Banner Portal
Os sentidos da cultura material no cotidiano e na memória das famílias da Comunidade Quilombola de Cinco Chagas do Matapi
PDF

Palavras-chave

Cultura material. Memória. Quilombolas

Como Citar

JACQUES, Clarisse Callegari. Os sentidos da cultura material no cotidiano e na memória das famílias da Comunidade Quilombola de Cinco Chagas do Matapi. Revista Arqueologia Pública, Campinas, SP, v. 7, n. 2[8], p. 7–21, 2015. DOI: 10.20396/rap.v7i2.8635689. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rap/article/view/8635689. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Neste artigo, busco discutir a temática da relação da cultura material com a memória e a oralidade a partir de vivências e experiências que tive até agora na comunidade quilombola do Estado do Amapá, chamada Cinco Chagas do Matapi. Destaco o papel da cultura material como mediadora de relações de alteridade, e a participação e o diálogo como aspectos metodológicos importantes da etnografia que contribuem para a prática de uma arqueologia mais reflexiva. Através de vestígios arqueológicos e de atividades atuais da comunidade, é possível estudar os diferentes sentidos da cultura material, entendida como ativa, e capaz de evocar lembranças e imagens de um passado não distante. É com a oralidade que os sentidos da memória, da paisagem e da cultura material se misturam e constituem a história e a identidade da comunidade de Cinco Chagas do Matapi. 

https://doi.org/10.20396/rap.v7i2.8635689
PDF

Referências

ALMEIDA, Alfredo W. B. de. “Terras tradicionalmente ocupadas: processos de territorialização, movimentos sociais e uso comum” In: Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, v.6, n. 1, p. 9-32, 2004.

BOSI, Ecléa. Memória e sociedade, lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das letras, 2004.

BRANDÃO, C. R. “Reflexões sobre como fazer trabalho de campo” In: Sociedade e Cultura,v.10 n. 1, p. 11-27, 2007.

CSIKSENTNIHALYI, Mihaly. “Why we need things”. In: LUBAR, Steven e KINGERY, David. W. (eds.) History from things. Essays on material culture. p. 20-29. Washington and London: Smithsonian Institution Press, 1993.

ECKERT, Cornelia.; ROCHA, Ana. L. “Os jogos da memória” In: Iluminuras, Porto Alegre, v. 1, n. 2, p. 2-15, 2000. Disponível online em: http://seer.ufrgs.br/iluminuras/article/view/9108.

FABIAN, J. Time and the other. How anthropology makes its object. [1983]. New York: Columbia Univ. Press, 2002.

GELL, Alfred. “The Technology of Enchantment and the Enchantment of Technology”. In: COOTE, Jeremy e SHELTON, Anthony. (eds.) Anthropology, Art and Aesthetics. p. 40-63. Oxford: Clarendon Press, 1992.

GLASSIE, Henry. Material culture. Indianapolis: Indiana University Press, 1999.

GONÇALVES, Reginaldo. Antropologia dos objetos: coleções, museus e patrimônios. Rio de Janeiro: Editora Garamond, 2007.

GOSDEN, Chris. “What do objects want?” In: Journal of Archaeological Method and Theory, v. 12, n. 3, p. 193-211, 2005.

JACQUES, Clarisse C. Relatório de Atividades do Projeto: Resgate Emergencial Arqueológico na Comunidade Quilombola de Cinco Chagas do Matapi, AP. IPHAN, agosto de 2011, datiloscrito.

JORGE, V. O. “Por uma concepção abrangente e dinâmica do patrimônio arqueológico: algumas ideias para um debate” In: Arqueologia, património e cultura. Lisboa: Instituto Piaget, 2000.

LIMA, Antónia P. de; SARRÓ, Ramon. “Introdução. Já dizia Malinowski: sobre as condições da possibilidade da produção etnográfica” In: LIMA, Antónia Pedroso de; SARRÓ, Ramon (orgs.). Terrenos Metropolitanos-ensaios sobre produção etnográfica. Lisboa: ICS, 2006.

MARIN, Rosa. A.; CASTRO Edna. R. “Mobilização Política de Comunidades Negras Rurais: Domínios de um conhecimento praxiológico” In: Novos Cadernos NAEA, v.2, n. 2, dezembro, 1999.

MEGGERS, B. J.; EVANS, C. “Archaeological Investigations at the Mouth of the Amazon. Smithsonian Institution” In: Bureau of American Ethnology, Bulletin 167. Washington: Government Printing Office, 1957.

MENEZES, Ulpiano B. “Memória e cultura material: documentos pessoais no espaço público” In: Estudos Históricos, v. 11, n. 21, p. 89-104, 1998.

MILLER, Daniel. Material culture and mass consumption. Oxford: Blackwell, 1987.

POLLAK, Michael. “Memória e identidade social” In: Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, p. 200-212, 1992.

ROCHA, Ana. L.; ECKERT, Cornelia. “Imagens do tempo nos meandros da memória: por uma etnografia da duração” In: Iluminuras, Porto Alegre, v. 1, n. 1, p. 2-14, 2000. Disponível online em: http://seer.ufrgs.br/iluminuras/article/view/8928/5157.

SHANKS, Michael.; HODDER, Ian. “Processual, postprocessual and interpretative archaeologies” In: WITHLEY, D (ed.). Reader in Archaeological Theory: post-processual and cognitive approaches. p. 69-95. London: Routledge, 1998.

SMITH, Linda. “Archaeolological theory and ‘the Politics of the Past’” In: Archaeological Theory and the politics of Cultural Heritage. London: Routledge, 2004.

SPENCE, Charles. “Making sense of touch: a multisensory approach to the perception of objects” In: PYE, Elizabeth (ed.) Touch: handling objects in museum and heritage contexts. Walnut Creek: Left Coast Press, 2007.

THOMAS, Julien. Time, culture and identity. An interpretative archaeology. London & New York: Routledge, 1996.

TILLEY, Christopher. “Objetification” In: TILLEY, Christopher; KEANE, Webb; KÜCHLER, Susanne; ROWLANDS, Mike e SPYER, Patricia. (eds) Handbook of material culture. New York: Sage, 2008.

Revista Arqueologia Pública utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.