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Determinantes da insegurança alimentar no brasil: análise dos dados da PNAD de 2004
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Palavras-chave

Segurança alimentar. Pobreza. Brasil

Como Citar

HOFFMANN, Rodolfo. Determinantes da insegurança alimentar no brasil: análise dos dados da PNAD de 2004. Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, SP, v. 15, n. 1, p. 49–61, 2015. DOI: 10.20396/san.v15i1.1824. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/san/article/view/1824. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

São analisados os dados da pesquisa suplementar sobre segurança alimentar, feita pelo IBGE, junto com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD de 2004, utilizando a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, que classifica os domicílios em quatro categorias: com segurança alimentar ou com insegurança alimentar leve, moderada ou grave. A análise de lógite permite avaliar o efeito de cada fator, controlando o efeito das demais variáveis explanatórias. Contrariamente ao que indica uma análise com apenas uma variável explanatória, verifica-se que residência rural, atividade agrícola e a presença de pessoas com menos de 18 anos no domicílio contribuem para reduzir a probabilidade de insegurança alimentar (IA). O determinante mais importante da IA é a baixa renda domiciliar per capita, o que mostra a importância de programas de transferência de renda relativamente bem focalizados, como o bolsa-família. Mesmo depois de controlado o efeito da renda, a escolaridade da pessoa de referência contribui, significativamente, para reduzir a probabilidade de IA. Esta probabilidade aumenta quando a pessoa de referência é preta ou parda, é mulher ou tem ocupação instável e/ou informal. Também são estimados os efeitos de vários outros determinantes, como região de residência, disponibilidade de água encanada e esgoto, os quais estão associados ao fornecimento de serviços públicos básicos.

https://doi.org/10.20396/san.v15i1.1824
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Referências

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