Abstract
O avanço do capitalismo alterou as relações de trabalho e novas demandas foram colocadas às famílias. A participação das mulheres no mercado de trabalho e os debates propostos pelo feminismo conferiu relevância às políticas de conciliação entre trabalho e família. Este trabalho busca pontuar aspectos referentes ao desafio das famílias em equilibrar trabalho remunerado e não remunerado. Instigar esse debate no campo do Serviço Social é urgente, pois os assistentes sociais se defrontam com os conflitos gerados nas relações entre trabalho e família, inseridos no campo das políticas de seguridade social, que exaltam o papel da família na proteção de seus membros.
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