Resumo
Este ensaio aborda a problemática do corpo na educação em ciências. Para tanto, toma como exemplo o corpo utópico utilizado na ciência, colocando-o em uma perspectiva crítica a partir do seu não reconhecimento como modelo corporal. Como contraponto, trabalha com a ideia de corpo heterotópico, como corpo real, singular, que se produz e se traduz como prática de resistência. A partir deste conceito evidencia-se o potencial da educação em ciências para a estetização da ciência, recolocando a discussão do reconhecimento e da autodeterminação do outro como pauta para uma agenda formativa humanística, comprometida com uma ético-estética das alteridades na ciência.
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