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Uma leitura de The Machine Stops, a distopia tecnológica de E. M. Forster
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Palavras-chave

Utopia. Distopia. Ficção científica. Tecnologia. Humanismo.

Como Citar

MORAES, Helvio. Uma leitura de The Machine Stops, a distopia tecnológica de E. M. Forster. Remate de Males, Campinas, SP, v. 32, n. 2, p. 249–262, 2012. DOI: 10.20396/remate.v32i2.8635885. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8635885. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

Apresentamos uma leitura do conto The Machine Stops, de E.M.Forster, publicado em 1909. Na descrição de um mundo governado pela máquina, Forster expõe sua crítica a certas tendências do século que começava: o isolamento do indivíduo, o esfacelamento das relações humanas, o crescente desenvolvimento tecnológico e industrial, a crença desmedida no progresso, o distanciamento do homem em relação à natureza, a repressão da faculdade instintiva, o enrijecimento das convenções sociais e a consciência de classe. Em nossa análise, privilegiamos a relação entre os gêneros literários da utopia e da ficção científica, a partir de estudiosos que retomam e, por vezes, fazem uma revisão crítica dos estudos pioneiros de Darko Suvin, publicados durante a década de setenta. O conto de Forster também nos possibilita investigar a crise de certos paradigmas da tradição utópica – como a tensão entre liberdade individual e o controle do Estado -, por ser um dos textos fundadores da literatura distópica que, ao longo de todo o século XX, terá uma enorme difusão.  Nesse sentido, nosso estudo também busca compreender a complexa relação entre as noções de utopia e distopia, a partir da distinção conceitual elaborada por Berriel.

https://doi.org/10.20396/remate.v32i2.8635885
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