sobre o tema adolescência na escola, cujos procedimentos de interpretação e análise foram construídos alinhados às concepções epistemológicas propostas.
Referências
Braga, T. B. M., Mosqueira, S. M., & Morato, H. T. P. (2012). Cartografia clínica em plantão psicológico: Investigação interventiva num projeto de atenção psicológica em distrito policial. Temas em Psicologia, 20(2), 555-570.
Cabral, B. E., & Morato, H. T. (2013). A questão de pesquisa como bússola: Notas sobre o processo de produção de conhecimento em uma perspectiva fenomenológica existencial. In C. L. B. T. Barreto, H. T. P. Morato, & M. T. Caldas (Orgs.), Prática psicológica na perspectiva fenomenológica (pp. 159-182). Curitiba: Juruá.
Critelli, D. M. (1996). Analítica do sentido. São Paulo: Brasiliense.
Denzin, N. K., & Lincoln, Y. S. (2006). Planejamento de pesquisa qualitativa: Teorias e abordagens. Porto Alegre: Artmed.
Flick, U. (2009). Introdução à pesquisa qualitativa (J. E. Costa, trad., Coleção Métodos de Pesquisa). São Paulo: Artmed.
Freire, P. (1987). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Gadamer, H.-G. (2002a). Verdade e método: Traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica (Vol. 1). São Paulo: Vozes.
Gadamer, H.-G. (2002b). Verdade e método: Complementos e índices (Vol. 2). São Paulo: Vozes.
Giorgi, A. (1985). Phenomenology and psychological research. Pittsburg: Duquesne University Press.
Gleiser, M. (2003, 9 de novembro). Um pouco sobre o céu [Caderno Mais]. Folha de S.Paulo, p. 18.
Grondin, J. (1999). Introdução à hermenêutica filosófica (B. Discbinger, trad.). São Leopoldo: Unisinos.
Grondin, J. (2003). Le tournant herméneutique de la phénoménologie. Paris: PUF.
Heidegger, M. (1994). Serenidad/Gelassenheit (Y. Zimmermann, trad.). Barcelona: Ediciones del Serbal.
Heidegger, M. (2008). Marcas do caminho (E. P. Giachini & E. Stein, trad.). Petrópolis: Vozes.
Heidegger, M. (2012). Ser e tempo: Edição bilíngue (F. Castilho, trad.). Campinas: Editora da Unicamp.
Hermann, N. (2003). Hermenêutica e educação. Rio de Janeiro: DP&A.
Houaiss, A. (2001). Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva.
Lawn, C. (2007). Compreender Gadamer (H. M. Filho, trad.). Petrópolis: Vozes.
Ricoeur, P. (1978). O conflito das interpretações (J. Salomão, trad.). Rio de Janeiro: Imago.
Rohden, L. (2012). Hermenêutica filosófica: Entre Heidegger e Gadamer. Natureza Humana, 14(2), 14-36.
Silva, C. R. (2003). Relatório de pesquisa. Brasília: Funai/Unesco.
Szymanski, H. (2004). A prática reflexiva com famílias de baixa renda. In II Seminário Internacional de Pesquisa e Estudos Qualitativos: A pesquisa qualitativa em debate (pp. 1-7). Bauru: Sociedade de Estudos e Pesquisa Qualitativa.
Szymanski, H., & Szymanski, L. (2014). O encontro reflexivo como prática psicoeducativa: Uma perspectiva fenomenológica. Educação, Ciência e Cultura, 19(1), 9-22.
Szymanski, L., Amaral, M., & Badan, A. (no prelo). O adolescente e a escola. No prelo.
A Proposições utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.