Resumo
Este artigo procura investigar a construção de espacialidades como procedimento artístico, buscando inter-relações entre literatura e urbanismo. O objetivo principal é entender como determinados territórios passam a operar segundo regras próprias, e como suas peculiaridades espaciais, notadamente seu caráter provisório, se refletem em narrativas ficcionais. Determinadas “ilhas urbanas” nas cidades latino-americanas são nosso campo de investigação, em especial o bairro de Flores, em Buenos Aires, e o campus da UnB, durante o regime civil-militar brasileiro, no final dos anos 1960 e no começo dos anos 1970. Áreas que serão relatadas pelo escritor argentino César Aira e o romancista brasileiro Milton Hatoum.
Referências
AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção. 2a. ed. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004.
AGAMBEN, Giorgio. Ideia da prosa. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.
AIRA, César. Evasión y otros ensayos. Barcelona: Random House, 2017.
AIRA, César. Os fantasmas. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2017.
AIRA, César. Sobre a arte contemporânea. Rio de Janeiro: Zazie Edições, 2018.
DAVIS, Mike. Planet of slums. Nova York: Verso, 2006.
GASPARI. Elio. A ditadura envergonhada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
HATOUM, Milton. A noite da espera. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
LUDMER, Josefina. Aqui, América Latina: Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.
RANCIÈRE, Jacques. A política da escrita. São Paulo: Editora 34,1995.
O periódico RUA utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.