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Insegurança Alimentar no Brasil após crise, sua evolução de 2004 a 2017-2018 e comparação com a variação da pobreza
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Palavras-chave

Segurança alimentar
Pobreza
Renda
Modelos de lógite

Como Citar

HOFFMANN, Rodolfo. Insegurança Alimentar no Brasil após crise, sua evolução de 2004 a 2017-2018 e comparação com a variação da pobreza. Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, SP, v. 28, n. 00, p. e021014, 2021. DOI: 10.20396/san.v28i00.8663556. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/san/article/view/8663556. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Dados para aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar foram coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em complementos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios em 2004, 2009 e 2013. Com a divulgação dos dados obtidos na Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018, os pesquisadores passam a dispor de uma série de quatro anos de dados sobre o tema provenientes de amostras representativas do que ocorre em todo o país. A insegurança alimentar diminuiu de 2004-2013, mas cresceu em 2017-2018. Os dados indicam que a insegurança alimentar grave em 2017-2018 é maior que em 2013, mas fica abaixo do valor observado em 2009. Mas a insegurança alimentar de qualquer grau em 2017-2018 supera até mesmo o valor observado em 2004. Analisando dados por Unidade da Federação mostra-se a forte associação da insegurança alimentar com a distribuição da renda e particularmente com medidas de pobreza. Verifica-se, com dados da PNAD, que o nível de pobreza caiu de 2003 a 2014 e, embora tenha subido de 2014 a 2017-2018, nestes anos fica substancialmente abaixo do valor observado em 2004. Argumenta-se, então, que o grande crescimento da insegurança alimentar leve de 2013 a 2017-2018 se deve, em parte, ao caráter parcialmente subjetivo da EBIA. Em outra seção do artigo, os microdados da POF 2017-2018 são utilizados para verificar os principais determinantes da probabilidade de insegurança alimentar nos domicílios. Comprovou-se que o aumento da renda e da escolaridade são instrumentos básicos para reduzir a IA e que rendas estáveis tem efeito benéfico adicional.

https://doi.org/10.20396/san.v28i00.8663556
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Referências

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