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Série temporal de estudantes em dietas especiais inscritos no Programa Nacional de Alimentação Escolar da cidade de Macaé, Rio de Janeiro
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Palavras-chave

Dieta
Epidemiologia descritiva
Alimentação escolar
Programas e políticas de nutrição e alimentação

Como Citar

DE SOUZA BORGES, Natalia; DE CARLOS SANTANA CAPELLI, Jane; NASCIMENTO DO CARMO, Cléber; SPERANDIO, Naiara; DE ARAÚJO NUNES, Rosane; MEDEIROS MACEDO DA ROCHA, Camilla; VIEIRA PONTES, Priscila; SILVA MONTEIRO, Luana. Série temporal de estudantes em dietas especiais inscritos no Programa Nacional de Alimentação Escolar da cidade de Macaé, Rio de Janeiro: temporalidade de estudantes em dietas especiais. Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, SP, v. 29, n. 00, p. e022011, 2022. DOI: 10.20396/san.v29i00.8667770. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/san/article/view/8667770. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Objetivou-se neste estudo investigar a prevalência de patologias e a série temporal de estudantes em dietas especiais (DE) matriculados no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do município de Macaé/RJ, no octênio 2013-2020. Trata-se de um estudo descritivo, de base secundária, com dados obtidos de relatórios anuais disponibilizados pela Coordenadoria de Alimentação Escolar da Secretaria Municipal de Educação de Macaé, contendo informações de todos os estudantes em DE, matriculados na rede básica de ensino. Nos últimos oito anos, observaram-se 303.645 atendimentos realizados pelo PNAE, dos quais 3.310 estudantes (10,9/1.000 estudantes) receberam DE. Observou-se tendência crescente de estudantes em DE no período analisado (2013: 5/1.000 vs. 2020: 15,1/1.000), destacando-se a alergia à proteína do leite de vaca (2013: 35,5% vs. 2020: 42,2%) e a intolerância à lactose (2013: 34,3% vs. 2020: 12,7%). A restrição à lactose (2013: 9,3% vs. 2020: 14,5%), restrição às frutas (2013: 4,7% vs. 2020: 10,1%) e restrição às oleaginosas (2013: 0,6% vs. 2020: 6,0%) foram as restrições alimentares mais frequentes. Além disso, observou-se a tendência de aumento ao longo dos anos avaliados para restrição às oleaginosas (β1 = 0,094, p-valor = 0,001) e restrição às frutas (β1 = 0,099, p-valor = 0,001). Conclui-se que há prevalência ascendente de patologias e restrições alimentares bem como a tendência temporal de aumento de estudantes em DE.

https://doi.org/10.20396/san.v29i00.8667770
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