TY - JOUR AU - Nascimento, Edna Maria Magalhães PY - 2022/09/05 Y2 - 2024/03/28 TI - A epistemologia pragmatista de John Dewey: uma filosofia da experiência JF - Filosofia e Educação JA - Filos. e Educ. VL - 14 IS - 2 SE - Artigos DO - 10.20396/rfe.v14i2.8668377 UR - https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rfe/article/view/8668377 SP - 119-144 AB - <p> Dewey desenvolveu um programa doutrinário que visa mostrar como o conhecimento se funda na experiência. Essa é a dimensão científico-naturalista da sua obra. Nesse sentido, o seu projeto consiste numa rigorosa argumentação contra as explicações em que a <em>experiência </em>e a <em>natureza</em> são apresentadas com base em distinções arbitrárias<em>. </em>Na obra, <em>Reconstruction in Philosophy</em> [Reconstrução em Filosofia], Dewey desenvolveu seu projeto metafísico de dimensão historicista, propondo uma reconstrução para a filosofia. Em <em>Experience and Nature</em> [Experiência e Natureza], ele apresentou uma visada científica para a metafísica.  Nessa obra, Dewey tenta pensar um sistema desenvolvido a partir da aplicação do método científico à filosofia tendo como base uma concepção filosófica da experiência. As concepções de Dewey acerca do conhecimento, do uso inteligente da razão e da natureza social da filosofia concorrem para a constituição de sua concepção de <em>ciência</em>. Nas duas obras fica evidente a sua crítica à noção tradicional de <em>conhecimento</em> como <em>representação da realidade</em>. Contra isso, Dewey passa a designar o conhecimento como um conjunto de “crenças” e “proposições” tomadas como <em>garantias de usos ou assertividade garantida</em>.  Dewey se opõe à forma pela qual o problema epistemológico é formulado pela tradição, ou seja, a partir de uma posição realista ingênua no qual o conhecimento é visto como representação, desconsiderando o processo de conexão entre as coisas e entre o conhecedor e as coisas.</p><p> </p> ER -